Maldita lasanha

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- Querida, você está babando o teclado do seu notebook. - a manga do meu blusão é puxada, e passada em meus lábios levemente abertos, escorrendo, como um rio liguento, baba.

- Nossa! Continua... Isso! Que delícia...

- Alex, o que está fazendo? - dormindo? Ou melhor, sonhando com uma massagem no trapézio?

- Hã? O que disse- a pergunto ainda inconsciente; dormindo.

- Ainda bem que mandei Richard comprar os limões, imagina se ele ouvisse isso, minha filha- ela me dá um tapa no ombro - agora acorda, vai para cama! Já está tarde, sorte sua que hoje é feriado.

Pode passar quientos-e-quatro mil anos, mas sua mãe ainda vai madar em você como se usasse tamanco-carla-perez. Antes que ela começasse a velha história de " quando você era mais nova, você me obdeceia. Como daquela vez que a chamei e..." me levantado e vou para cama, dormi mais um pouco.

Merda! Não consigo mais dormi. Quando alguém me acorda, assim, do nada, dormi novamente se torna uma tarefa impossível Além do mais, não consigo parar de observa o dispositivo-marítimo.

Caminho até a varanda e, como já era de se esperar, o sol fortalezense estara tórrido. Mas, a cobertura em meia cúpula de policabonato, protege-me dos 38° Celsius. Sento-me na rede branca com detalhes de crochê, que ganhei de papai quando o mesmo viajou para Pernambuco e o trouxe para mim. Deixando meus pés para o lado de fora da rede miro o mar, a poucos kilometros de distância.

Dez horas depois

22:00 horas em ponto. Na glamurosa recepção, o grande relógio europeu marca a hora exata que ali deveria está.

Um. Dois. Três... Nove. Dez. Pronto, agora já posso entrar. A porta abre assim que termino de contar, mentalmente, o famoso conte-até-dez. Como já previa, tudo está escuro. Agrh.

- Não tenho tempo para piadinhas idiotas. Só quero saber como conseguiu aquela gravação. Anda, desenbucha! - disparo, antes mesmo que ele pudesse falar algo.

- Alex, calma! Irei explicar tudo. Mas antes vamos comer alguma coisa. Fiz lasanha!

Minha barriga ronca ao ouvi "lasanha", não havia comido nada desde que me acomodei na rede , horas antecendes a este momento. Um sanduíche natural foi o máximo que consegui comer, meu estômago reijeitava tudo que Dona Isabel trazia para mim. Contudo, sou incapaz de recusar as ondas-de-macarrão.

- Tudo bem, vamos comer antes! Mas assim que terminamos você me conta tudo. OK?

- Como quiser, senhoria Alex Tayama- como ele sabe meu sobrenome? Aliás, como ele sabe meu nome? Preciso conferi se deletei meus perfis em sites e aplicativos de relacionamentos. Melhor maneira de superar um chifre: namorando outras pessoas? Mesmo que não não sinta nada por elas?

A cada garfada dada, vibrara, pois não é nada fácil comer na ausência de luz. Fazera tempo que não comia tanto, a lasanha estava saborosa. Gianecchini sempre me surpredendo...

- Estava muito bom!- o elogio, ainda sentada na mesa que o mesmo havia me levado - agora, como o combinado, espero explicações. Mas antes uma pergurtinha... Como se chama?

- Joaquim, Joaquim Liberato, prazer!

Liberato? Foi isso mesmo que ouvi?

- Onde fica o toalete? Preciso ir ao toalete, por favor, onde fica? - manifesto pânico, assim que ele pronúncia seu nome em alto e bom som.

- Não me diga que a lasanha te fez algum mal? Droga! Sabia que não deveria ter exagerado no molho - ele bufa- Não precisa ter vergonha disso, é normal, todo mundo faz. No banheiro tem papel, chuveirinho, toalha... - sua voz esta calma, porém, seu corpo, embora não esteja vendo, se mexe sem parar; nervoso.

- Preciso ir agora! vai explodir - minto- Aí. Rapido, me diz, ou melhor, me leva- Preciso falar com Alice, e essa fora a melhor maneira que minha-mente-brilhante pudera inventar. Que saco!

Ele pega em minha mão - a sinto suada- e me guia até o banheiro, isto é, próximo.

- A direita - ele me solta e deixa-me prosseguir sozinha. Certamente, não iria arriscar uma possível hahá-vi-seu-rosto, quando a luz do mesmo fosse acendida.

Passo meu tato nas paredes, tentando facilitar minha ida ao toalete. Meus passos são cuidadosos, tenho medo de cair antes de saber o que, no momento, me atormenta.

- Cadê esse banheiro de merda! - sussuro, ainda apavorada.

Uma porta? A direita? O banheiro? Giro a maçaneta de metal e adentro. A lanterna do smartphone percorrer o escuro desse cômodo, o qual não me tira a atenção, embora no mesmo tivesse muito o que se reparar, pois não era todo dia que entrara em um quarto de banho branco, do piso ao teto. Sento-me no vaso sanitário e logo, meus dedos ágeis dar se com o contato de Alice.

E lá se vai minha expectação. Três chamadas e nenhuma delas atendidas. Corro contra o tempo, qualquera minuto ja valia ouro; informação. Tento a ultima vez. Ela atende!

- Sem paciência para dramas! Aliás, cadê você dona Alex, estou no chicas bar! Vem!

- Alice, cala a boca e me escuta! Não tenho muito tempo! Preciso que pesquise quem é aquela homem que foi assassinado na noite que formos na delegacia presta queixa contra o traste do Jonathan. Rápido, rápido. - Alice fala alguma coisa mas o barulho pela ligação telefônica sobressai.- Alice?

- Tive que sair do bar- escuto, mesmo que de longe, buzinas, a mesma, provavelmente, estara na calçada do bar, de frente a avenida.- César Libetato. Ele era um cretino, sabia? Quase que o escritório- AliArqui, escritório de arquiterura- entra numa fria... Iria se associar a ele, acredita? Tenho que ir, um par de olhos azuis me aguarda. Beijos.

Gravo, mentalmente, o nome que Alice me dissera e, assim que desligo a chamada vou para o navegador do meu aparelho eletrônico. Transcrevo o nome na caixa de pesquisa e, para minha supresa, os títulos dos sites expostos não é nada formidáveis. Clico em um site aleatório, e logo, no mesmo, dou play em uma reportagem.

" César Liberato está mais uma vez envolvido em escândalos públicos. Desta vez, o engenheiro da prefeitura de Fortaleza, desviou verbas milionárias, estas que serveia para projetos habitacionais em cominidades carentes da capital. Após se apresentar na delegacia, por volta das nove horas da manhã, César foi liberado. De fortaleza para o Jornal Capital."

Não precisara ver mais nada, isso tudo já fora o suficiente para me causa náuseas. Será que Gianecchini sabia de tudo isso? Aquele homem transtornado-do-cabelão era ele? Será que comi uma lasanha feita com dinheiro público?

Aciono a descarga da vaso sanitário e saiu do banheiro.

Lei número 11: Não é tão fácil, assim como nos filmes, sabermos distingui mocinhos de violões. Sendo assim, não entre na casa de qualquer um, nem mesmo para comer lasanha.

Olá meus amoras, deixe seu voto e opinião, isso me ajudará bastante e, claro, me incentivará a escrever os próximos capítulos. Xero!

Este capítulo ainda passará por revisões ortográficas.






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