Coringa: Entendo, posso? — aponta para a mesa que ainda está com o nosso café da manhã.

— Pode sim.

Pego as vasilhas sujas e começo a lavar, Nay enxuga e Paula limpa o fogão.

Coringa: Mas porquê eu não me lembro de nada?

Nay: Tu bebeu, ficou mamado mesmo, nem deu conta de ir embora.

Coringa: Por isso a dor de cabeça. — ele nos olha. — E vocês não dormiram?

Paulinha: — Ah moleque, sabe comer calado não? Quer que eu enfie um pão nessa tua boca pra calar?

Coringa: Não tô de boa. — ele pega alguns pães. — Já estava indo embora.

— Tchau.

Nay: Vai na sombra.

Ele se apressa e vai embora.

— Essa foi por pouco.

Paulinha: Moleque chato, nem sei porquê demos explicações pra ele também.

Nay: Deixa pra lá fia, bora é arrumar a bagunça.

— É,tanta coisa pra fazer, olha véi. — olho para a bagunça. — O jeito é arrumar logo que minha mãe chega mais tarde.

Paulinha: Nada disso, e a Ane vai ficar à toa quando chegar?

Ane: O que tem eu?

— Viada, nunca mais faz isso com a gente. — abraçamos ela.

Ane: — Também amo vocês. —
sorri.

Nay: Quase matou nóis do coração.

Ane: Tô bem, sério. — Paula arqueia a sobrancelha.

Paulinha: E aonde tu tava? Pode ir se explicando cara.

— Calma, bora pro meu quarto. —  entramos no meu quarto, tranco a porta e nós sentamos na cama. — Agora desembucha.

Ane: Quando eu cheguei lá não tinha ninguém, a luz estava acesa mas sem sinal de qualquer ser vivo.

Nay: Tem certeza? Mas tu não tinha visto alguém lá Luna.

Paulinha: Falei que não ia dá certo.

— Tenho certeza pô, vi alguém sim.

Paulinha: Vai que o Galego tirou de lá?

Ane: E colocou em um esconderijo.

Nay: Ou vocês estão mentindo.

(PAUSADA) Rainhas Do BaileWhere stories live. Discover now