Bônus/Melany

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Hoje era domingo, DOMINGO. Eu falo domingo e já me imagino dormindo até tarde, passar o dia sem fazer nada, comer muito, chorar também, mas o que eu faço?, acordo cedo com Karol buzinando nos meus ouvidos.

-ACORDA MEL.- Ela grita praticamente no meu ouvido e eu jogo uma almofada na cara dela.

-Me deixa dormir, vaca.- Falo meio sonolenta.

-Não kerida, tem um presente pra você na sala.- Ela fala e eu dou um pulo da cama. Será que o Guilherme resolveu me perdoar por eu não ter acreditado nele e tá lá na sala me esperando com um buquê de rosas vermelhas????. Tá, você tá sonhando demais Melany. Ok, parei.

-Vem comigo.- Ela me puxa pelo braço, me levando até a sala.

-Tia Fernanda, Oi.- Vejo ela sentada no sofá sorrindo.

-Oi Mel.- Ela fala.

-Cadê o presente?.- Sussurro pra Karol.

-Olha pra trás fia.- Ela fala com um sorriso enorme e eu me viro.

-MÃE.- Grito com os olhos arregalados, corro e me jogo nela a abraçando, nós duas começamos a chorar e a rir ao mesmo tempo.

-Que saudades meu amor.- ela me da um beijo no alto da cabeça.

-Aí, espera, preciso parar de chorar.- Falo enxugando as lágrimas.

-Pintou os cabelos.- Ela fala pegando nos meus cabelos e jogando de um lado pro outro, e enxugando as lágrimas.

-Gostou.-Falo dando uma voltinha. Nem acredito que ela tá aqui, pelo menos um pouco de felicidade.

-Amei. E os babados? Tem que ter né, porque eu estou cheia de babados pra te contar.- A gente toca as mãos e começamos a rir.

-Você não acredita chegou um vizinho aqui que só deus na causa, mora ele e o pai dele.- Falo colocando a mão na testa e fazendo uma voz fina.

-Aí minha filha, o pai é meu e o filho é seu hein, vamos dar uns pegas.- Ela fala fazendo os mesmos gestos que eu. Karol e tia Fernanda que nos olhavam, começaram a rir.

-Aí que saudades mãe.- Falo dando outro abraço apertado nela.

-Também estava morrendo de saudades, mas vamos falar do que interessa?, colocar os babados em dia.- Karol e tia Fernanda vão pro quarto conversando sobre algo que nem ouvi.- Karol me disse que você e o seu "boy magia" terminaram.- não tem como ficar triste perto da minha mãe, sério. Conto o "ocorrido inesperado", pra ela.

-Nossa Melany.- Ela me olha triste.- Acho que você deve ir falar com ele. Aí você iria linda e maravilhosa, com certeza ele não ia resistir.- Ela faz uma cara de "Vai com tudo? Agarra seu homem."

-Sério?..- Falo morrendo de rir da minha mãe.

-Claro que não, estava só brincando. Agora vamos conversar sério, estava tentando não deixar as coisas muito tensa.- Ela fala me encarando e eu não consigo parar de rir.

-Tá, então me diz o que eu devo fazer.

-Deve ir falar com ele, porque ele está com raiva de você e com razão.- Ela arqueia um sobrancelha.- Você deve ir lá falar com ele e salvar seu namoro com aquele bonitão.- Ela da gargalhadas.- esquece a parte de "Salvar seu namoro com aquele bonitão", foi só uma metáfora.- Minha mãe não existe. Começo a rir junto com ela.

-Sério mãe.- Falo rindo e suspirando enquanto coloco a cabeça em seu colo.

-Filha, você deve dar um tempo pra ele pensar, e depois falar com ele. Essas coisas não se resolvem na hora da raiva. Certo?.- ela fala seriamente e eu assenti.

-Tô sofrenu mãe.- Falo fazendo biquinho.

-Vamos combinar o seguinte, amanhã depois que você sair do trabalho, você passa na casa dele, certo.- Ela fala.

-Mas assim?, sem avisar?!- pergunto.

