C.P - 18 - Música?

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Mia: Agressiva.

Gus: Aqui nos despedimos. Até amanhã. — Atravessou a rua correndo.

Itan: Vamos?

Mia: Claro.

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Raquel: Vindo embora acompanhada de dois gatões é? 

Mia: Espiando da janela? Que feio.

Raquel: Você é popular com os garotos né? Com essa carinha de panda. — Me apertou.

Mia: Panda?

Raquel: Uma forma fofa de dizer.

Mia: Então a fofa aqui vai subir e dormir umas duas horinhas antes de trabalhar.

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Sr. Marcos acabou de sair com Raquel e estou na sala assistindo TV, de repente começo a ouvir uma melodia bem conhecida.

Mia: Itan? — Subi as escadas e parei na porta de seu quarto, de onde vinha a música.

Itan: Respirar, respirar o ar
Não tenha medo de se cuidar
Saia, mas não me deixe
Olhe ao seu redor
Escolha o seu próprio terreno

Muito tempo você vive e você voa alto
E sorriso você dará e lágrimas você vai
chorar
E tudo que você toca e tudo que você vê
É toda a sua vida nunca vai ser

Corra, coelho, corra
Cavar o buraco, esqueça o sol
E quando o ultimo trabalho é feito 

Não se sente

É hora de cavar mais um

Por muito tempo você vive e você voa alto
Mas só se você levar pela maré... — Cantou.

Mia: Pink Floyd? — Cheguei mais para ouvir mas empurrei a porta fazendo a abrir e ele parar de tocar.

Itan: Oi. — Deixou o violão ao seu lado.

Mia: Desculpa. Estava passando e... é... desculpa. — Corei sorrindo.

Itan: Tudo bem. — Riu.

Mia: Gosta de tocar? Música? Pink Floyd? — Me sentei numa cadeira.

Itan: Gosto das músicas, não da banda.

Mia: Ah sim. — Ficamos em silêncio por um tempo. — Posso pedir uma?

Itan: Claro. Quem sabe eu conheça. — Pegou novamente o violão.

Mia: Wish You Were Here? — Ri.

Itan: Essa eu sei.. — Começou a tocar.

Aquela música o incomodava e dava para ver quando ele começou a cantar.

Itan: Então, então você acha que consegue distinguir
O paraíso do inferno?
Céus azuis da dor?
Você consegue distinguir um campo esverdeado
De um trilho de aço gelado?
Um sorriso de uma máscara?
Você acha que consegue distinguir?

Eles fizeram você trocar os seus heróis por fantasmas?
Cinzas quentes por árvores?
O ar quente por uma brisa fria?
O conforto do frio por mudanças? Você trocou um papel de figurante na guerra
Por um papel principal numa cela?

Como eu queria
Como eu queria que você estivesse aqui
Nós somos apenas duas almas perdidas
Nadando num aquário
Ano após ano correndo sobre o mesmo velho chão
O que nós encontramos?
Os mesmos velhos medos
Eu queria que você estivesse aqui... — Cantou.

Mia: Para. — Mandei e ele parou.

Itan: Cantei mal? — Perguntou meio triste.

Mia: Nada disso, percebi que tem algo de errado nessa música.

Itan: Essa musica é linda. Não tem nada errado. — Me olhou.

Mia: Então tem algo de errado com você.. — Levantei da cadeira e me sentei ao seu lado tomando o violão de suas mãos e colocando no meu colo. — Alguma coisa de errado não está certa. — Falei e ele riu.

Itan: O problema não é a música. É a letra. — Passou a mão no rosto.

Mia: O problema não é a música é você, ou algo a ver com você.

Itan: Essa letra me lembra a minha mãe, odeio a banda, mas as letras conseguem mexer comigo. Me lembram dela. — Sorriu.

Mia: Não se sinta obrigado a me contar nada.

Itan: Tudo bem, quer mais uma?

Mia: Dessa vez não. Pode pedir. — Balancei a cabeça e sorri.

Itan: Tenho outro violão, dueto? — Foi até o guarda-roupa e pegou um violão preto.

Mia: Pode ser.

Itan: Esse preto aqui na verdade é meu, e esse ai era da minha mãe. — Se sentou.

Mia: Me desculpa! Quer ele? — Estendi.

Itan: Pode ficar. — Começou a tocar uma música.


➥ Continua 

O Filho Do Meu Chefe [CONCLUÍDA]Where stories live. Discover now