3.Chegada de Justine aos SKULLS

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Do lado de dentro do balcão, Justine olhou novamente para o grandalhão tatuado tomando café e lendo um jornal distraidamente. Sua colega de trabalho colocou uma bandeja cheia de copos e xícaras sujas na pia de trás e olhou pra ela por sobre o ombro.

-Ele está ai de novo. O grandalhão tatuado.

-É a terceira vez que ele vem só essa semana.

-Espero que se torne um hábito.

Elas riram enquanto observava o rapaz alto, forte, de cabelos exóticos ler atentamente o jornal matutino. Ele rasgou um pedaço do jornal e anotou alguma coisa.

A atendente debruçou-se no balcão suspirando.

-Será que ele está procurando emprego?

-Podemos pedir para o John contrata-lo para trabalhar aqui.

Novamente as meninas riram da sugestão absurda.

-Ele é tão gato com esse jeito sério e compenetrado. Deve ter uma pegada única.

Bem nesse momento em que as duas estavam olhando derretidas para o rapaz, ele virou seus olhos para o balcão e as pegou em flagrante.

Apressadas em disfarçar o interesse óbvio que estavam demonstrando, Justine e sua amiga endireitaram suas posturas sonhadoras e fingiram estar fazendo algo que evidentemente não tinha a importância que tentavam demonstrar.

Da sua mesa, o rapaz riu intimamente e estava achando divertido a abordagem à distancia mas nada discreta das garotas. Há algum tempo ele não era paquerado com tanto descaramento e puta que pariu, mas uma delas era algo para se pensar seriamente.

A menina era muito alta, com um corpo escultural e um rosto que brilharia nas páginas da Vogue facilmente. O porque dela estar trabalhando em uma pequena cafeteria no menor estado do país era algo difícil de explicar. Ela poderia estar ganhando milhões nas passarelas ao redor do mundo, disso ele não tinha dúvida, mas a surpresa maior era aquela garota estar interessada nele. E sim, ela estava.

Levantando-se, o homem se aproximou do balcão e tirou algumas notas da carteira colocando-as próximas de Justine. Com um meio sorriso ele fez um cumprimento às duas e saiu.

As meninas deram gritinhos eufóricos que chamaram a atenção dos demais cliente. Quando Justine pegou o dinheiro para coloca-lo na caixa, encontrou o pedaço do jornal que ele havia rasgado e um número de telefone anotado. Ca.ce.ta.da, ele tinha acabado de dar à ela seu telefone. A amiga de Justine tirou o papel da mão dela.

-Filha da mãe sortuda, ele tá na sua.

Sorrindo amplamente Justine pegou o número de volta.

-Hoje é meu dia de sorte.

O som do SMS de Moicano era discreto, mas mesmo estando concentrado no seu treino com o Bull, ele ouviu o vibrar sonoro do celular. Erguendo o dedo para pedir um minuto, Moicano enxugou seu rosto e se abaixou para pegar o aparelho e sorriu para a mensagem.

"Acho que esqueceu um pedaço do seu jornal no meu balcão"

Rapidamente ele respondeu.

"Ele tinha 1 tarefa para cumprir"

A resposta veio imediata.

"Acho que ele foi bem sucedido então."

"A tarefa ainda não acabou."

Justine esperou. Afinal, tinha dado o primeiro passo para que ele soubesse que estava interessada, mas nunca mesmo que chamaria o cara para sair. Essa função, ela acreditava, ainda era dos homens. Uns quinze minutos depois veio a mensagem que ela queria ler.

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