Capítulo 22 - Mateus

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- Está vendo essa pulseira? - ele pergunta e eu assinto - Foi o primeiro presente que eu dei a sua mãe - a pulseira era simples, com apenas um pingente de coração com as iniciais deles dentro.

- Uau! É perfeita - digo pegando da mão dele para examina-la de perto.

- Eu sabia que você ia gostar - sorrio ao me lembrar da minha mãe usando isso - Por isso pedir para fazer uma com a sua inicial e a da Amora.

- O quê? - pergunto assustado.

- Isso mesmo que você ouviu, agora vamos fazer um lanche e depois voltamos pra pegar a pulseira.

Sem escolha eu tive que ir atrás dele e fazer o que o mesmo tinha mandado.

Depois de lancharmos e pegarmos a pulseira meu pai me deixou em casa. Olho no relógio e já é quase a hora do jantar.

- Mateus, você já vestiu a roupa que eu te dei? - ouço minha mãe gritar atrás da porta.

- Já - digo e ela imediatamente abre a porta.

- Ai meu filho, como você está lindo - ela diz me analisando dos pés a cabeça - eu tenho certeza que a Amora vai achar o mesmo.

- Eu espero - dou um longo suspiro e pego a caixinha onde a pulseira está.

- O que é isso? - minha mãe pega a caixa da minha mão, senta na ponta da minha cama e abre - Foi seu pai que te ajudou a escolher?

- Foi - sussurro de cabeça baixa.

- Não precisa ter medo de me contar - ela diz com um sorriso no rosto - Eu me lembro como se fosse ontem o dia em que eu recebi essa pulseira e o quanto eu amei, tenho certeza que ela vai gostar tanto quanto eu - ela fala com a voz meio triste.

- A senhora está bem?

- Estou - ela suspira - E então, pegou o buquê de flores?

- Peguei - digo sorrindo confiante.

- Ótimo, o táxi já está te esperando lá em baixo, é melhor se apressar - ela saí e fecha a porta.

Olho para a minha escrivaninha e vejo o poema que a Amora tinha me devolvido a algumas semanas atrás.

Pego o poema e coloco dentro do envelope junto ao bilhete que está no buquê.

Dou uma última olhada no espelho e desço as escadas indo em direção ao táxi, que já estava a minha espera.

Alguns minutos, que mais pareceram uma eternidade, se passaram e eu finalmente estava na porta da casa da Amora. Dou uma breve olhada no relógio e percebo que não estou atrasado.

Toca a campainha e logo a Amora aparece, mas linda do que nunca.

Seu cabelo solto caia sobre seu ombro de uma forma natural, além de deixar seus óculos de lado e provavelmente estar usando lentes, o que realçava seus grandes olhos castanhos.

Assim que me vê ela arregala os olhos, e eu não sei se gostou ou não do que viu.

- Não vai me deixar entrar? - falo sorrindo.

- Claro, desculpa - ela abre a porta e eu entro.

- Trouxe para você - digo a entregando o buquê de rosas.

- Obrigada - ela sorri e me surpreende com um beijo rápido na boca.

Olho para o lado e percebo a presença dos pais e do irmão da Amora, imediatamente entendo o motivo do beijo.

- Boa noite - digo sorridente.

- Boa noite - todos respondem em uníssono.

- Deseja alguma coisa, Mateus? Água, suco... - a mãe da Amora diz amigavelmente.

Eu definitivamente não gosto de vocêWhere stories live. Discover now