O Outro Lado do Amor - AMOSTRA - ATENÇÃO - Ficou Disponível até 20/02/2017

Prólogo

Não saia para nenhum lugar sem ele. Aos poucos fui deixando meus amigos de lado e substituindo por momentos com ele. Mas não via problemas nisso, afinal, ele era perfeito! O namorado exemplar! Se implicava com a roupa que estava usando, na hora podia não gostar, mas depois percebia que ele tinha razão, afinal aquela roupa me deixava com jeito de "piranha" segundo ele, e a opinião dele era o que mais importava no mundo.

Do namoro ao noivado, foi natural, quase como uma imposição do nosso relacionamento, nunca uma imposição dele, jamais! Ele podia insistir um pouco demais nisso, mas era natural, afinal, ele me amava!

Terminei o ensino médio e apesar de ser meu sonho fazer faculdade, Mauro tinha a opinião que não seria interessante morar em outra cidade só para tirar um diploma sem importância. E novamente ele tinha razão, porque ter um diploma se seria apenas uma dona de casa, mãe de seus lindos filhos?

Marcamos a data do nosso casamento para logo depois que eu fizesse 18 anos. Me sentia radiante, a escolhida! Enquanto minhas amigas estavam começando a vida, eu já estava de casamento marcado, livre dos meus pais e do lado da pessoa mais maravilhosa do mundo.

Apesar de todos os meus esforços, não fizemos sexo antes do casamento. Por este motivo, no dia do meu casamento, estava uma pilha de nervos. Pela celebração, pela festa e pela noite de núpcias!

Pouco lembro das coisas antes do momento de entrar no hotel com Mauro. Lembro-me de tomar um banho demorado, me perfumar inteira e ter colocado uma camisola que tinha escolhido especialmente para o dia que me tornaria mulher. Imaginei aquela noite inúmeras vezes, e em todas me desfazia de prazer em seus braços.

Sai do banheiro com muita vergonha. O Mauro estava sentado na casa, com o controle remoto na mão trocando de os canais da televisão.

- Será que pega o canal de esporte? Amanhã cedo tem jogo e não quero perder. – Fiquei alguns instantes, parada ali, sem saber ao certo o que fazer, e como ele não tomava nenhuma iniciativa, fui em passos incertos até o seu lado da cama.

Assim que cheguei do seu lado, ele desligou a televisão e me puxou para cama se deitando em seguida sobre o meu corpo.

- Pode desligar a luz? - Questionei em meio a minha timidez.

Quando desligou a luz, logo voltou a me beijar com paixão. Seria uma noite mágica.

O quarto estava em semi escuridão. Os únicos sons no ambiente eram os ruídos das buzinas e o som de nossas respirações. Senti quando Mauro pressionou as mãos em meu quadril. Em seguida, todo o corpo musculoso estava pressionando o meu, esmagando-me contra a cama. Meio assustada pela violência do seu desejo, senti a rigidez do seu membro contra meu ventre. Meu corpo reagiu instintivamente e mesmo na minha inocência meu quadril arqueou de leve para encorajá-lo a continuar.

Os dedos longos escorregaram até as minhas coxas, e um gemido escapou de minha garganta. O beijo se aprofundou e sua língua se tornou cada vez mais exigentes e possessiva. Gostava do jeito que as coisas estavam indo, mas queria que fosse mais lento, todas aquelas sensações eram novas para mim, e em vez de estar me excitando, elas estavam me apavorando.

- Mais devagar, estou com medo Mauro.- falei entre os beijos.

- Ah Lia, o tempo de ter medo já passou, você quis tanto isto, e agora está acontecendo, não me peça porra de paciência nesse momento, pois ela acabou a muito tempo.- o toque de raiva que senti em sua voz me assustou mais ainda. Não conhecia esse Mauro que estava vendo ali.

Ele mudou de posição sobre meu corpo e senti suas mãos soltando as fitas que prendiam minha camisola. Minha vontade era arrancar as mãos dele do meu corpo. Alguma coisa estava errada, o Mauro sempre foi gentil, muito carinhoso comigo, e nesse momento estava transtornado pelo desejo, chegando a ser bruto e me machucando com seus gestos apressados. Assim que viu meu corpo nu, o desejo percorreu seu olhar. Ver seus olhos explorando meu corpo causaram uma onda de vergonha, e tentei cobrir meus seios com as mãos, mas o Mauro segurou meu punho interrompendo meu gesto.