62. Merida

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Falta dois minutos pra acabar a última aula. Eu já tava me sentindo sufocada por causa daqueles números, aula de matemática, ninguém merece. O sinal tocou. Liberei o meu Flash interior e sai dali o mais rápido possível como se minha vida dependesse disso.

Estava prestes pra ir pra casa quando alguém me chama. O que é agora?

-MERIDA! ESPERA UM POUCO AI MINHA FIA. -Era o Chandler. Ele tentava parar um pouco de arfar para não demostrar que estava cansando de tanto correr. Mas não deu certo. -EU QUERO FALAR COM TU! -Ele já estava pertinho de mim quando tropeçou em alguma coisa.

E caiu de cara no chão.

Deus me desculpa mas eu tive que rir.
Depois de rir internamente e externamente eu fui ajudar o coitado a se levantar e ver se ele não tinha morrido.

-Você tá bem? -Me abaixei porque ele ainda tava deitado no chão.

Ele me olhou e deu um sorrisinho.

-Eu to no céu? Porque tem um anjo na minha frente? -Ele falava rindo. Coitado, acho que bateu a cabeça forte de mais. Peguei minha garrafinha e joguei o resto de água na cara dele pra ver se ele acorda ou toma juízo.

Na mesma hora ele se levantou e ficou tossindo.

-Eu to legal. -Botou a mão no peito.

Eu revirei os olhos e ri.

-Foi uma bela queda. -Falei e ele bufou. -Mas o que você queria falar comigo mesmo.

Ele estalou o dedo se lembrando.

- Eu queria saber se você pode me ajudar em história. Fiquei sabendo que você é boa e pra falar a verdade eu fui péssimo nesse teste. -Ele disse com aquela carinha fofa que eu não consigo resistir.

-Bom... Porque não ne? -Sorri.

Ele deu aquele sorriso mara-vilhoso e me deu abraço. Eu fiquei parada sem me mecher, aproveitei o tempo que ficamos abraços e cheirei o pescoço dele. Não podemos desperdiçar essas chances não é mesmo? Ele cheira a Rosas, eu queria ficar ali mais tempo mais ele saiu do abraço cheiroso.

-Ótimo! Então vai pra minha casa umas 3:00 horas. -Ele ajeita o cabelo que ainda estava molhado e me deixa escapar um suspiro. -Esse horário ta bom pra você?

-Ta maravilhoso. -Disse meio em transe. Qualquer horário ta bom desde que eu esteja com ele.

Eu não to falando nada com nada.

Ele deu um último sorriso e foi pra casa enquanto eu fui pra minha. Dessa vez, espero que aquela vagaranha da Brianna não apareça lá.
Cheguei em casa e fiz as coisas de sempre. Me deitei na cama e fiquei olhando pro teto esperando dar 3:00 horas. Não estou mais com medo ou com vergonha que eu sentia de falar com ele... Pra falar a verdade to super animada, mais que o normal.

>>>

Como o combinado fui pra casa dele as 3:00 horas em ponto. Eu sou uma menina muito pontual, aplausos para mim.

Ele abriu a porta mordendo os lábios. Já começou com a provocação querido? Além de sem camisa ele tava com aquele olhar de pedófolo.

To vendo que a tarde vai ser longa.

-Pode entrar, vou por uma camisa pra você não ficar mais vermelha do que já está. -Disse isso e foi pro seu quarto. Não demorou muito e ele voltou com uma camisa branca sem mangas e uma calça jeans rasgada nos joelhos.

Botei os livros e as apostilas de história em cima da mesa e botei meus braços na minha cintura o encarando.

-Pronto pra estudar?

-Não mesmo. -Sorrio.

Porque o fia da puta ta sorrindo?

-Vai ter que estar sabe o porque? Nesse horário eu estaria tomando sorvete enquanto via minhas sérieszinhas. Mas não! Vou te ajudar em história! Então cria vontade pra estudar, porque não to aqui pra nada.

