79. Chandler

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É agora ou nunca.

Nunca.

Não Chandler, você tem que ficar com ela. Foda-se meu disfarçe, o baile, tudo. Ela precisa de mim e eu dela. Queria tanto que ela me descobrisse numa forma mais romântica mas acho que essa forma romântica foi pro beleleu.

Sai de casa que nem um raio, nem pude me despedir do meu irmão que tava comendo que nem um louco na frente da TV. Peguei meu carro e dirigi até a casa da Merida. Tava com tanto medo de bater o carro de tanto ansiedade que eu tava. Pelo menos se ela ficar com raiva de mim não vai enfiar um sabre de luz na minha fuça, ela tem mais coisas para se preocupar agora.

Estacionei meu carro a um quarteirão antes e o porque disso? Também não sei. To nervoso, então não me culpe. Tá Chandler, respira, inspira e bota fé que ai vai dar tudo certo. Quando dei por mim eu tava abraçando uma árvore. Umas pessoas que faziam ginástica ali perto passaram e me olharam como se eu tivesse me drogado ou coisa do tipo.

-Viva a mãe natureza! - Disse pras pessoas que já estavam correndo para longe de mim.

CHANDLER SEU IDIOTA! O QUE VOCÊ TA FAZENDO AGARRADO NUMA ÁRVORE QUANDO A MENINA QUE VOCÊ MAIS AMA NA FACE DA TERRA TA PRECISANDO DE VOCÊ?

Não vou mentir, meu abraço com a árvore tava ótimo mas tive que deixá-la. Corri o mais rápido possível e não demorou muito pra eu avistar a casa dela.

Suspirei preocupado e bati em sua porta. Na mesma hora ela veio abrir e vejo um sorriso enorme em seus lábios rosados. Como eu queria que eles estivessem nos meus agora... Mas logo que ela me viu o sorriso sumiu, evaporou, morreu. Doeu mas não demonstrei. Seus olhos e bochechas estavam meio vermelhos, provavelmente de tanto chorar.

-Chandler? O que você tá fazendo aqui? -Ela tava super, hiper, mega no mundo da lua. Porque fui me apaixonar por uma pessoa tão lerda?

- Eu... Eu... - Ela me olhava no fundo dos meus olhos, eu sentia meu corpo inteiro se esquentar. -Só queria saber se está tudo bem com você.

Ela me olhou tipo "Você tem demência ou algo semelhante?"

-Olha, eu seriamente não to afim de te explicar umas coisas e além do mais... -Como ainda estávamos parados na porta de sua casa ela olhou para trás de mim esperando que alguém aparecesse. -Estou esperando uma pessoa. É melhor você ir.

Eu vou contar. Não vou contar. Eu vou. Não vou. As palavras estavam presas na minha garganta, e não queria sair.

-Merida, eu sou... Eu sou...

O telefone tocou fazendo que ela desse um pulo. Quem quer, que seja, eu agradeço muito por te ligado nesse momento. Ela atendeu o telefone toda feliz. Eu amo ela assim. Eu amo o sorriso dela. Eu amo ver ela feliz. Eu a amo. Sem dúvidas.

-Alô? Sim... Sou eu... -Ela dava pulinhos de alegria a cada palavra que a outra pessoa do outro lado da linha falava. -VOCÊS A ACHARAM? - Ela deu um grito e acho que a outra pessoa ficou surda. -OKAY! EU ESTOU INDO!

Ela desligou e veio correndo pra cima de mim e me abraçou. Eu não entendi o motivo mas sei que tava muito bom então decidi aproveitar.

-Acharam ela... Acharam... - Ela falava ainda com seu rosto em meu peito.

-Acharam quem? -Tinha que me fazer de desentendido

-Minha mãe! Eu preciso ir na delegacia busca-lá. -Ela saiu do abraço. Por mais que meu corpo queira ela de volto perto de mim eu me contive.

-Eu levo você. -Na mesma hora que eu falei, Merida olhou pra mim como de eu fosse o último cara do mundo inteiro.

-Ta esperando o que? VAMOS LOGO!

Fireproof// Chandler RiggsOnde as histórias ganham vida. Descobre agora