Capítulo IV

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Mil perdões por interromper nossa conversa anterior. Agora que somos amigos não existe motivo para esconder nada de você, concorda? Então lhe contarei o que se sucedeu: estava eu sentado à janela aproveitando a luz do sol quando um belo mancebo moreno e de olhos azuis passou por mim. Ora, Charles (tomei a liberdade de te nomear, se importa?), não caia nessa de que vampiros não suportam a luz solar. Suportamos sim, inclusive é necessária para a boa produção da vitamina D em nossos corpos, assim como a de qualquer ser humano. Somos quase isso, afinal: seres humanos. Ainda que ligeiramente superiores no campo físico e mental. Ah, e temos uma dieta diferente, claro. Enfim, onde eu havia parado, Charlie? Ah, sim, no jovem de olhos azuis. Devo mencionar que sou atraído de forma sobrenatural por seres com essa característica. Me parece que o sangue dessas criaturas é mais doce do que todas as outras. Segui, portanto, o rapaz, e fiz um pequeno lanche. Não subi em prédio algum dessa vez; não havia tempo. Você deve se perguntar como subo no topo dessas construções. A resposta é chocante: uso o elevador. Não posso voar ou escalar prédios, como alguns devem pensar. Minha capacidade é outra: a hipnose. Se mostra muito útil na hora de capturar os rapazes, e na hora de confundir as pessoas que me vêem carregando um jovem desacordado para o último andar. Considero essa habilidade mais útil do que voar.

Gente, juro juradinho que o Lou vai aparecer. mais um pouquinho.

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