Passei a manhã de pijama assistindo beisebol com o meu pai no canal fechado da tevê e comendo pizza como nos velhos tempos.
Quando eu estava prestes a sair da casa do meu pai recebi uma mensagem da Amora que me fez sorrir.
Hoje a noite. Na minha casa. Jantar informal. Não se esqueça!!
Amora- Eu sei o que você sente por ela - meu pai surge atrás de mim e diz.
- O quê? - pergunto curioso.
- A melhor parte é descobrir isso sozinho.
Termino de arrumar minhas coisas e contínuo a pensar nas palavras do meu pai. O que será que eu sinto pela Amora?
- Já vai pirralho? - Luís que até então estava dormindo diz me fazendo voltar para o mundo real.
- Já deu minha hora, você que acordou atrasado. E eu não sou pirralho, nós temos a mesma idade.
- Não sei se você esqueceu mas eu sou mais velho por cinco minutos - ele diz sorridente como se estivesse ganhado algum prêmio por isso.
- Você não vai comigo? - pergunto a ele que já está na cozinha procurando algo pra comer.
- Hoje não, fala a mamãe que eu passo por lá um dia desses na semana - ele diz com desdém.
- Me espera pra que a gente possa se ver.
- Você e suas melosidades. Para de ser fresco Mateus - ele fala com deboche pra me provocar.
- Tudo bem então, eu não preciso de muito mais que um espelho pra te ver - rio da cara de fúria dele. O Luís odeia quando eu digo que somos iguais.
Entro no carro do meu pai e em vez de me levar pra casa ele vai em direção ao shopping.
- O que a gente veio fazer aqui? - falo assim que ele estaciona o carro.
- Você veio comprar um presente pra sua namorada - ele diz como se fosse a coisa mais natural do mundo, não sabendo ele que a Amora nem merece um presente.
- Mas o que eu vou comprar? - pergunto tentando pensar em uma desculpa pra não ter que fazer isso.
- Tem uma loja de jóias aqui, onde eu sempre comprava presentes para a sua mãe - ótimo agora ele vai usar o relacionamento fracassado dele como exemplo para o meu relacionamento de mentira.
- Eu acho que não precisa, a Amora é muito simples, ela não gosta de nada sofisticado - digo mas ele continua andando em direção a loja.
- Se ela disse isso é mentira, toda mulher gosta, mas se realmente for verdade a gente pode comprar algo mais simples.
- O senhor não acha muito exagero da minha parte chegar em um jantar informal com uma jóia?
- Claro que não, ela vai ficar toda boba pro seu lado.
- Vai? - sinto uma ponta de esperança invadir meu peito - Não, ela não é assim - um surto de realidade toma conta de mim novamente.
- Siga a voz da experiência.
Enfim chegamos na loja. Meu pai parecia já saber o que eu devia comprar. Ele foi em direção a um balcão da loja onde uma atendente estava a espera de um cliente.
-Boa tarde - meu pai a cumprimentou e eu fui procurar um lugar para me sentar.
Poucos minutos depois ele voltou com uma pulseira que me parecia familiar.
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Eu definitivamente não gosto de você
Teen Fiction(em revisão) Amora e Mateus, dois adolescentes totalmente diferentes um do outro e encarados diferente do que são um pelo outro, vão acabar se conhecendo cada vez melhor após um trabalho de escola que vai mudar a vida dos dois. Uma história de a...
Capítulo 22 - Mateus
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