Ele revirou os olhos ainda com o sorriso estampado no rosto. Se sentou na cadeira e eu fiz o mesmo.

-Vejo que está de irritadinha hoje não é mesmo? -Falava me provocando.

-Se você ficar me provocando eu vou enfiar esse lápis. -Não vejo um lápis então pego uma caneta. -Dentro do seu nariz! E vou deixar você se lascar nessa matéria.

-Mas isso é uma caneta. - Ele disse apontando pra mesma.

Sério? Agora que você descobriu? Parabéns.

-Caneta, lápis, tudo a mesma merda. - Eu já tava ficando com raiva.

Ele deu uma gargalha alta que me fez diminuir um pouco o estresse. Eu odeio tanto ele mas também amo o jeito que me faz ficar com raiva ou envergonhada.

Duas horas se passaram e nada de eu conseguir enfiar o assunto na cabeça dele.

-Porque não fazemos assim? Me deixa eu ver o seu teste que você foi mal e refazemos as coisas que você senhorito errou. - Disse tentando pegar o teste que estava em suas mãos mas ele se levantou e ficou difícil de pegar porque ele é bem mais alto que eu.

-Chandler você tem problema? -Cruzei os braços. -Me deixa eu ver o teste. - Ele fez que não enquanto ficava rindo. -Se não vai dar por bem vai ser por mal. -Falei e pulei em cima dele o derrubando.

Peguei ele desprevenido e deu um tempo de eu pegar o teste de suas mãos. Sai de cima dele porque nossas posições estavam meio estranhas.

-Não veja esse teste. -Falou se levantando.

Olhei o bendito do teste mas me arrependo muito de ter olhado.

-CHANDLER CARLTON RIGGS! -Ele deu uma passo pra trás enquanto eu dava a louca. -VOCÊ TIROU 10 NESSE TESTE!

-Eu sei. -Disse de trás do sofá que ele havia se escondido.

-ENTÃO PORQUE ME CHAMOU ATE AQUI SEU FIA DA PUTAAAAAA. -Corria atrás dele enquanto ria que nem um maluco. Pulei nele novamente e fiquei dando tapinhas no seu braço.

Com a maior facilidade do mundo ele segurou meus braços e inverteu as posições ficando em cima de mim, prendendo meus braços no chão.

Ele inclinou sua cabeça até meu pescoço dando um chupão.

Eu não sei se ficava com raiva ou não sei se aproveitava o momento e dava um beijão nele.

-Queria ficar mais tempo com você... -dizia beijando meus braços que ainda permaneciam presos. Ele voltou para o meu pescoço e deu um beijo na marca do chupão. -E esse presentinho que eu te dei era só pra avisar para os meninos que te encaravam que você já tem dono... -Ele fez uma pausa e colocou seus lábios bem próximos do meu. - Quer dizer... Ainda vai ter.

Meu coração estava disparando feito um louco. Eu queria tanto beija-lo. Necessecitava disso no momento, mais alguém abriu a porta nos encontrando caídos no chão.

-To atrapalhando? -O menino se parecia muito com o Chandler. Só com cabelos castanhos claros e olhos meio esverdeados.

O Chandler se levantou e eu tava quase pedindo pra ele continuar ali colado comigo mas com o pingo de sanidade que me restava eu me contive.

-Oi irmão! Er... Já voltou? -Chandler perguntou e olhou pra mim mordendo o lábio. -Meri acho que já está na hora de você ir.

Não queria. Eu queria ficar ali.

Suspiro, pego minhas coisas e vou embora mas o Chandler segura meu braço que me faz parar na hora.

-Tchau. -Ele fala com uma voz tipo muito sexy que me faz tremer. Me deu um beijo na bochecha e me deixou ali ainda na frente da sua casa.
Fui pra casa correndo toda sorridente como se estivesse acabado de ganhar na loteria, com o pensamento: "O que acabou de acontecer? "



Fireproof// Chandler RiggsOnde as histórias ganham vida. Descobre agora