Confronto Part III-Luz(Final Confronto)

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Eloisa Narrando
Tento não enlouquecer enquanto Lua está com o domínio de meu corpo mesmo sabendo que eu não possa fazer nada de uma certa forma.
Todos os vampiros e lobos estão lutando contra os seres das trevas, incluindo os vampiros que antes eram traidores.
Um desespero me atinge quando percebo que todos os seres das trevas não morrem e apenas ressurgem do além após serem mortos novamente.

-Belina está usando um feitiço, por isso eles não morrem literalmente. -Lua me explica com sua voz doce.
-Temos que fazer algo. -Falo com a Lua na minha própria mente.
-Temos que quebrar o círculo e então poderem matar realmente os seres das trevas ou podemos matar Belina e terminar com isso de uma vez para sempre. -Lua diz.
-Temos? -Pergunto em duvida.
-Eloisa você é mais forte do que pensa, nos somos! -Lua afirma. -Temos apenas que unir nossa força. -Ela  fala.

Benjamin Narrando
Enquanto estou tentando matar novamente o ser das trevas olho em direção na Eloisa.
Ela continua parada no mesmo lugar.
Um ser das trevas segue até ela de maneira calma com certo receio da luz branca que emana dela.
Quando ele está perto o suficiente ele ergue suas lâminas e uma pontada em meu peito se forma e me pergunto porque ela não já se defendeu.
Corro até ela desesperado e antes que eu a salva ela ergue apenas a mão e o ser das trevas para.
Paro onde estou e fico olhando perplexo.
Mas o que aconteceu?
Ela se aproxima dele e me pergunto que raios ela tá fazendo.
Ela vai se matar desse jeito.
Ela vai matar nossos filhos!
Tenho que salvá-la!
Mesmo que não seja Eloisa no momento.
Eloisa se aproxima do ser das trevas e ele se ajoelha a sua frente e abaixa a cabeça olhando o chão numa espécie de reverência.
Mas que merda é essa?
Os seres das trevas param de atacar e olham fixamente Eloisa.
Todos incluindo vampiros e lobos param de lutar e olham Eloisa surpresos.
Uma luz que antes era um véu brilhante parece brilhar mais do que o normal ao seu redor e todos os seres das trevas continuam parados.
Eloisa olha para o círculo onde as feiticeiras estão entoando um feitiço com os olhos fechados.
Ela não vai fazer isso? Ou vai?
Não posso deixar Eloisa tentar suicídio!
Isso é loucura.
As feiticeiras começam a falar de um jeito diferente e retomam o poder sobre os seres das trevas e o confronto reinicia.
Corro até Eloisa e lanço o ser das trevas a sua frente para longe antes que ele faça algo e paro a sua frente.
Ela começa a andar de forma decidida e temo por ela e meus filhos.
Seguro ela pelos ombros a obrigando parar.
-Eloisa eu sei que está aí. -Começo a falar de forma que deixa evidente que eu preciso que Eloisa fale comigo e perceba que isso é loucura. -Elas são fortes e não posso te perder. -Desabafo tentando convencê-la a não fazer uma loucura. -Não posso perdê-la! Não posso perdê-la junto de meus filhos! -Esbravejo desesperado.
Ela me fita.
-Benjamin enquanto eu estiver no corpo de Eloisa nada irá acontecer com ela e seus filhos. -Eloisa fala, mas sei que não é ela. -Dou minha palavra. -Ela afirma. -Mas eu e Eloisa precisamos por fim a tudo isso. -Ela explica calma me convencendo de uma certa forma.
Um pouco com receio solto os ombros dela e saio de sua frente.
Tenho que confiar nela, mesmo com receio.
-Irei dar cobertura para chegar até lá. -Falo deixando claro que ela não fará isso sozinha.
Olho para onde o círculo de fogo onde as feiticeiras estão e vários seres das trevas estão as protegendo.
Parece que as feiticeiras incluindo a que matei estão novamente controlando os seres das trevas.
Pego minha espada e a seguro firme.
Corro em direção ao primeiros e em piscar de olhos já matei alguns enquanto abro passagem para Eloisa. A mesma me segue e quando estamos próximas o suficiente do círculo Belina que está no corpo de Avira abre os olhos e um piscar de olhos me lança para longe.
Sinto uma árvore bater em minha costas.
Me levanto rapidamente e sigo até onde estava para proteger Eloisa.
Antes que eu me aproxime de Eloisa e do círculo Belina (Avira) faz com que eu pare e não consigo me mover.
-Eloisaa!!! -Grito desesperado temendo por ela.
Eloisa está muito próximo ao círculo de fogo e fita Belina(Avira) de forma séria.
Tento me mover, mas de nada adianta.
Belina(Avira) olha Eloisa e parece frustada com algo, talvez seja por não conseguir controla-la.
Um desespero toma conta de mim por não consigo me mover.
Tenho que salvar Eloisa e nossos filhos.
Eloisa fica muito próxima ao seu círculo e começa a surgir uma luz estranha de sua mão.
Como se fosse uma bola de luz Eloisa a conduz com cuidado e com um assopro seu o fogo do círculo e da estrela se apaga.
As feiticeiras param o que estavam fazendo e olham Eloisa com ódio e ao mesmo tempo com um olhar de preocupação.

 Eloisa ainda segura o que parece ser uma bola

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Eloisa ainda segura o que parece ser uma bola. Ela ergue a bola de luz brilhante ao topo da cabeça e a bola vai aumentando.
Palavras em diversas línguas saem de sua boca e não consigo entender.
-Você não deveria ter me subestimado Belina. -Eloisa fala, mas sei que não é ela no momento.
Eloisa joga a bola na direção de Belina(Avira) e as outras três feiticeiras.
Retomo o controle do meu corpo.
Como se Eloisa as controlasse no momento ela começa a falar algo que não compreendo devido a várias línguas que está falando.
Em um piscar de olhos assim que Eloisa para de falar as três feiticeiras se tornam cinzas e algo negro sai de Avira e antes de retomar a sua forma Belina acaba virando cinzas.
Todos os seres das trevas desaparecem sem deixar nenhum rastro de suas existências.
De uma coisa agora eu sei; Avira retornou a ser Avira e tudo o que mais quero é mata-la.
Sigo até Eloisa e paro ao seu lado e Avira desmaia caindo ao chão.

Eloisa Narrando
Após eu e Lua unirmos nossos poderes em uma só luz exterminamos Adelina, Leonor e Rubi. Quando Belina saiu do corpo de Avira a exterminamos antes que ela retomasse por completo sua forma física.
-Eu disse que conseguiríamos. -Lua diz em minha mente.
Respiro fundo contente que tudo isso tenha acabado e alegre em saber que em breve estarei nos braços de Benjamin e cuidando de nossos filhos que nasceram em breve.

Benjamin para ao meu lado e fita Avira com ódio. A mesma desmaia e cai ao chão.

-Meu trabalho aqui acabou. -Lua afirma como uma despedida.
-Até breve, temos muito o que conversar. -Falo deixando claro que quero as respostas de tantas perguntas e saber o porque do meu avô paterno estar com ela.
-Até. -Fala ela e sai de meu corpo e retomo por completo meu corpo.

Olho para Benjamin e antes que ele ergue a espada e a mate Avira enquanto ela está inconsciente o impeço. Entro na frente dele o impedido de matar Avira dessa forma.
Sei que eu deveria querer matar ela no momento por tudo o que fez, mas a Lua disse que as trevas já corrompeu antes e provavelmente corrompeu novamente.
O que ela faz não tem perdão, mas e se não fosse ela de verdade?
Ela traiu a própria espécie, me sequestrou e matou, mas e se fosse as trevas a corrompendo?
-Eloisa. -Benjamin fala em tom de reprovação ao perceber que no momento sou eu de verdade.
-Benjamin eu sei que você quer matá-la, na verdade eu também quero, mas... -Começo a falar, mas o mesmo me interrompe.
  -Eloisa! -Fala ele inconformado com minha palavras. -Sem mas! -Diz ele me repreendendo. -Ela quase a matou, ela quase matou nossos filhos que ainda nem nasceram e não me peça para poupa-la pois não vou! -Afirma ele deixando evidente que nada o que eu falar irá fazê-lo mudar de ideia. Ele está certo.
Respiro fundo e apenas concordo com a cabeça deixando evidente que irei deixar ele mata-lá.
Quando vou sair da frente dele para ele matá-la sinto algo perfurar minha costa e atingir próximo ao meu coração.
Uma dor imaginável me atinge.
Avira.
Benjamin me olha em estado de choque.
Uno forças e pego a espada de Benjamin de suas mãos sem sua permissão. Me viro de maneira rápida e corto a cabeça de Avira.
A cabeça dela cai ao chão e seu corpo sem vida cai logo em seguida como um saco de batatas.
Eu perdoei essa vaca!
Eu pensei em não matá-la achando que a culpa era das trevas, mas a verdade é que ela realmente não era do bem.
Uma fraqueza me atinge e me viro para Benjamin e apoio nele. O mesmo me segura com cuidado e começa a chorar desesperado não acreditando.
Olho em seus verdes com traços mel com vontade de falar que tudo vai ficar bem, mas não consigo falar.
Apenas olhos em seus olhos como se eles aliviassem a dor.
A única preocupação que tenho no momento são com nossos filhos, apenas eles importam agora.
-Benjamin. -Falo num sussurro e aos poucos perco a consciência em seus braços.
A escuridão me atinge e não tenho forças para lutar contra ela.

Noiva De Um VampiroWhere stories live. Discover now