Agente: Bom dia, senhor Styles. – Disse, entrando. Harry assentiu – A senhorita Perrie Edwards deu ordens de avisá-lo de que seu alvará de proteção a testemunha foi expedido ainda essa madrugada, e que a imprensa estará lá quando o senhor chegar.

Harry: Perfeito. – Disse, indo até a bandeja. - Quando partimos?

Agente: Assim que o senhor estiver pronto. – Informou.

Harry: Servido? – Perguntou, apontando a mesa. O agente o encarou por um instante, como se achasse que era brincadeira, mas Harry esperou e ele negou – Você tem família? – Perguntou, mordendo a maçã.

Agente: Não, senhor. – Disse, parado perto a porta.

Harry: Hum... – Ele largou a maçã na bandeja e olhou as torradas. Do lado do patê havia o motivo dele ter pedido café da manhã: Uma faca. – Pode chamar quem precisar pra me levar. Perdi o apetite. - A faca havia se perdido também... Debaixo da manga da camisa de Harry.

Foi muito rápido. Harry não tinha mira, mas em compensação manuseava facas e canivetes com destreza. Seus passos, rápidos, não fizeram nenhum barulho. Nem o corte profundo que ele cravou na garganta do agente, apanhando-o por trás. O agente engasgou e Harry o amparou antes da queda.

Harry: Shhh. – Disse, como quem tranquiliza no chão. O sangue havia chegado o chão antes do agente, em uma corrente que jorrava – Acabou. – Disse, sem emitir som, e quebrou o pescoço do agente, que ficou imóvel, o sangue ainda brotando em cascata do talho fundo no pescoço. Harry prendeu a faca do crime no cinto, cobrindo-a com a camisa, e bateram na porta.

Agente2: Senhor Styles? Precisamos partir. – Apressou.

Harry: Só um instante. – Disse, a voz tranquila, e trancou a porta.

Harry respirou fundo, a cabeça trabalhando como uma maquina. Não podia sair pela porta, haviam agentes nos corredores e nas saídas. Não podia escalar, porque também estavam no telhado. A resposta veio quando ele passou pela janela. O canal.

Agente2: Senhor Styles?

O salto foi rápido, mas isso não o tornou agradável. Harry meteu a mão na mala, apanhando apenas seus documentos e enfiando no bolso. Já estava descalço, então correu, tomou impulso no parapeito e mergulhou de ponta no nada. Morto, se batesse no chão. A água fria o engoliu e a adrenalina pulsava nos ouvidos dele, enquanto notava o tumulto lá fora. Não podia emergir, não podia ficar ali e não tinha ar pra muito mais tempo. Esse pedaço ele não calculara. Que pena.

Harry nadou. Mergulhou, pra ser mais exato. O máximo que pode. Seus braços e pernas gritavam em protesto, os pulmões se comprimindo dolorosamente em busca de ar. Mas ele resistiu firmemente, até que passou por um barco parado. Emergiu atrás dele, escondido, apanhando o ar em golfadas violentas. Tossiu, e veio sangue, pelo esforço. Haviam cochichos entre as pessoas, tumulto. Ele apanhou ar e submergiu de novo, voltando a nadar. Só saiu do canal já longe dali. Caminhou a passos largos, não correndo pra não ser notado, até que encontrou um carro parado. Levou menos de 5 minutos para arrombá-lo, e saiu dali cantando pneus. Parou na estrada de terra que dava na floresta que dava na mansão. Fez a volta, tirando o carro do caminho e seguiu a pé, agora sim correndo. A chuva caiu. Seus pés se feriram nas pedras, mas ele só parou de correr quando entrou na cúpula.

Enquanto isso, no chalé...

Melanie dormira com a cabeça de sexta-feira em seu colo. Um raio a acordara, e ela suspirou, coçando o olho. Pra completar a desgraça não podia ficar em paz porque algum idiota resolvera começar a cantar. Um idiota que sabia de Madison e Niall. Mas isso era recente, só quem sabia era ela, Louis, Danielle (que não diria) e... Os olhos dela se abriram em placa e ela se levantou em um pulo, já armada, e a pessoa que estava em sua mente se materializou em sua frente, todo molhado, descalço, ofegando e com uma faca na mão. O coração dela bateu em disparada, como se tivesse hibernado por muito tempo, e agora estivesse livre, apesar do ódio que ela sentia.

O Turista (Livro 1) [H.S]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora