Dream with me - l.s (a/b/o)

Apenas para os seus olhos

– Eu estou ficando velho, preciso de uma resposta mais concreta, Louis.

– É que eu tenho um chefe muito exigente. Vou precisar trabalhar muito nos próximos anos para que ele confie o suficiente em meu trabalho e me dê uma vaga em seu requisitado escritório.

– Vou falar com esse chefe. Ele tem que parar de ser tão durão e dar uma chance a esse ômega para que ele possa me dar netos. – nós sorrimos juntos. – Mas eu estou realmente curioso para saber seus planos para o futuro.

– Eu vou continuar estudando, me especializar e firmar minha linha de pesquisa no direito dos ômegas. Quero dar aulas, é o meu foco.

– Inspirar ômegas e mudar alfas. Esse é o seu foco. – trocamos um sorriso sincero.

– Vamos? – Harry se aproximou, interrompendo nossa conversa e estendendo sua mão em minha direção para que eu o acompanhasse. – Ah, pai. – ele lembrou quando já nos afastávamos em direção a seu carro. – Eu e Louis vamos demorar um pouquinho para a festa, vamos passar em um lugar antes. – eu fiz uma expressão confusa, mas não obtive resposta de nenhum dos dois, embora Des tenha entendido o recado de Harry.

– Para onde nós vamos? – eu disse curioso quando já estávamos no carro.

– Surpresa. – ele me lançou uma piscada e ligou o carro.

– Eu odeio surpresas. – disse bufando.

– Por falar em surpresa, eu recebi uma ligação interessante ontem. Era de uma editora e eles disseram que amaram minhas poesias e estavam dispostos a publicá-las. – abri um sorriso imenso. – O mais engraçado é que eu nunca enviei nenhum texto meu para ninguém, só você sabia deles, mas de repente descobriram meu talento. – sua voz era divertida. – Acho que invadiram meu quarto e roubaram meu caderno, o que acha?

– Acho que eu cometeria um assassinato se soubesse que tem gente entrando no seu quarto escondido. – ele gargalhou e eu me permiti rir junto. – Mas eu confesso, sou culpado desse roubo. – ergui as duas mãos em sinal de rendição. – Eu disse que seu talento merecia ser compartilhado com o mundo e eu sei o quanto aquilo é importante para você, eu só quis dar um empurrãozinho de coragem para que você os publicasse.

– Eu confesso que estou um pouco assustado com tudo isso, mas eu fico feliz que goste deles tanto assim. – ele colocou sua mão junto a minha e elas ficaram descansando sobre minha coxa.

– Parece que estamos indo para a casa de Niall ou de Zayn. – eu disse depois de um tempo em silêncio, reconhecendo o bairro que havíamos entrado, o mesmo de nossos amigos.

Ele estacionou o carro em frente a uma casa amarela com detalhes brancos, com um grande jardim e janelas bonitas. Ele desceu do carro e eu fiz o mesmo, embora tivesse confuso sobre o que estávamos de fato fazendo aqui.

– Na verdade. – ele disse passando a mão em minha cintura e tirando as chaves do bolso. – Essa é a nossa casa. – ele deixou um beijo em minha têmpora e nos conduziu até a entrada.

– Como assim a nossa casa? – eu disse atônito enquanto entrava na casa sem móveis, encarando os enormes cômodos do térreo.

– Me desculpe por não consultá-lo para comprá-la, eu sei que deveria ter feito isso, mas era para ser um presente de formatura. – ele disse um pouco receoso. – Mas ela está assim, sem decoração porque eu quero que você participe disso. Quero que nossa casa tenha um pouquinho de nós dois em cada canto, quero que seja realmente um lar, para que nós sempre encontremos aqui um refúgio contra tudo, para que nos encontremos.

– Harry, pessoas normais dão anéis de formatura ou até carros, não uma casa.

– Eu sou uma pessoa diferente. – ele deu de ombros e eu caminhei até ele, passando meus braços por seu pescoço.