Capítulo 08.

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─ Também queria pra você sumir da minha frente, garota ─ ele diz alto e cantarolando, fecho meu punho com força sentindo ódio.

─ Eu te odeio, Bruno!

─ E tu acha que eu te amo é? Vai crescer menina ─ diz sem ao menos me olhar.

─ Você se acha muito, não é mesmo? ─ me viro e coloco as mãos na cintura, estava cansada dele me zoar sempre que passava aqui durante a semana e sua namoradinha também. 

─ Claro que me acho, eu posso, ao contrário de você, suas pernas parecem palitos de fósforo e seu cabelo é ressecado e cheio de pontas duplas ─ ele diz me olhando dos pés à cabeça. Naquele momento me sobe uma raiva, ele estava me humilhando, era isso? Idiota! 

─ Olha aqui... 

─ Sshh, calada, vá pro seu quarto, agora! ─ ele diz rindo de mim e me interrompendo. 

Ele amava fazer isso, me atiçar, me provocar, me deixar irritada, e eu odiava discutir com ele porque ele sempre tinha um argumento e sempre retrucava me calando, dessa vez não foi diferente, deixei a sala batendo o pé só de raiva. 

Fui pro quarto e me reuni com os meninos percebendo então que Diego havia chegado, cumprimentei ele com um beijo no rosto e fui me sentar ao lado de Arthur, ele percebeu bem que eu estava estressada.

  ─ Bruno implicou contigo? ─ ele supôs. 

─ Sim.

─ Sinal que já está de boa galera, podem mandar mensagem pro pessoal porque hoje tem, então vamos logo comprar as vodca e cerva! ─ ele já foi levantando e esfregando as mãos.

Fui com Arthur comprar algumas bebidas e mais algumas coisas e aproveitei chamando as meninas pra festa, claro, depois de pedir pro meu primo. Eu ajudei ele a ajeitar a sacada, colocar mais cadeiras, ajeitar a bancada, a churrasqueira e guardar todas as bebidas no freezer, ele deu ideia de fazer churrasco mas Léo sugeriu pizza, por fim decidimos que seria pizza e churrasco. 

Quando terminamos de ajeitar as coisas já que a doméstica não vem aos finais de semana, eu fui tomar banho e comer algo, comi patê com torrada e refrigerante, depois me joguei no sofá agradecendo mentalmente por Bruno já ter vazado dali, coloquei um filme e logo Léo e Peter se juntaram comigo, Léo sentou no final do sofá onde estava pegando meus pés frios em seu colo e fazendo massagem e Peter na poltrona com o notebook. Fiquei sentindo aqueles dedos gostosos massageando com as pálpebras fechadas até que ele me chama.

─ Vamos fazer um bolo de chocolate ─ ele me olhou sorridente e assenti animada.

Me levantei e fui pra cozinha com ele, o mesmo pegava os ingredientes, e eu a forma, batedeira, e vasilhas. Gostava muito de ficar na companhia dele.

Rolou toques, porque muitas das vezes ele fazia questão de passar por trás de mim me esbarrando, ou me tocar me causando arrepio, e eu sabia que era de propósito.

No final terminamos nossa massa, eu não sabia fazer nada, ele precisava me dizer tudo, colocamos em uma forma de coração e colocamos no forno. Eu já estava toda suja pela massa e o trigo, e Léo também.

─ Espera, está sujo aqui ─ ele pega em meu rosto de leve e limpa o canto de minha boca. Sinto o toque dele e paraliso me perdendo naquele mar que eram seus olhos azuis. ─ Precisa fazer a cobertura, você sabe fazer gostoso?

Meu rosto fica vermelho, eu fico muito sem jeito e ele ri sacana.

─ Quis dizer a cobertura... é... sabe deixa ela gostosa? Precisamos de creme de leite, vou adicionar M&M, morangos, chocolate ralado e confete... o que acha? ─ ele diz se afastando e procurando as coisas no armário, a única coisa que sabia era qie não conseguia ter foco com aquela bunda gostosa marcada na cueca preta. Eita calor.

Paraísos PerdidosOnde histórias criam vida. Descubra agora