— Essa é a moto da minha mãe! Não vou deixar ela aqui, porra! —Grito.
O estrondo da porta do carro batendo me pega desprevenido. Meu pai não é um homem violento, muito pelo contrário, por isso me surpreendo ao ver raiva em suas feições.
— Não sei mais como agir com você, Jason! — ele diz se aproximando de mim. —Há uma semana foi pego fumando maconha...
— Ah, pai, como se você nunca tivesse feito isso quando era jovem.
— Sim, eu fiz, mas não é a isso apenas que estou me referindo, Jason. É a tudo. Você era um bom garoto. Tirava boas notas, respeitava as pessoas... agora parece um... selvagem... se metendo em raxas, brigas. Quero que volte a ser aquele menino, filho.
— Sim, eu era um bom garoto, pai, e veja o que me trouxe de bom, minha mãe me abandonou — digo, magoado. — E você nem liga...
— Você me culpa por algo que não tenho culpa, filho.
Abaixo o olhar.
— Não sei por que sua mãe nos abandonou, mas sei que ela não gostaria de vê-lo desse jeito sempre tentando se meter em confusões, disposto a prejudicar seu futuro.
— Ela não se importa comigo — dou de ombros.
— Não fale assim. Tenho certeza que ela se importa, de que ela te ama.
— Como pode defendê-la? Até uma namorada você já tem. Está pouco se importando também.
— O que você quer, Jason? Que eu fique sozinho à espera da sua mãe voltar? Isso se ela voltar. Eu não tenho raiva dela, mas preciso seguir em frente com a minha vida.
Começo a andar sem direção, eu não curto esse lance de conversar sobre minha mãe, e muito menos essa coisa sentimental entre meu pai e eu.
— Jason? —Ele me chama o que me fez parar. — Eu iria conversar com você hoje, em casa, com calma e tranquilidade, mas você sumiu... bem..., Luiza e Grace vão se mudar para nossa casa.
Fico olhando para ele. O que ele espera que eu diga?
— Sei que pode ser difícil para você ver Luiza ao meu lado...
— No lugar que é da minha mãe – acrescento.
— Não é assim... Luiza será minha mulher, mas Lídia sempre terá o lugar dela que é de sua mãe. Sua e do seu irmão.
—Tá legal, pai. Chega desse papo.
— Certo, então espero que você as trate bem, ok — alerta.
— Tanto faz.
— Jason...
— Está bem — respondo bufando.
— Se você se esforçar eu vou conversar com o delegado para liberar sua motocicleta...
Eu não posso evitar que um sorriso aparece em meus lábios.
— Mas apenas se você se comprometer a ser um bom garoto.
Bom garoto nem pensar, pensei comigo. Isso não combinava mais comigo.
— Eu vou... vou tentar ser legal — falo.
Voltamos para casa, era madrugada quando chegamos, e penso que meu pai até foi bacana em relação ao que houve nesta noite. É claro que durante o caminho ele me deu "aquele" sermão sobre responsabilidade e bláblá. Mas até que não foi de todo ruim.
Ao entrar no meu quarto encontro Nico a minha espera.
— E aí, mano? Como foi lá? Deu tudo certo?
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DOCE CORAÇÃO - Livro I - Amor Proibido
RomanceDegustação do livro publicado na Amazon. Quando Grace se muda para a casa do novo marido de sua mãe não esperava encontrar e se encantar pelo rebelde Jason Travelli. A princípio o filho de seu padrasto é irritante e insuportável. Contudo o doce cor...
Doce Rebeldia - parte 2
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