A viúva negra é conhecida por matar seu macho após o coito. Meredith uma socialite de 32 anos também, seu maior prazer é escolher, analisar, iscar e matar sua presa sem deixar rastros. A dama do crime quase perfeito. É assim que ela sobrevive. É ass...
Dirigir em alta velocidade, numa estrada particular, uma BMW cromada pode ser considerada uma dádiva dada a poucos por Deus, claro, caso você creia nele. Já se você for cética assim como eu, pensará que simplesmente sou uma filha da puta sortuda... E como sou. Após meu passeio de total adrenalina e relaxamento, descubro pelo alarme de minha agenda eletrônica, que terei de ir a mais um desses encontros de lazer entre multimilionários. A causa, desta vez, será o "desenvolvimento sustentável". Amham... Sim, Pura balela, tendo em vista que nenhum daqueles mediocres magnatas estão interessandos em outra causa que não seja a multiplicação de seu próprio dinheiro.
Faremos a cega.
Em minha casa, me banho rapidamente, e me ponho em um vestido longo e de um veludo sensual en minha cor favorita: O vermelho. Por Lilith, eu amo o vermelho. Já reparou na vivacidade dessa cor? O bom Campari, a maçã, o morango, o sangue... Todos os vermelhos que em contato com minha pele, sinto que tudo o posso.
Os Sapatos meia pata e de salto alto, escuros tanto quanto o breu de uma noite em lua nova, me deixa extremamente elegante. Mantenho a postura altiva: Estou no comando, ao caminhar, gosto do vislumbre de minha perna quando esta sai pela fenda do rico vestido, assim como concebo como confortavel o frescor do vento em minhas costas desnudas.
Me olho no espelho, arrumo meu cabelo para o lado e confiro toda minha aparência... Meus labios grossos e bem desenhados me confirmam que o vermelho sempre será a cor certa, assumo que tenho quedas pelo negro, porém esse é o tom dessa noite junto a uma pele bem iluminada, olhos grandes bem marcados, delineados e radiantes.
***
Os lustres de cristal do grande salão estão posicionados na vertical, seu material brilhante e transparente simula os movimentos da água, dando a impressão que a qualquer momento serei atingida por uma gota de àgua.
— Senhorita Meredith Bastos. — Sou abordada pelo anfintrião, o senhor Luis Salton, mais um mediocre em meio a tantos outros homens homens e algumas mulgeres mediocres. — Seja bem vinda a minha singela reunião.
Em ocasioes assim, prefiro não dirigir a palavra a ninguém ao mejos que seja muito necessario, prefiro aguçar minha capacidade de observação.
— Obrigada Salton, — Digo disfarçando meu descontentamento — irei tentar ao maximo me sentir menos intendiada...— Olhei ao redor, dando a minha melhor cara de desprezo —Gostaria de apreciar um Gin, pode me ajudar?
— Oh! Claro que sim, logo uma das garçonetes virá até aqui. Espero que nesta noite, a senhorita encontre alguma forma de diversão — A dama negra de ferro é como sou conhecida ou seja...
— Eu também senhor. Eu também.
Me afasto de Luiz, para tomar o Gin em minhas mão para passear um pouco mais pelo salão. As pessoas como sempre me olham, as mulheres invejam, praguejam e cochicham enquantos os homens em sua maioria me olham, alguns como o prato principal da noite e outros com despreso.
Sinto muito se é essa NEGRA a herdeira da B&S Mineração.
Contrariar as regras é o que faço com todo o meu prazer. Essa elite também me pertence. Houve uma época em que me importava com os olhares tortos dos brancos "superiores", hoje só consigo pensar que quando morrermos nossos caixões estaram lado a lado, simples assim, queira eles ou não.
Ahhhhhh sovo um pequeno gole da bebida que me esquenta por dentro me dando o incentivo. Salton disse para me divertir, Pois entao vamos a caça...
Meus olhos nunca me deixaram na mão.
Um arepio toma minha espinha, devagar viro meu rosto me deparando com um homem alto e galante, a tempos esperava lor ele, seu sorriso galante denotava que hoje era a nossa vez.
***
A casa elegante, no alto da serra da capital, não poderia ser um lugar melhor. Um perfeito ponto estratégico, se eu acreditasse em coincidência, diria que esta era uma. Passeio pelo tapete felpudo até os grandes janelões de madeira, a lareira chapiscava o fogo para fora e eu me sentia especialmente iluminada.
— Vamos querida?— O queixo afilado do grande homem roça meus ombros nus e seu nariz toca minhas bochechas, enquanto observo horizonte.
Transamos...
— Sim — O olho com uma ternura que nunca existiu em mim.
É depois do prazer, que encontro a minha verdadeira satisfação.
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