Prólogo

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Amor. Como a junção de quatro simples letras podem carregar tanto significado? É um sentimento que representa tudo e ao mesmo tempo nada. Seu uso é tão genérico: "amo comer", "amo filmes", "amo livros", "amo tal ator", mas nenhum tem o mesmo peso de "eu te amo".

Eu ouvi isso muito nos últimos anos, desde que a Jack Rock começou a fazer sucesso, as fãs gritam que nos amam e fazem loucuras por nós. Já vi até o meu rosto tatuado no quadril de uma delas. Contudo, nem isso teve o peso do "eu te amo" que ouvi de uma certa mulher. Nem mesmo o "eu amo você" vindo dos lábios de Elle teve o mesmo efeito.

Elle... Eu sempre soube que a amava, mas hoje sei que nosso amor é baseado na amizade e no companheirismo. Eu achava que por termos crescido juntos, a única lógica final seria nos casarmos e ficarmos juntos até o fim.

Ela agora está com John e eu fico feliz por eles terem se encontrado. Os dois se completam, o amor deles cresce mais a cada dia e é algo bonito de se ver. Eu posso não ter concordado no início, achei que ele não era bom o suficiente para ela e que não iria tratá-la com respeito. Creio que estava mais com ciúmes por não ser mais o único homem na vida dela e ter que dividir sua atenção depois de tantos anos sem vê-la do que por realmente querê-la para mim. Por isso não lutei tanto quanto deveria e por consequência, a perdi.

Pensando bem, ela nunca foi minha para perder. Por anos, eu cantei sobre o amor e, quando precisava comparar, sempre pensava na Elle. Agora percebo que nunca entendi o sentido real deste sentimento até meses atrás, quando conheci a mulher que me abandonou – olho no relógio – há exatamente duas horas e meia.

Bato no volante do carro. Porra! Que merda eu fiz? Uso o meu controle remoto para abrir o portão da casa de John, que agora ele divide com Elle. Preciso do conselho dos meus amigos, já cantei, xinguei e enchi minha cara de bebida. Nada disso me ajudou a ter uma ideia para conseguir trazê-la de volta.

Não preciso bater, Elle abre a porta e arregala os olhos quando vê o meu estado. Sim, eu sei que estou desesperado e na merda. Sua testa se franze, ela não consegue esconder sua preocupação.

– Eu fiz besteira, Elle e eu não sei como consertar.

– Calma, Chris! – seu tom de voz é apaziguador. – Me explique direito o que aconteceu.

A sigo até a cozinha e sento em um dos bancos altos.

– Eu estou apaixonado. – Finalmente admito em voz alta.

Minha declaração a surpreende e ela me enche de perguntas. Eu conto tudo para Elle e John. Abro o meu coração para os meus amigos. Entretanto, mesmo enquanto conto tudo que aconteceu, uma dúvida permanece em minha mente: existe o amor incondicional? Daqueles que merecem ser declamados em poesias? Algo tão forte que faria você abdicar de sua vida em prol de outra pessoa? Ou seria isto apenas uma utopia para a arte? Seria eu capaz de amar assim?

Eu não sabia ainda, mas em meses descobriria a resposta para tais perguntas.


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Quanto ao livro físico, estou só esperando a Biblioteca Nacional enviar a ISBN! Quem não leu Gabriel, ele está no mesmo link de Elle 3, no final da amostra. Ainda faltam alguns capítulos dele serem postados.

 Ainda faltam alguns capítulos dele serem postados

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Chris (AMOSTRA)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora