Capítulo 3: Contando para as amigas

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Em um breve momento no beijo, em que os dois buscavam por oxigênio, ela balbuciou as palavras:

- E eu nem sei seu nome...

- Daniel - disse ele sugando seu lábio inferior e concluiu - mas, pode me chamar de Dane, Paulina.

Ele continuou a beija - la.
Paulina mesmo anestesiada pelo beijo, logo percebeu que ele havia dito seu nome, mais como, se ela em nenhum momento o disse.

- Como... como você sabe meu nome, Dane!?
Disse Nininha, experimentando o nome dele em seus lábios.

- Ah! - ele colocou a mão no bolso e tirou um celular, o celular dela, e ela pensou como foi parar com ele.

- A propósito você o deixou sobre a mesa e eu vim a sua procura para devolver - falou Dane sorrindo.

Com a cabeça à mil ela aproveitou a situação, e com um esforço sobre humano se afastou daquele corpo quente e indagou:

- E quem te deu o direito de fuçar no meu celular e descobrir meu nome, seu, seu... aff, seu mal educado, atrevido.

Dane tentou se manter firme diante da insistência dela em empurra- lo longe, e foi dizendo ao mesmo tempo, em que tentava encostar mais ainda ela na parede;

- Calma, calma menina bonita, eu queria saber seu nome só isso, e uma forma de lhe devolver o aparelho, por isso tive que fuçar.

Nininha conseguiu se esquivar dele, atordoada pegou seu celular e foi embora subindo as escadas dizendo:

- Você é louco! Isso é uma loucura, eu não sou esse tipo de garota.

Quando ela ia virando o primeiro lance da escada ouviu ele chamar seu nome, e como se a voz dele fosse a única voz à que seu corpo respondesse, ela parou e virou para olhar.

- Paulina. Eu adicionei o meu número no seu telefone, assim se você quiser continuar essa "conversa" me manda um oi - e deu uma piscada de olho que fez Nininha bambear, mas ela fugiu.

#Nininha narrando

Daí me virei e vim para casa, e no caminho liguei para vocês e enfim estamos aqui falando sobre esse meu dia maluco, Nininha disse às amigas Lary e Bruna.
Se levantou da cadeira e foi guardar a garrafa dágua na geladeira.

- Tô bege amiga, não sei o que dizer, quer dizer, tem certeza que isso tudo não foi um sonho, - Lary disse, se esquivando de uma caixa de fósforo que Nininha jogou na sua direção, olhou para Bruna que estava de boca aberta e sem respirar, perguntou:

- e aí Bruna diz alguma coisa,  o que você achou disto tudo, anda, respire e responda plis!!?

Bruna olhou, ainda de boca aberta de lary para Nininha e de Nininha para Lary, deu um suspiro e falou:

- O que você está esperando para ligar para ele?? Se ele só com a voz te deixou louca e com um beijo te levou para o espaço, imagine o que ele fará com o pinto dele dentro de você!!!!!

A filha da mãe disse isso se derretendo toda na cadeira como se estivesse sentindo tudo o que falava.

- Que isso Bruna, você é uma pervertida! E fala baixo que meu pai está na sala, tá doida é?

Gargalhou após me responder.

- Ora Bruna até parece que você não me conhece, você acha mesmo que eu vou simplesmente pegar meu celular ligar para Dane e dizer - oi tudo bem, a propósito nós deveríamos terminar o serviço, fazer aquilo que se faz após um beijo quente, que você acha querido? A faça me um favor!

Lary e Bruna começaram a rir alto, fiquei chateada e disse agora vocês estão rindo da minha cara?! Muito obrigada grande amigas vocês são.

- Desculpa Nininha - me disse a Lary aos risos e continuou - é que as palavras que você usa parece uma velha.

- Que palavras, como assim?? Falei perplexa.

- "terminar o serviço". .. "fazer aquilo" ... "beijo quente"... - ouvi Bruna repetir aos risos as palavras que disse dando ênfase a cada uma.

Droga!

Sai praticamente batendo o pé em direção ao meu quarto, antes que eu fizesse duas galinhas ao molho pardo para o jantar. Meu pai notou minha cara distorcida ao passar pela sala e veio perguntar o que ouve, tentei disfarçar e disse que as meninas estavam fazendo uma brincadeira de mau gosto. Sorrindo, meu pai pois a mão no meu ombro e disse que eu precisava parar de ser tão literal e relaxar um pouco. Pronto agora até meu pai tirando sarro de mim.

Entrei no quarto e me joguei na cama pensando, ouvi as meninas entrarem logo depois e se desculpando por rirem de mim, me virei olhando para elas e disse firme:

- acho que vocês estão certas, eu vou dar um jeito na minha vida, eu estou cansada de ser tachada como chata e velha. Vou mudar... preciso, um pouco pelo menos.

- Ótimo! cadê seu celular vamos mandar uma mensagem para Dane marcando um encontro, que tal? - disse Lary sorridente.

- você tá louca!?? - eu falei tentando tomar o celular da mão dela.

- vê? você não disse que ia mudar? - se meteu Bruna pegando o celular também, e continuou dizendo - esse é um ótimo motivo para começar a mudança.

- não, me dá isso aqui, puxei o telefone das mãos delas caindo para traz na cama rindo horrores com elas.

Consegui convencê -las de que já estava tarde de mais e que amanhã era um novo dia e iria pensar melhor sobre como falar com o Dane de novo. Levei elas no portão, e me despedi.
Quando ia entrando em casa ouvi o grito de Bruna se acabando de rir e dizendo:

- Nininha, dorme com Deus e sonhe com "Dane"!

- muito engraçado e original - retruquei e fechei a porta, mas no fundo sabia que ela estava certa, com certeza eu sonharia com ele.

Meus Dois Federais (Degustação)Where stories live. Discover now