Cap 14 Mais carros pretos

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Deitada na sua cama de colchão de água,no seu quarto luxuoso de paredes vermelhas,closet de portas de correr de vidro,e móveis de madeiras finas francesas;Clear Wilson ainda se atormentava com o seu maldito dilema; "Antony ou Gregório,Gregório ou Antony"? Levantou sentando,pegou encima da mesinha do abajur,um porta retratos com a família toda reunida.Ela no meio,D.Dulce do seu lado esquerdo,Theodoro do lado de D.Dulce,Lio do lado de Theodoro,na ponta esquerda Antony mostrando a língua pra Gregório que na ponta direita mostrava o dedo do meio para o cowboy,estremeceu por dentro ao imaginar que talvez a família nunca mais voltasse a se reunir por completo,porque Gregório também era considerado um mebro da família.

Em sua mente passou um filme dos momentos que viveu com os dois; "Quando Antony a atropelou de bicicleta,a felicidade dele quando aceitou sair com ele,o passeio de bicicleta quando quase se chocaram com um caminhão,o primeiro beijo lá no ferro velho,Antony roendo a maldita casca de banana,a dança do acasalamento para convencê-la a dormir com ele,o casamento deles,a primeira noite de amor...

E de Gregório lembrou da primeira vez que o viu,a briga que pegaram no restaurante,que foi o dia mais divertido da vida dela,suas poses galanteadoras,o jeito nada modesto que falava de si mesmo,suas respostas mal humoradas e o jeito truculento que escondia um sujeito de coração mole...

"Oh peste!Oque vou fazer?O meu tempo pra me decidir tá se esgotando".
Pensou a ruiva,levantou e foi até a janela,afastando as cortinas de seda vermelha,o crepúsculo já havia caído,observou o céu as estrelas e a lua brilhante e cheia,seus desvaneios foram interrompidos por o barulho de um carro lá embaixo,os portões automáticos foram abertos e ela viu o carro de Theodoro,um Fiat uno preto, entrando em direção a garagem,fechou as cortinas e voltou pra dentro.

Tinha apenas algumas horas pra tomar sua crucial decisão.

Mais tarde,D.Dulce votou pra casa no seu ford Ecosport preto.

Kevin havia saído do cativeiro desde a tardinha,já era noite e o vilão não havia voltado;não contou nada para o primo,apenas limitou-se a dizer que tinha negócios importantes pra resolver,pegou o carro de Philiph um Siena preto, emprestando e ordenou que cuidasse de Antony enquanto ele não voltava.

_Oxe,é demorar que só a peste._Philiph resmungava olhando pelas as frestas da janela da casa abandonada,lá fora só via a escuridão e a zuada dos grilos cantando.Parou de olhar e ficou andando de um lado para o outro.

Antony ainda amordaçado,grunia através do pano.

_Oh meu Deus,eu não gosto não de ficar sozinho,pra que peste Kevin faz uma coisa dessa cum eu que sou tão bonzinho pra ele.

Antony gruniu mais alto.

_Eu odeio florestas escuras,pense numa coisa alegre...pense numa coisa feliz...

Antony gruniu novamente e Philiph se voltou pra ele:_Tais querendo oque em?_Indagou,teve uma idéia,ia tirar a mordaça de Antony,assim o rapaz podia fazer-lhe companhia conversando,e assim o fez.

_Ai que alívio,me dá um gole d'água._Pediu o cowboy.

Philiph colocou água na boca de Antony.

_Brigado visse,tu sóis até bonzinho,não sois tão ruim que nem Kevin,por isso eu tenho um trato...

_Nem tente me tapiar._Philiph depositou o copo d'Água em um banco e continuou:_Eu sou fiel a Kevin.

_Anto,deixa de ser burro, fazendo o trato comigo,tu vai é se da bem,oia,se tu me soltar e deixar eu fugir,eu te dou bem muito dinheiro,tanto que na tua vida inteira tu não vai conseguir gastar.

_Oxe e é?_Philiph cruzou os braços pensantivo,os olhos escuros brilhantes de ambição._Sei não se eu quero.

_Pensa em tudo que tu pode fazer com um monte de dinheiro.

_Era mermo nera?_Philiph já sentia o cheiro das notas em suas mãos.

_E apois,nunca mais ter que trabalhar,nera bom não?_Insistiu Antony.

Derrepente Philiph deu um grito,e colocou as mãos nas orelhas:_Cale a boca seu cretino,tá querendo fazer a minha cabeça pra eu trair meu primo,já saquei a tua jogada.

_Deixa de ser besta,pra que tanta fidelidade?Faz a tua vida...

_Cala a boca,se não eu amarro tua boca de novo._Berrou Philip possesso.

_É não é não,eu já me calei._Falou Antony.

Philiph sentou no chão abraçando os joelhos,ouviram um barulho lá fora.

_Que foi isso?_Indagou Philiph assustado,os olhos quase saindo das órbitas.

_Oxe,com pouco aquela história que papi contava pra eu era verdade._Comentou Antony.

_Que história?_Indagou um apavorado Philiph.

_Que na floresta mora três irmãos deformados,umas caras mais horrorozas do mundo,eles anda na calada da noite atrás de gente pra caçar,e quando acham,matam e comem,as vezes comem a pessoa viva mesmo...

_Oh que desgraça,isso é eles agora._Desesperou-se Philiph.

_Tu acha que é?_Berrou Antony do outro lado.

_Acho,tais escutando umas pizadas?

_TÔ!!!

_tá chegando mais perto._Philiph levantou correndo de um lado para o outro,os passos quebrando galhos secos se aproximavam da soleira da porta._Oque eu faço???

_Pega alguma coisa pra matar eles._Aconselhou Antony tentando se soltar da cadeira,pois amarrado daquele jeito seria uma presa fácil para os monstros.

_Eu pego oque?

_Sei lá,qualquer coisa que sirva pra matar!

Philiph olhou apavorado em volta da casa e não conseguia encontrar nada que servisse de arma,"Oque diabos iria fazer"? Pensou rápido,notou uma garrafa de água mineral no chão e a pegou,estava cheia d'água,talvez causasse algum estrago nos irmãos monstros deformados.

_Isso aqui presta?_Indagou a Antony.

_Oxe presta._Assentiu Antony ,ainda tentando se livrar das cordas que o prendiam na cadeira.

Uma mão já girava a maçaneta lá do outro lado da porta,e Philiph esperava os monstros escondido em um canto da parede,a porta foi aberta e quem entrou pra dentro foi atacado por golpes violentos de garrafa d'água por todas as partes do corpo,principalmente na cara.

#QuempegouGreg?

Meu Padrasto é Uma Peste 2 O Retorno Do MalditoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora