O desejo de Amy

CAPITULO 2

  Depois de ter jantado e tomado meu banho, voltei para meu quarto, chamei por Ariel denovo e nada dele... Isso já está ficando bastante estranho me deixando agoniada, espero que ele volte logo e que essa sensação ruim suma.

Enquanto outros estão na maior festa desta noite eu estou no meu quarto preste a dormi...

  Quando mais eu êxito em fechar os olhos, eles vão ficando mais pesados que por fim me entrego ao sono.

                           ••••

Acordei em um lugar todo branco, não tinha nada e ninguém , era apenas eu e o nada, um lugar vazio que parecia não ter fim e nem começo.

— Olá – gritei, fazendo eco.

Não houve resposta, até por que não havia mais ninguém.

  — Olá – surgiu uma voz masculina atrás de mim.

  Levei um susto, ao olhar para trás. Era um garoto, um garoto muito bonito, parecia ter minha idade. Fiquei assustada, pois da onde que esse garoto apareceu?

  — Você é a Amy, certo? – perguntou o garoto.

  — E você ééé? – perguntei, arqueando umas das sobrancelhas.

  O garoto começou a rir, olhando para baixo.

  Já disse que ele era muito bonito? Pois é, alto, seu cabelo era louro e seus olhos eram castanhos quase negros. Quando ele riu, curvas em seu canto dos lábios surgiu delicadamente.

  Ele vestia roupas que se destacava com esse lugar, suas roupas era pretas por inteiro, da camisa ao sapatos.

  Sua manga da jaqueta de couro que estava vestido, estava dobrada até o cotovelo, pude ver suas veias e várias cicatrizes em seu braço e uma outra cicatrize em cima do seus lábios.

  Como um garoto podia ter tantas cicatrizes assim? Me afastei, ele me deixou mais desconfiada.

— O que faz aqui? – perguntei, olhando ao redor e eu não via nada era apenas um lugar branco, sem começo e sem fim.

— Essa pergunta não cabe a mim senhorita Amy – riu, colocando sua mãos nos bolsos da jaqueta. Apenas ignorei, isso não me importava muito.

— Onde estamos? – perguntei, me aproximando do garoto.

— Onde você quer estar? – perguntou sorrindo, se aproximando de mim, parei no mesmo instante.

Fiz uma cara de desentendida, eu perguntei onde estamos e ele vem querer saber onde quero esta? Esse garoto é bem estranho...

— Ok, entendi – falou o garoto e piscou com um sorriso.

— Ãn? Entendeu o q... – antes que eu terminasse a pergunta, o garoto sumiu.

Tudo começou a ficar turvo e escuro em minha volta, meu corpo estava mole, antes que eu pudesse entrar em pânico, desmaio no meio do nada.

Senti meu corpo batendo contra o chão, abri meus olhos e estava em pé em meu quarto.

Não entendi nada o que aconteceu, como que vim parar em pé e no meu quarto?

Estava tudo quieto e sublime. Olhei ao redor procurando o garoto louro, mas acho que agora eu estava sozinha.

— Quarto bonito – surgiu a voz do garoto atrás de mim.

Me virei, ele estava apoiado no batente da porta.

— O q-que... Quem é você? – perguntei, me afastando assustada.

— Sou o garoto que conversou com você 1 minuto atrás – disse se ajeitando, cruzando os braços.

— Qual o seu nome garoto? – perguntei, já irritada com seu sarcástico.

— Tenho vários nomes – respondeu, com um sorriso sinistro.

— Por que você está no meu quarto? — perguntei alterando minha voz, esse garoto já estava me irritando, toda pergunta que eu faço nenhuma resposta dele é complexa.

O garoto olhou para mim parecendo irritado com meu tom de voz que dirigi á ele, mas o mesmo ainda sorria.

Ele começou a vim em minha direção rindo. Eu fui me afastando para trás cada vez que ele dava passos em minha direção.

Até que acabou o chão e chegou a parede, não tinha mais para onde ir, o garoto estava chegando perto de mim e sua expressão de irritado estava estampada em seu rosto.

Olhei para o lado, da para fugir!

Quando ia correr para tentar fugir, o garoto colocou sua mão na parede, me impedindo com o braço para que eu fugisse.

Fiquei imóvel, prendi minha respiração ficando em pânico, ele parecia irritado, vingativo, bravo, um turbilhão de emoções ruins.

— Sabe, tem coisas que não podemos apenas impedir... — disse muito perto de meu rosto, olhando para meus lábios.

Fiquei aflita e em pânico, o que esse garoto quer de mim? Não tinha para onde eu correr, ele me fechou com seus braços me prensando na parede.

— ...Mas podemos evitá-las – disse completando, bem perto de meu rosto.

Entrei em pânico, não sabia o que fazer, apenas segurei minha respiração e fechei os olhos.

Senti a respiração do garoto próxima em minha boca, ele estava tão perto dos meus lábios que pude sentir seu hálito fresco. Virei o mais rápido possível meu rosto, e então ouvi um risada sinistra do garoto que ainda estava tão próximo de mim que desta vez eu sentia sua respiração em meus ouvidos.

— Cuidado com o que deseja Amy! – sussurrou em meu ouvido.

Sua voz me deixou imóvel, seu corpo colado ao meu me deixou tensa.

Ele começou se afastar, mas ainda me prendendo contra a parede.

Pude ver então que ele sorria, mas seu sorriso era sinistro, diabólico, mal, uma coisa ruim. Me arrepiei por inteira, meu desespero aumentou ainda mais, quando eu estava preparada para gritar, o garoto e eu caímos no mesmo instante, parecendo que levamos um soco juntos, mas eu não senti a pancada apenas a dor.

Minha cabeça doía muito, eu estava enxergando tudo embaçado, desejava fechar os olhos mas doía, então fechava de pouco a pouco. Antes que eu pudesse apagar de vez, ouço a voz do Ariel, um pouco distante.

— Acorda Amy! – sua voz parecia que chegava cada vez mais perto — Acorda Amy!! – repetiu, parecendo ainda mais perto.

Minha visão ainda estava embaçada, minha cabeça doendo e meus olhos não aguentavam mais ficar abertos, mas minha última piscada ouço a voz de Ariel e gritou:

— Amy, acorda! Acorda agora!!! — gritou e assim fechei meus olhos.

••••

Tudo ficou preto, o som do ambiente era o cortador de gramas do meu pai. Tento abrir meus olhos, mas a luz do sol que invade em meu quarto incomada um pouco, então tento abrir devagar...

Vejo que estou no meu quarto, deitada em minha cama, não tinha nenhum garoto louro com cicatrizes na minha porta e nem mesmo me prendendo na parede.

Aquilo não passou de um sonho, não tinha nenhum garoto louro ou socos, era apenas um sonho.