Capitulo 2

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A aula de apresentação  decorreu estranhamente. Tentei escutar tudo o que era dito mas saber que tinha a pessoa que quase me agrediu no corredor, atrás de mim era perturbador. Acabamos por sair mais cedo que o previsto no horário. Tentei sair primeiro mas muitos se adiantaram por isso deixei-me ficar que todos saissem evitaria a todo custo cruzar-me com ele no entanto ele também ficou na sala à  espera como eu. Peguei na minha mala pronta para sair,mas ele segurou-me pelo braço puxando-me fazendo-me esbarrar desajeitadamente contra o peito dele, que por sinal era forte.

-Ahh.. O que.... - atrapalhei-me desconcertada com tal proximidade.

-Desculpa...- ele disse suavemente; mas eu levantei uma sobrancelha sem perceber bem.- Digo desculpa agora, por te ter puxado assim e por te ter falado e tratei à bocado. Eu estava nervoso. Sempre que falo com a Mel fico assim...

- Deixa estar- cortei-o estranhamente não queria saber do romance dele. Desenvicilhei-me dele e fuic andando para saida- Desde que não aconteça outra vez.- Atirei e saí.

Fiz intenções de caminhar até à casa de banho mais perto mas novamente fui interrompida mas desta vez por um toque mais suave no meu braço. A minha colega.

-Beatriz, prazer.- sorriu amavelmente.

-Mandy. Igualmente.- Retribui a simpatia.

-Hoje há uma festa de rececão no auditório da faculdade. Aparece Mandy- ela sorriu. Devo aparecer?

-Não sei se...

-Combinamos aqui de nos encontrarmos. Não conheço ninguém aqui e a festa pode ajudar.- continuou com o seu suave e amável sorriso e isso me convenceu. Até não tinha nada a perder, certo? Certo!

- Ok então venho. A partir de hoje já me conheces a mim. Eu também sou nova aqui.

Eu e a minha colega seguimos para comer qualquer coisa e depois seguimos para as oitras apresentações. O dia acabou perto da hora do almoço. Despedi-me da Beatriz, combinando de nos encontrarmos mais tarde para a festa aqui na faculdade.

Quando cheguei em casa ninguém se encontrava mas eu ja sabia a minha mãe e o meu padrasto estavam a trabalhar. Tinha que preparar alto para minha mana. Resolvi fazer salada de atum com o frago assado que restou do jantar. Era básico mas a minha irmã adorava atum, salada e frango.

Ouço barulho de um carro parando lá fora e vou espreitar pela janela e vejo a minha irmã a descer de um carro preto mais uma rapariga bem fofa. Elas ainda falaram por um bocado até a minha irmã se encaminhar para a casa, então eu fui ter com ela à porta sem prestar mais atenção lá fora.

-Oi amor.- disse abraçando-a- Diz-me como correu? 

Ela pousou a mala no sofá e fomos para a cozinha comer.

Ela acabou por me resumir o dia dela, destacando só que conheceu a Mel quando saía hoje de manhã e deram-na boleia. Quando ela mencionou o nome "Mel" lembrei logo do agora Danilo-sei o nome dele porque houve  apresentações pessoais hoje na aula psicologia. Mas a minha maninha linda explicou-me que ela mora na casa ao lado- a da janela ao lado do meu quarto com vista diretamente para o quarto de um morenço bem sexy e coincidentemente parecido com idiota do Danilo. Que ela tem trissomia 21 mas que ela é bem instruída e pouco se nota da sua doença.

Passei o resto do dia falando com a minha mana. Perto das 17h30 fui-me arranjar para ir para a faculdade. Depois do banho encontrei umas jeans escuras e uma camisola leve cinza descaida por um ombro, com as minhas sabrinas pretas escolhidas pela minha irmã que eu tinha pedido. Fiz uma transa de lado e usei apenas lapis para o olho e un pouco de rimel e já estava pronta.

*

Cheguei na faculdade e fui recebida pelo som forte da música lá de dentro do pavilhão. Quando os meus olhos encontraram os cabelos de cor estranhamente bonita da Beatriz fui até ela.

-Olá Beatriz- Ela virou-se para me ver.

-Olá Mandy. Mas ima coisa: podes-me chamar só de Bea?- Sorriu encantadoramente. Ela usava uns calções cintura subida com blusa verde musgo e sandálias castanhas. Estava muiti bonita.

-De facto prefiro Bea.

Rimos as duas e entramos no auditório sentido melhor e mais potente a música. Ela puxou-me logo para o meio da multidão e dançamos por um bom pedaço Depois fui ao bar improvisado e ela a casa de banho.

-Duas Radlers se faz favor- pedi para quem estava a servir olhando para esquerda. Mau movimento. Encontrei os olhos mais intensos e no entanto ilegíveis do Danilo, com a adrenalina virei para o outro lado e estremeci o olhar de um rapaz qualquer penetrou-me interirormente com um arrepio, escapuli no meio da multidão e saí respirando ar fresco. Inspirei e experei algumas vezes até que a minha respiração foi prendida a meio por umas mãos na minha cintura. So tive tempo de sentir o choque das minhas costas contra a parede. Quando senti uns lábios no meu pescoço realizei tudo. Até ousei pensar que seria Danilo por causa de hoje de manhã mas embora ele ter-me agarrado como agarrou de manhã senti delicadeza, respeito e confiança, acima de tudo confiança. Contudo quem me agarrava agora era bruto, grosso e perverso. Ele atirou as mãos para o interior das minhas coxas e estremeci.Tentei gritar mas com aquela música ninguém me ouviria. Quando resolvi me conformar com as mãos já debaixo da minha camisola. Alguém chegou.

-O que pensas que estás a fazer?- a sua voz soou tão raivosa mas foi música para os meus ouvidos.

O outro lado do amorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora