Capítulo 23 - Adeus Megan, Olá Morgana.

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– Duas semanas?! – sento com um pouco de dificuldade.

Estou chocada. Nunca tinha ficado desacordada tanto tempo assim. Será que isso foi consequência do tempo que eu passei sob o controle da outra? Sempre me sentia cansada quando ela tentava tomar o controle, e será que pelo esforço que fizemos é que permaneci tanto tempo adormecida.

– Sim. Foram dias exaustivos. Mas tenho certeza que a sua família vai poder explicar um pouco melhor para você. Agora se me dão licença, eu tenho mais pacientes para ver.

Quando mulher abre a porta, não sei o motivo, mas olho além da mulher e vejo que a parede daquele hospital estava cheia de rachaduras.

Não é somente a parede do corredor, mas as paredes daquele quarto também tinham rachaduras e pareciam desgastadas. Os aparelhos ligados a mim tinha o aspecto de velho. As paredes tinham diversas manchas e em alguns lugares a tinta já estava descascando.

Parando para analisar, aquele quarto parecia que não era usado há um bom tempo.

– Vó isso é verdade? Eu estou a duas semanas fora do ar? – pergunto para a mulher com o aspecto cansado perto de mim.

– Sim. Aconteceram tantas coisas Megan... – minha avó senta na mesma cadeira que a poucos minutos atrás Adam estava sentado.

– Vó, a senhora não precisa me falar nada agora se não quiser... A senhora me parece cansada, deveria descansar um pouco.

Se bem conheço dona Edith ela não deve ter dormido muita coisa enquanto eu estava em coma, as olheiras em seus olhos não negam. Ponho minha mão sobre a sua e ela ergue o seu rosto para me encarar.

Do mesmo jeito que Adam e a doutora fizeram, minha avó passa uns bons segundos olhando fixamente para os meus olhos. Ela dá um sorriso fraco e uma lágrima escorre de seus olhos azuis bondosos.

– Ei! – seguro o rosto dela com as mãos e enxugo a lágrima que caiu. – O que aconteceu vó? Por que a senhora está chorando?

– Não é nada minha neta. Coisa de vó...

– Não dá pra acreditar na senhora, consigo contar nos dedos as vezes que a senhora chorou, e nenhuma dessas vezes foi por nada.

– Isso são lágrimas de felicidade Meg, lágrimas de felicidade por poder olhar novamente dentro dos seus olhos.

– A senhora pensou que eu não fosse acordar, é isso?

– Também, mas isso não é importante nesse momento Megan. O importante é que você descanse e se recupere!

– Mas eu estou bem vó. Já descansei por duas semanas seguidas, eu estou me sentindo bem – não totalmente bem, ainda tinha algo esquisito comigo, só não sabia o que era.

– Tem certeza disso minha neta?

– Ah vó, é como eu falei pra doutora, estou me sentindo um pouco esquisita, mas fora isso eu estou muito bem. Vou ficar muito bem.

– Fico muito feliz em ouvir isso Meg – minha avó me puxa para um abraço apertado e eu aperto com toda a força que consigo reunir.

Quando se afasta volta a analisar o meu rosto, mas não consegue parar um bocejo que dá.

– Tá vendo vó? A senhora está cansada, deveria descansar, já acordei, vou ficar bem, se eu precisar de qualquer coisa, tenho várias pessoas por perto para me ajudar...

– Não sei se terão muitas, mas...

– Pode ir tranquila dona Edith, eu ficarei aqui com ela – Adam chega no quarto e fala encostado na porta.

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