01.: Conhecendo-me Melhor.

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Olá, me chamo Bryan, mas isso vocês já sabem. Tenho dezessete anos e... Não, espera. Isso era pra ser ontem. Hoje eu tenho 18!

Mas enfim. O que dizem sobre mim, é que sou a cara da minha mãe. Nso apenad em questões físicas, os olhos, o cabelo, e essas coisas. Mas tudo o que eu tenho eu puxei dela, o modo de pensar, o modo de se portar, o pavio curto com gente irritante, a linguarem direta e sem rodeios, o tamanho e até o gosto, se é que me entendem.

Pretendo contar pra ela formalmente ainda hoje, para minha véia preferida. Ela já sabe, claro, eu nem sei esconder, mas vou dizer logo de uma vez pra ela escutar da minha boca.

Oliver é meu melhor amigo de toda a eternidade. Ele é o mais gostoso que eu conheço, e eu até disse pra ele que eu o pegaria, mas ele disse que cravaria uma faca na minha cara se eu tentasse. Mas ele não faz muito meu tipo. Quando ele quer algo, ele gosta de ter na hora. Já eu sou mais de deixar as coisas rolarem naturalmente. Bem, às vezes gosto de tomar o controle das coisas e manipulá-las para acontecerem da forma que eu quero, mas isso é outra história.

Oliver: — Ei, Viado! Parabéns! Muita paz, muita alegria e muitas rolas na tua vida!

Eu: — Ah, que fofo. Mas eu dispenso. Pode ficar com as rolas todas pra você. – nos abraçamos.

Oliver: — O aniversário é seu e eu ganho presente? Que beleza.

Nós estávamos em casa, no meu “Lar” na pensão, que é como chamamos os quartos por aqui. A Pensão tem o nome de Mar Doce Lar, e não é referência a nenhum filme horrível, mas sim porque há praia aqui perto e turistas gostam de ficar aqui por causa da linda vista. A pensão é grande, e minha mãe pretende aumentá-la para um tipo de hotel, com não apenas um quarto como Lar, mas uma quitinete, assim como é o nosso. Dessa forma as pessoas podem ter mais privacidade. Mas isso pode demorar um pouco. Apesar de ser grande, os impostos estão em dia. Minha mãe odeia com todas as forças estar individada, principalmente com o banco e o governo.

Eu e Oliver estávamos na sala conversando. Dona Carmem estava na recepção recebendo alguns hóspedes. Liguei para ela dizendo que queria contar algo. Era a hora.

Carmem: — Meninos, o que queriam me contar? — ela entrou com uma prancheta nas mãos.

Oliver: — E aí, patroa!

Carmem: — Cala a boca antes que essa prancheta decole até tua cara.

Eu: — Mãe. Hoje é meu aniversário, tenho dezoito anos e já sou maior de idade. Quero que saiba que eu te amo demais e nenhuma das suas reações vai mudar isso.

Oliver: — Para de falar essas besteiras e conta logo.

Carmem: — Eu deixei o Zé cuidando da recepção e ele é segurança, não recepcionista. Fala logo que você gosta de outras varas e me deixa voltar pro trabalho! — arregalei os olhos e Oliver riu.

Oliver: — Ela já sabe que tu gosta duma terceira perna.

Eu: — Mãe?! Por que não disse que sabia antes?

Carmem: — Porque eu não estava disposta.

Eu: — Vaca!

Carmem: — Se eu sou vaca, você é um bezerro. pisso voltar pro trabalho!

Eu: — Ah, pode, né. Já sabe Mesmo. — dei de ombros. — Tem algum problema para vossa majestade?

Carmem: — Tem. Não dê em cima dos hóspedes. — ela olhou para o Oliver.

Oliver: — Também tenho que contar uma coisa. Eu também sou gay.

Carmem: — Isso é sério? - ela fez uma expressão de pura surpresa enquanto puxava o ar com força. Mas claramente era deboche. — Nunca percebi... Sério você é bem discreto, estou chocada!

CANAMEDIAM: A Casa Dos 25 Machos Onde as histórias ganham vida. Descobre agora