-Sim, vai lá, mas você seja firme.- Ela me olha séria e eu encaro o chão pensando onde essa conversa vai dar.

-Estou muito feliz por você estar aqui. Mais eu estaria sendo egoísta se não perguntasse pelo papai.- Dou um sorriso amarelo.

-Ele vem no sábado, por causa do trabalho. Ele que vai levar a Karol pro altar.- Ela toca meu nariz e levanta.- Não tem comida nessa casa não?.- Ela vai até a cozinha abrindo as portas do armário.- Pois bem, nós temos que comprar não vou ficar comendo macarrão não, temos que comer coisas com sustância, tipo lasanha, strogonoff.- Ela pisca pra mim.

-Essa é minha mãe.- Falo levantando e indo até ela.

Karol On

Minha mãe e tia Anny saíram pra dar uma volta, as duas queriam conhecer mais aqui, eu pedi pra Melany ficar, queria contar uma coisa a ela.

-Fala logo vagaba.- Ela perguntava enquanto comia creme de leite com açúcar, quem já se viu comer creme de leite com açúcar?. Meu deus.

-É que.. eu e Gabriel, fizemos...- Ela nem me deixa terminar de falar e arregala os olhos tapando a boca.

-Vocês fizeram o rala rola? O lepo lepo. Tá parei. Vocês.. fizeram lá o bagui.- Ela me perguntando de boca aberta. Eu assenti. -QUANDO FOI ISSO?.

-ACHO QUE FAZ UMA SEMANA E PARA DE GRITAR.- eu grito e ela rir e depois para me encarando.

-Como assim faz uma semana???. E você ia me contar quando?.- Ela me pergunta fazendo cara de raiva.

-É que... sei lá, eu tava com vergonha e você com seus problemas, não queria parecer uma amiga egoísta que enquanto a minha melhor amiga estava sofrendo, eu estava pulando de alegria.

-Eu te perdôo por isso. Mas conta os detalhes.- Ela fala animada.

-Você parece bem animada pra quem acabou de terminar um namoro.- Falo.

-Estou tentando não transparecer minha tristeza, pelo visto tá dando certo. Agora fala.

-Ah, foi no dia que passei a tarde na casa dele, que na verdade eu passei a tarde e a noite...

-No dia que você chegou de manhã, hum, já desconfiava.- ela entreabre os olhos.

-Então, aí aconteceu.- Falo me levantando e indo até o quarto e ela fica gritando "Volta aqui Karol" "Você não contou os detalhes" volta aqui sua rodadora de bolsinha da esquina" "Você vai me contar viu, me aguarde" " isso não se faz, ok?". Apenas dou de ombros e me jogo na cama e fico com um sorriso bobo nos lábios quando sinto um peso me sufocando, pular em cima de mim.

-Fala logo..- Ela fala relaxadamente enquanto eu morro sem ar embaixo dela.

-SAÍ... DE.. CIMA.. DE ... MIM...- Falo tentando respirar. Ela saí e eu respiro.

-Você tem que me contar, vai deixar sua pobre melhor amiga, triste e curiosa?.- Ela faz uma carinha de cachorro sem dono e eu resolvi contar. Eu teria que contar de qualquer jeito mesmo.

-Que romântico.- Ela fala depois sue eu termino de contar e se deita agarrando o travesseiro.

A gente fica sem falar nada um tempo.

-Tá pensando em quê?. - Ela pergunta me encarando.

-Kaio, no Kaio, tenho pensado muito nele ultimamente.- falo suspirando. Ela franze o cenho e fica olhando pro teto.

-Você me falou de Kaio e eu lembrei de um amigo do Guilherme que se chama Romeu, sei lá, quando olho pra ele me lembro do kaio.- Ela fala ainda encarando o teto.

-O que será que aconteceu com ele.- Falo olhando pro teto assim como a Mel.

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Gente! Imaginem Melany como vocês quiserem, esse é apenas o meu ponto de vista.

Adoooro a mãe de Melany <3

#AnnyMeAdota.

O Garoto da Sala ao Lado 2Where stories live. Discover now