— Sério Mila, no corrimão? — Tento puxar meu pulso, mas a única coisa que sinto é uma ardência. — Para de graça, Parker! — digo, irritado.

Mila simplesmente gargalha olhando a cena, ela flexiona as pernas e põe as mãos na barriga de tanto rir. Se eu não estivesse tão puto, acharia isso fofo.

Dangerous Woman da Ariana Grande ecoa por toda a casa. Dou uma espiadinha no andar de baixo e vejo várias meninas sensualizando. Volto a olhar Mila, que novamente está com um sorriso diabólico nos lábios.

Senhor me ajude.

Ela começa a passar as mãos em seus cabelos e balançar o corpo no ritmo da música. Um rosnado sai da minha garganta, Mila olha em meus olhos e sorri. Fica de costas e começa a rebolar.

Eu devo estar pagando algum pecado, não é possível. Senhor eu sei que eu roubei as moedinhas da igreja quando era pequeno, mas em minha defesa eu queria muito uma coquinha gelada.

— Mila... — sussurro e a mesma me olha por cima dos ombros — Se fosse em qualquer outra circunstância, eu iria adorar ser preso por você. — Seus olhos brilham — Mas agora não é momento. Pega a chave e me solta!

Ela se vira, ficando de frente para mim. Tomba a cabeça para o lado e sorri, leva uma das mãos para dentro do decote da fantasia e tira uma pequena chave prata de lá.

— Essa aqui? — pergunta, com a voz carregada de sarcasmo.

— Isso, agora me solta!

Mila anda em minha direção, mas tropeça em suas próprias pernas e a pequena chave prata escapa de sua mão voando escada abaixo. Fecho os olhos e conto até dez mentalmente, quando abro os olhos encontro Mila parada que nem uma estátua me olhando apreensiva.

— Meus Deus, Desculpa! — diz cabisbaixa.

Suspiro e passo a mão livre em meu rosto.

— Quanto você bebeu? — Mila desvia os olhos e começa a brincar com os próprios dedos.

— Eu não estou bêbada! — Semicerro os olhos.

— Mila, quanto você bebeu? — ela levanta a cabeça e me fuzila com os olhos.

— Só foram cinco cervejas! — esbraveja.

Abro um sorriso debochado e suspiro.

— É com certeza você não está bêbada. — Ironizo, revirando os olhos — Por isso você tropeçou nos próprios pés. — explico.

Eu realmente estou pagando meus pecados.

— Tenta achar alguma coisa para me soltar daqui. — Peço delicadamente, não vai adiantar nada ficar nervoso. Ela está penas bêbada.

Mila concorda com a cabeça e anda em direção ao fim do corredor.

Em menos de cinco minutos ela volta com um machado de emergência e arregalo os olhos. Agora eu tenho certeza que sou a Beck e a Mila o Joe Goldberg, só que de vez ser um martelo é um machado.

Puta que pariu, eu preciso parar de assistir essas merdas!

— Ou, ou, vai com calma Mila. Você sabe que eu te adoro né! — digo, desesperado. Ela arregala os olhos e depois explode em gargalhadas.

— Eu não vou te matar. — explica, depois de parar de rir — Eu só vou quebrar a algema! — diz como se fosse obvio.

— Você pirou? — Elevo a voz — Você vai acabar cortando a minha mão. — ela sorri e entro em pânico.

Adeus mãozinha.

— Você nunca assistiu titanic? — questiona, franzindo o cenho.

— Aquilo é um filme, Mila! — Levo minha mão livre ao cabelo e puxo alguns fios.

Eu vou sair daqui louco e sem uma mão!

Então a gente vai viver um filme hoje. — Pisca para mim e levanta o machado — Vou contar até cinco. — Prendo a respiração e olho para o lado contrário. Puta que pariu eu estou me cagando me medo — 1,2,3,4,5... — Quando olho novamente para Mila vejo o martelo descer e juro que minha vida inteira passa em um flash. Fecho os olhos e espero pelo pior. — Prontinho!

Abro um olho e olho para meu pulso vendo que a algema não está mais lá, suspiro aliviado. Abro o outro olho e levanto minha mão.

— 1,2,3,4,5... — Não termino minha contagem porque Mila me interrompe.

— O que você está fazendo?

— Não é óbvio? — Nega com a cabeça — Estou contando meus dedos. — Dou de ombros e volto a contar — 6,7,8,9 e 10. Muito obrigado, pelo menos não perdi nenhum dedo. — Minha voz é carregada de sarcasmo.

— De nada. — Mila sorri e segura as mãos na frente do corpo — Nós deveríamos fazer isso mais vezes...

— Isso o que? — Levanto uma sobrancelha.

— Isso. — Aponta para nós dois — Prender e essas coisas. — Se aproxima e leva a boca ao meu ouvido — Mas da próxima vez não vai ser em um corrimão e nem você o preso... — sussurra.

Eu estou completamente fodido!


Nota da autora:
Gente, eu juro que queria postar com mais frequência. Mas tá foda a escola(estou no último ano) e estou terminando meu tcc do curso tbm, então tá bem corrido.

Por isso trouxe esse bônus, para vocês não ficarem sem nada.

Próximo cap nosso lindo Dylan que vai narrar!!!

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Próximo cap nosso lindo Dylan que vai narrar!!!

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