O tempo seco e frio de Londres atacava novamente. Faltava algumas horas para o Natal e o pequeno Harry brincava feliz com seu único carrinho em meio a calçada pouco movimentada.
Ele via alguns pais com seus filhos indo até uma lojinha ou restaurantes ou via algum sem noção correndo contra o relógio para poder comprar as ultimas decorações e presentes.
Seus olhos brilhavam ao olhar sempre para o carrinho azul da loja do outro lado da rua. O pequeno espirrou e apertou mais seu casaco contra si mesmo.
- Vamos Hazza, acabei por aqui. - seu pai, Des, falou para o filho guardando a graxa na pequena mala e o dinheiro que consegui arrecadar naquela noite.
- Papai olha! eu quelia aquele carrão! - o menino com seus 5 anos apontava pra grande loja no outro lado da rua.
- Sim, filho, talvez quando o Natal passar e as coisas abaixarem o papai compre pra você.
Des disse e suspirou cansado só de pensar que teria que arranjar mais um emprego. O quarto emprego.
Caminharam animadamente passando por vários casarões e lojinhas até que chegaram em sua humilde casa. E lá que morava seu inferno.
- Anne, chegamos!
- Mamãe, olha o que o papai e eu achamos pla voxê! - correu até sua mãe que estava deitada no sofá, e com seu cigarro de maconha em mãos.
- Mamãe? Eu e o papai complamos um blinquinho pla voxê. - mostrou os dois brinquinho que tinham achado na rua perto de uma das mansões - Ele é bonito igual a voxê, mamãe.
- Sai daqui garoto idiota, me deixa em paz uma vez nessa merda! - falou com a voz arrastada e apagou o cigarro no braço do menino, onde outras cicatrizes habitavam ali.
O menino chorou em silêncio procurando pelo pai que devia estar aquecendo a água na cozinha para tomarem banho. A mulher se mexeu no sofá e dormiu roncando um pouco alto fazendo o pequeno esquecer da ação anterior dela e começar a rir baixinho com a mão na boca para não acorda-la.
Deixou os brincos em cima do braço do sofá e deu um beijo em seu rosto.
- Eu te amo, mamãe, durma bem. - sussurrou.
***
- Vamos Harry, a água está quase esfriando e você não pode ficar mais resfriado. - seu pai pegou o pequeno no colo que estava em uma banheira de plástico, o enrolando na toalha e botando sua roupa de dormir em seguida.
- Já é Natal, papai? - perguntou o menino impaciente querendo ver logo os fogos, a parte favorita do natal.
- Falta uma hora, querido, vamos cometa alguma coisa antes de irmos para janela. - pegou o pequeno no colo e se sentaram na mesa comendo as sobras da janta da semana passada.
***
3...2...1..
E viu os primeiros fogos de artifício atingirem o céu chamando milhares para se juntar.
- Feliz Natal, pequeno.
- Feliz Natal, Papai! - abraçou o maior e foi correndo até a sala dando feliz Natal pra sua mãe que continuava dormindo.
- Vem cá, Harry, eu sei que você queria aquele carrinho mas o papai só pode te dar isso daqui.
O mais velho entregou a caixa para o Harry que ficou feliz ao ver um presente. Não era todo dia que se ganhava um presente, ele nem se lembrava da última vez que ganhará um.
Ele abriu a caixa empolgado e vendo que era um carrão azul, não o mesmo da vitrine, mas era um carro.
- Obrigada, Papai! Eu posso blincar com ele?
- Só amanhã, Hazza, não queremos acordar sua mãe e já é muito tarde, certo?
O menino assentiu, deixou o carrinho no chão e foi correndo escovar os dentes com a ajuda de seu pai. Depois se deitaram os dois na única, cama de solteiro, se cobrindo e contando algumas estórinhas.
- Feliz Natal, filho. - beijou a testa do filho - Eu te amo.
- Feliz Natal, papai. Eu também te amo.
E Harry pegou no sono, sonhando que estava brincando com seu carrão azul de controle remoto enquanto estava sentando no colo da sua mamãe que sorria para o seu papai.
****
Bem crianças, espero que tenham chorado mais que eu! Eu to amanado a ideia que tá na minha cabeça e espero que vocês gostem.
cementem e votem muito.Xx little star
YOU ARE READING
Hidden Soul
Fanfiction"Allyson tinha tudo, mas ela escolheu amar o nada." Ally uma típica garota, com sua família e amigos nunca pensou que se apaixonaria pelo um quase morador de rua. capa: killingrave