Capítulo 1

4.4K 518 29
                                    

Olá queridos, como estão?

E começou as postagens. A partir de terça-feira, duas vezes por semana, sábados e terças.

Vamos de capítulo 1. Boa leitura!

_________________________

_________________________

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

CAPÍTULO I

Loneliness, Massachusetts, vinte anos depois.

Era uma noite chuvosa, com a claridade dos relâmpagos penetrando a casa simples pelas frestas nas cortinas das janelas e o estrondo das trovoadas rompendo o silêncio da pequena cidade no interior do Texas, quando mais uma vez, depois de muito tempo, precisamos fugir. Desta vez não tivemos tempo nem de pegar nossas coisas, o inimigo estava muito perto, precisávamos ser rápidos.

Como sempre fazia quando fixávamos moradia em algum lugar, meu pai tinha deixado um meio de fuga à nossa disposição para quando necessitássemos, pois não importava quanto tempo se passasse o Dr. Blaumam sempre nos encontrava e tínhamos que escapar às pressas de suas garras, como agora.

Desta vez havia um túnel que ligava o porão da moradia a um celeiro no fundo do grande quintal, onde um carro popular, porém veloz, nos aguardava e foi para onde seguimos pouco antes da porta da frente ser arrombada.

Como planejado, conseguimos escapar sem sermos descobertos e estaríamos longe quando nossos perseguidores encontrassem a entrada do túnel e conseguissem distinguir em que direção tínhamos partido. Estávamos livres mais uma vez, pela terceira vez, desde que eu tinha idade para me lembrar. Recomeçaríamos nossas vidas em alguma outra cidade pequena e isolada, com outros nomes, embora sempre pareceríamos uma família normal aos olhos da comunidade onde nos inseríssemos.

Eu sentiria saudades do Texas, pois foi o lugar onde permanecemos por mais tempo, onde tive a oportunidade de fazer muitos amigos e me apegar a eles, para agora sair sem me despedir. Me lembraria de não me apegar a mais ninguém na próxima cidade, para não sentir falta deles e nem ter que deixá-los para trás, sem nenhuma explicação, quando precisasse fugir novamente.

Adormeci no banco traseiro do carro, enquanto meu pai dirigia e minha mãe se mantinha muito quieta ao seu lado. Quando acordei estava deitada em uma cama confortável em um quarto de hotel. No outro cômodo, meus pais discutiam com vozes alteradas e fiquei imóvel, para que não percebessem que os ouvia.

— Esta não foi a vida que escolhi para mim. Estou farta de viver fugindo. — Minha mãe falou, alterada.

— Vai ficar tudo bem. Vamos recomeçar. Um dia ele desiste de nós. — Meu pai, Alfie, tentou acalmá-la com sua voz gentil de sempre.

Eu já tinha ouvido aquela discussão entre eles antes, mas nunca tinha compreendido como agora.

— De nós não! De vocês dois. Ele não está atrás de mim.

Verdades Ocultas (DEGUSTAÇÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora