- Está vendo essa pulseira? - ele pergunta e eu assinto - Foi o primeiro presente que eu dei a sua mãe - a pulseira era simples, com apenas um pingente de coração com as iniciais deles dentro.
- Uau! É perfeita - digo pegando da mão dele para examina-la de perto.
- Eu sabia que você ia gostar - sorrio ao me lembrar da minha mãe usando isso - Por isso pedir para fazer uma com a sua inicial e a da Amora.
- O quê? - pergunto assustado.
- Isso mesmo que você ouviu, agora vamos fazer um lanche e depois voltamos pra pegar a pulseira.
Sem escolha eu tive que ir atrás dele e fazer o que o mesmo tinha mandado.
Depois de lancharmos e pegarmos a pulseira meu pai me deixou em casa. Olho no relógio e já é quase a hora do jantar.
- Mateus, você já vestiu a roupa que eu te dei? - ouço minha mãe gritar atrás da porta.
- Já - digo e ela imediatamente abre a porta.
- Ai meu filho, como você está lindo - ela diz me analisando dos pés a cabeça - eu tenho certeza que a Amora vai achar o mesmo.
- Eu espero - dou um longo suspiro e pego a caixinha onde a pulseira está.
- O que é isso? - minha mãe pega a caixa da minha mão, senta na ponta da minha cama e abre - Foi seu pai que te ajudou a escolher?
- Foi - sussurro de cabeça baixa.
- Não precisa ter medo de me contar - ela diz com um sorriso no rosto - Eu me lembro como se fosse ontem o dia em que eu recebi essa pulseira e o quanto eu amei, tenho certeza que ela vai gostar tanto quanto eu - ela fala com a voz meio triste.
- A senhora está bem?
- Estou - ela suspira - E então, pegou o buquê de flores?
- Peguei - digo sorrindo confiante.
- Ótimo, o táxi já está te esperando lá em baixo, é melhor se apressar - ela saí e fecha a porta.
Olho para a minha escrivaninha e vejo o poema que a Amora tinha me devolvido a algumas semanas atrás.
Pego o poema e coloco dentro do envelope junto ao bilhete que está no buquê.
Dou uma última olhada no espelho e desço as escadas indo em direção ao táxi, que já estava a minha espera.
Alguns minutos, que mais pareceram uma eternidade, se passaram e eu finalmente estava na porta da casa da Amora. Dou uma breve olhada no relógio e percebo que não estou atrasado.
Toca a campainha e logo a Amora aparece, mas linda do que nunca.
Seu cabelo solto caia sobre seu ombro de uma forma natural, além de deixar seus óculos de lado e provavelmente estar usando lentes, o que realçava seus grandes olhos castanhos.
Assim que me vê ela arregala os olhos, e eu não sei se gostou ou não do que viu.
- Não vai me deixar entrar? - falo sorrindo.
- Claro, desculpa - ela abre a porta e eu entro.
- Trouxe para você - digo a entregando o buquê de rosas.
- Obrigada - ela sorri e me surpreende com um beijo rápido na boca.
Olho para o lado e percebo a presença dos pais e do irmão da Amora, imediatamente entendo o motivo do beijo.
- Boa noite - digo sorridente.
- Boa noite - todos respondem em uníssono.
- Deseja alguma coisa, Mateus? Água, suco... - a mãe da Amora diz amigavelmente.
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Eu definitivamente não gosto de você
Teen Fiction(em revisão) Amora e Mateus, dois adolescentes totalmente diferentes um do outro e encarados diferente do que são um pelo outro, vão acabar se conhecendo cada vez melhor após um trabalho de escola que vai mudar a vida dos dois. Uma história de a...
Capítulo 22 - Mateus
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