Capítulo 6 - Brianna

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O redemoinho aumentava de tamanho, passando da altura do muro. Uma figura se estendia ali no meio, com os braços abertos, usando toda sua força para sustentar o turbilhão de terra no ar.

O cavalo malhado que carregava Abbey e eu relinchou, assustado com a ventania que se aproximava. Ele andou de ré, remexendo as patas, e eu tive que segurar as rédeas com força para impedi-lo de sair correndo. Abbey, por sua vez, olhava espantada para o redemoinho, voltando seu rosto para mim várias vezes, como se quisesse uma explicação. Ela pareceu mais confusa ainda quando viu o sorriso de alívio que havia surgido em meu rosto.

Eu sabia que não iria embora sem Chad.

Abbey, Chad e eu nos empilhamos em cima do cavalo malhado, que corria com velocidade apesar do peso extra que estava em seu dorso. Cortávamos o caminho coberto de neve a toda velocidade, tentando ganhar mais distância de Sergal possível. Um grupo de cinco serviçais apareceu nos arredores, logo depois de atravessar a ponte, mas, de alguma forma, conseguimos ultrapassa-los.

Chad, que passou a conduzir o cavalo, direcionava-o por caminhos aleatórios, como se ele mesmo não soubesse para onde estava indo, contanto que não fossemos encontrados pelos serviçais. Uma visita a Sergal já foi mais do que suficiente.

Apesar do coro de reclamações minha e de Abbey (o que, aparentemente, era algo de família), Chad não quis parar nem um minuto. Enquanto galopávamos, pareceu que meu corpo se lembrou de que era um ser vivo, e passou a ter todos os tipos de necessidades possíveis. Cheguei até a apelar pelo cavalo, lembrando-o de que ele estava carregando mais do que estava acostumado. Mas, nada.

Não demorou muito para a escuridão ser total. Só depois de horas no escuro, Chad se convenceu de que era uma boa hora para parar.

– Ótimo. – Eu disse, desmontando do cavalo e esticando minhas pernas. – Porque no total escuro é o melhor momento de se encontrar um lugar para acampar.

Chad desceu do cavalo e esfregou o rosto com a mão.

– Se você confiasse em mim um pouquinho mais... – Ele murmurou.

Eu revirei meus olhos.

Ajudei Abbey a desmontar, que quase tombou para o lado quando seus pés tocaram o chão. Na pouca luz do luar daquela noite, eu apenas consegui ver o rosto pálido de Abbey coberto de sujeira, e seus olhos tendo dificuldade em se manterem abertos. Meu peito de inflamou de raiva, e eu lancei um olhar furioso para Chad, que nem ao menos se deu ao trabalho de perceber.

Bufando, procurei algo de comestível em minha bolsa, encontrando algum pedaço de pão de hoje de manhã. Abbey, sem se preocupar se estava duro ou não, abocanhou o pedaço de pão. Eu olhava para ela, estatelada, imaginado quando foi a última vez que ela teve uma refeição decente. Entreguei meu cantil de água para ela, aproveitando as últimas gotas que Abbey não havia bebido para limpar um pouco o seu rosto. Assim que eu coloquei no chão minha saca de dormir, Abbey enrolou-se sobre ela, caindo em um sono profundo em questão de segundos.

Girei sobre meus calcanhares, marchando na direção de Chad, que tentava, inutilmente, acender uma fogueira.

– Qual é o seu problema? – Eu vociferei tentando, ao máximo, não aumentar o tom da minha voz. – O que custava parar um pouco antes? Ela poderia ter morrido de desidratação ou algo do tipo!

Chad apenas me lançou um olhar, voltando a focar nas pedras em suas mãos.

– Porque nunca leva a sério o que eu falo? – Eu continuei.

Ele se levantou rapidamente, me encarando com os lábios retraídos.

– Porque você nunca leva a sério o que eu falo? – Ele sussurrava, mas eu consegui sentir a raiva emanar de seus poros como eu nunca tinha visto antes.

O Cristalizar da Água - O Florescer do Fogo #2Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu