- Se você pensa que vai estragar minha reputação, está bem enganado.

- Então você aceita namorar comigo? Tipo de mentira mas de verdade, entendeu? - ele se embaralhou um pouco pra falar.

- Tanto faz, eu só quero que a Beatriz acredite - digo dando de ombros e com os braços cruzados.

- E quanto a nossa história?

- A gente pode contar a nossa historia de verdade e acrescentar a parte que você se apaixona por mim.

- Por que eu tenho que me apaixonar por você?

- Por que faz parte de acordo, meu namorado minhas regras - digo e ele começa rir.

- Eu não gosto de populares, tenho nojo deles. Socorro!! Não cheguem perto de mim, não quero me contaminar - Mateus diz com a voz fina na falha tentativa de me imitar, e logo em seguida volta a rir.

- Como você é chato - falo tentando bater nele enquanto ele corre pelo meu quarto - Me solta Mateus - tento me soltar dele que começa a me fazer cócegas.

- Isso é pra você me pagar por tudo o que fez comigo - ele continua a me fazer cócegas e eu começo a chorar de tanto rir.

- Chega, acho que isso já foi o suficiente pra pagar por todos os meus pecados - digo suspirando.

- Quando a gente vai sair? - Mateus pergunta depois de um tempo em silêncio.

- Sei lá, depois a gente pensa nisso, agora eu preciso mudar de roupa antes que meus pais cheguem e percebam que eu acabei de acordar - pego uma roupa qualquer no guarda roupa e percebo que o Mateus continua ali me olhando - está esperando o quê pra sair daqui? Eu vou trocar de roupa.

- Tudo bem sua bravinha - ele diz levantando as mãos em um ato de redenção - eu juro que não ia olhar.

- Saí logo - o empurro para fora do meu quarto e fecho a porta.

Alguns minutos depois desci as escadas, na esperança do Mateus não estar mais lá, mas para minha surpresa ele não só estava lá como também estava conversando animadamente com os meus pais.

- Oi mãe, oi pai - digo indo até a cozinha pegar algo pra comer.

- Oi filha, você não viu quem está aqui? - pergunta minha mãe.

- Vi sim e já está na hora de você ir não é querido? - digo sorrindo falso.

- Você quis dizer a gente ir, não é? - Mateus se levanta e passa o braço ao redor do meu ombro me abraçando e eu luto contra o orgulho pra me manter ali.

- Para onde nós vamos? - pergunto fingindo estar surpresa e feliz.

- Almoçar na minha casa, esqueceu?

- Mas é claro que eu não esqueci, estava muito ansiosa para rever sua mãe.

- Que horas você volta? - minha mãe pergunta.

- Eu não vou demorar muito, e o Mateus vai me trazer de volta - falo e me despeço deles depois de pegar meu skate no quarto.

Saímos da minha casa, eu de skate e o Mateus de bicicleta. Passamos o caminho inteiro praticamente em silêncio, até que decidimos parar e segui o resto do caminho andando.

- Já fazia parte do plano eu ir almoçar na sua casa? - pergunto ao perceber que estamos chegando.

- Na verdade não, mas eu tinha que dar alguma desculpa aos seus pais.

- Você tem certeza que não tem problema eu almoçar na sua casa? Porque você nem avisou a sua mãe.

- É que na verdade a gente não vai almoçar na minha casa, a gente vai almoçar no restaurante, então não tem problema, você pode escolher o que vai comer.

Eu definitivamente não gosto de vocêWhere stories live. Discover now