Cap 4 - em Portugal

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Quando o avião pousou no aeroporto do Porto, eu tive de pedir boleia até ao comboio.
-E agora? Precisava mesmo de boleia - sussurrei
-Rose, se quiser, eu dou-lhe boleia para onde quiser - o Criss disse. Ele parece ter bom ouvido.
-... - não sabia o que responder - Am... ok.
Eu entrei no seu carro: era um citroen dourado, com um dado branco com pintas preto pendurado no espelho retrovisor.
Quando entrei, o cheiro era estranho: cheirava a canela, com chocolate, com cenoura... era uma confusão.
-Sabe, na verdade eu sou Rosie, mas gosto que me tratem por Rose - Eu lhe disse.
Ele me olhou, sem dizer nada. Me assustou.
-Passa-se algo, Cri... - ele me rasgou a boca o nariz com um paninho que tinha um cheiro para adormecer. Eu bati com a cabeça na janela e adormeci.
Acordei numa espécie de garagem enorme, onde havia várias celas com raparigas semi-nuas, umas com cortes profundos, outras com arranhões e outras até mesmo até mesmo mortas.
A minha bagagem tinha sido retirada. Reparei que eu ainda estava vestida, mas porque será? O que quererá ele de mim?
Comecei a ouvir passos pesados. Olhei através das grades e vi o Criss, se era assim que ele se chamava e reparei que, por cada rapariga que passava, ele assustava-a. Eu tentei me esconder, mas não havia sitio. Ele chegou e me perguntou:
-Está confortável?
-Como posso estar? Você me prende e espera que eu esteja confortável? - eu disse com toda a calma do mundo.
-Tenha calma... Rosie, não é? Hahahahahahahaha!!!
Ele deu um sorriso maléfico.
Eu tinha de sair dali, mas como?

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