DOCE CORAÇÃO - Livro I - Amor Proibido

Doce Romance - parte 2

Doce Romance

Jason

A partir daquela noite tudo mudou. Grace e eu começamos levemente a explorar o que sentimos um pelo outro. Estávamos vivendo um romance. Um romance secreto.

Não foi por escolha minha e sim dela. Grace não quer desagradar à mãe que deseja que ela namore apenas aos dezesseis anos. Então teríamos que esperar cinco meses para revelarmos nossa relação.

Em casa, éramos muito cuidadosos sobre o que acontecia entre nós. Nossos pais não desconfiam. Quando eles não estavam é que nos permitíamos relaxar um pouco.

Continuamos com nossa rotina de nos encontrarmos no telhado para apreciar as estrelas. Só que agora tínhamos beijos e afagos para completar todo o ritual.

Na escola éramos discretos também. Apenas Monica sabia sobre nosso relacionamento secreto. Ficávamos perto um do outro como antes. Só que agora havia os olhares, os toques propositais, tudo está cada dia mais intenso entre nós.

Naquela manhã, no final do intervalo entre as aulas, me escondo no armário do zelador. Já havia levado algumas garotas para lá e sabia que quase ninguém entrava ali, nem o próprio zelador que naquele horário estava ocupado com a manutenção do pátio da escola.

Fico cuidando o corredor. É quando Grace surge, sozinha carregada de livros seguindo para a biblioteca como é um hábito seu.

Não resisti em sorrir ao vê-la. Como é certinha e CDF. Éramos opostos. O bad boy e a nerd.

Fico observando-a se aproximar, com aquele jeitinho que é só dela, tão doce. A saia plissada que ela usava a torna cada vez mais atraente para mim. Pergunto-me como não notei isso antes.

É nítido que depois que ficamos juntos pela primeira vez meu interesse por ela cresceu muito. Cada dia mais.

No momento que ela passa em frente a porta que eu estou pego o seu braço a trazendo contra mim, fecho a porta em seguida.

Ela dá um gritinho, mas coloco minha mão sobre sua boca a impedindo de fazer barulho.

— Shiu! Sou eu princesa — cochicho no ouvido dela.

— Jason... — ela procura meu rosto. Está um pouco escuro, mas conseguimos ver um ao outro. — Você quase me matou de susto.

— Desculpa — peço nada arrependido. Adrenalina e ansiedade por todo meu corpo.

— O que estamos fazendo aqui?

Tão inocente, tão pura. Às vezes me pergunto em que século Grace vive. As meninas da idade dela geralmente são bem mais ousadas e sabidas das coisas de sexo. Grace não. Não era tipo. Ela realmente não sabe sobre essas coisas. Talvez a superproteção que Luiza tivesse sobre ela pudesse explicar sua inocência.

Quando a beijei na noite do baile de máscaras tive quase certeza que fui o primeiro homem a beijá-la. Ela não confirmou isso. Mas o modo tímido que ela demonstrou durante o beijo. A respiração acelerada com algo novo, ou seja, o medo de algo desconhecido.

Saber que ela é tão inocente assim e que seria eu o primeiro homem a tocá-la a beijá-la pela primeira vez me deixava muito ligado. Muito mais do que imaginei.

Eu sou apenas um garoto de dezessete anos, mas como transo desde meus quatorze anos, isso me faz parecer até um homem experiente perante ela. Eu mal posso esperar para poder ensinar tudo a ela. Mas sei que teria que ser com calma, ter paciência. Como ela merece.