Capítulo 2

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Madu narrando:

Segunda chegou e junto com ela a volta das aulas. Bom hoje é o dia de começar de novo. Acordei disposta hoje, logo me direcionei para o banheiro e arrumei-me colocando meu moletom cinza, meus óculos e o meu tênis azul, sem esquecer-se da minha touca, e finalmente estou pronta para ir ao colégio. Tomei o café da manhã, escovei meus dentes e peguei a mochila. Fui direto para o ponto de ônibus e o mesmo não demorou a chegar.

Quando já estava parada na porta do colégio, um frio dominou minha barriga, o medo se encontrava presente, medo de tudo voltar a ser como era antes, medo de não ser o suficiente, medo de... Ah cansei.

Entrei no colégio e fui andando sem rumo à procura da secretaria, não demorou muito para encontrar a mesma, cara uma placa enorme escrito secretaria, até eu que sou cega posso ver isso. Bati na porta e logo ouvi um "entra" e claro obedeci. Entrei e lá estava uma mulher com um terninho preto e um coque no cabelo, a mesma sorriu a me ver.

- Seja bem vinda, Sou a coordenadora do colégio e me chamo Valentina, deve ser novata, qual o seu nome?- perguntou

- Maria Eduarda Sherman Duarte – respondi.

- Ah sim- pegou uma folha no meio das muitas em sua mesa- esse aqui é seu horário de aulas e sua sala, tenha uma boa aula e qualquer coisa me pergunte.

- Obrigada!

Sai da secretaria e fui vagando pelos corredores a procura da minha sala.

- Sala quatro, sala quatro, sala qua...- fui interrompida por alguém esbarrando em mim e me derrubando juntamente com meus livros.

- Desculpa garota, você esta bem?- perguntou um garoto esticando sua mão para me ajudar a levantar.

- Você deveria olhar por onde anda- falo rude e levanto sem sua ajuda pegando meus livros.

- Nossa, tenha calma ai garota, só queria ajudar- falo o ser humano que parece ser cego- prazer, me chamo Mikael, mas pode me chamar de Mike- ele estende a mão e agora que resolvo olhar para essa criatura, mas me arrependo no momento em que meu olhar cruza com o seu.

- Maria Eduarda, se quiser chame de Madu- aperto sua mão e sinto um choque ao fazer isso, largando a mesma na hora - bom tchau, tenho que achar minha sala.

- Qual sua sala? Talvez possa te ajudar- ele pega o papel da minha mão – é a mesma da minha, vem comigo- ele puxa meu braço e sai correndo pelos corredores parando em frente a uma porta escrito "sala 4".

- Você poderia largar meu braço?- falo meio sem graça, visto que conheço esse garoto há menos de cinco minutos.

- Desculpa- solta meu braço- quer sentar na minha frente? Esta vago esse lugar- ele aponta para a cadeira a sua frente e logo senta na sua e faço o mesmo.

Logo vários alunos chegaram ocupando as demais cadeiras da sala. O professor adentrou na sala, começando sua aula. E assim foi até passar as três primeiras aulas e chegar a hora do recreio.

Já Era Amor Antes De SerWhere stories live. Discover now