Capítulo 14

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Lily

— Pronta?– ele pergunta.

Sinto minhas bochechas arderem ao perceber que encarava seu corpo despido a um bom tempo.

— Cla-claro!– ele sorri.

Ele coloca o filme, enquanto eu me acomodo no sofá. Ele pega o pote de pipoca e as latinhas de refrigerante, me entregando uma delas.

— É melhor você vir mais pra cá...– diz, enquanto me puxa para mais perto dele.

Engulo em seco e o encaro abismada.

— Pipoca?– me oferece.

Assinto.

O filme começa.

Mesmo eu tendo o assistido diversas vezes, me apaixono ainda por todas as cenas do mesmo.

Enquanto assistíamos ao filme, nossos corpos se tocavam discretamente, mas já era o suficiente para correntes elétricas serem distribuídas por meu corpo e minhas bochechas ficarem avermelhadas.

Ele me olha e sorri de canto, logo depois voltando a atenção ao filme.

Depois de alguns longos minutos de filme, meus olhos começam a pesar. Eu estava realmente muito cansada. Bocejo.

— Cansada?– pergunta.

— Não!– sorrio fraco, mas logo faço uma careta.— Um pouco!– ele ri.

Ele me envolve com seus braços, fazendo com que eu fique com a cabeça no seu ombro. Engulo em seco e ele suspira.

O que ele está fazendo comigo?

Damon

Puxo seu corpo e ela deita sua cabeça em meu ombro. Seu perfume doce e suave invade minhas narinas, me fazendo suspirar.

Ela está me deixando maluco!

Eu enlouqueci esses dias que ela esteve fora. Eu não sei explicar! Na verdade eu queria vê-la todos os dias. Eu não estava mais me reconhecendo, ela está me tornando um homem totalmente diferente do que as pessoas conhecem e isso me assusta de certa forma.

Eu não deveria me apaixonar por ela. O amor era uma fraqueza.

E quem está falando em se apaixonar aqui em, Damon?

Mas o que eu posso fazer se eu adoro os seus cabelos ruivos, sua pele branca e macia, seus olhos totalmentes verdes e encantadores.

Estou enlouquecendo com ela aqui, mas eu não consigo deixar e nem quero que essa loucura se afaste de mim.

Dou uma rápida olhada para ela, que já dormia. Me pego observando seu lindo rosto. Queria poder tanto tocá-la.

Ela se mexe no meu ombro. Só então percebo a roupa que usava. Um short de malha curto e uma blusa de alças finas preta. Porra!

Engulo em seco.
Pego o controle da TV e desligo a mesma, respirando profundamente.

Balanço seu corpo levemente, antes que meu juízo fosse pra puta que pariu.

— Hum...– ela murmura.

— Você está cansada, melhor ir pra cama.

— Uhum...– ela, teimosa, sai do meu ombro e deita sua cabeça no braço do sofá.

Reviro os olhos e rio.

— Vamos!– a pego no colo.

Subo as eacadas com ela em meus braços.

Que porra você fez comigo, Lily Johnson?

Entro em seu quarto e acomodo seu corpo em sua cama. Coloco o lençol sobre seu corpo e suspiro, acariciando seu rosto.

Saio dali o mais rápido possível.

Eu não era realmente o mesmo.

Entro no meu quarto.

Lily

Acordo com o som do despertador.  Bufo e o desligo. Espreguiço-me e flashes da noite anterior preenchem minha mente.

Sem perceber, sorrio como uma idiota. Trato de desfazer esse sorriso logo. Devia me acostumar com as súbitas mudanças de humor de Damon.

Escovo meus dentes e arrumo meu cabelo num coque frouxo.

Visto meu uniforme e desço as escadas.

— Lucinda?– chamo.

— Ah ,bom dia, Lily!– a voz de Damon soa atrás de mim.

— É... B-bom dia, senhor!– ele sorri e por incrível pareça, minhas pernas vacilam.

— Bom, eu... Já vou indo!– ele passa as mãos pelos cabelos.

— Não vai tomar seu café, senhor?– ele me repreende com o olhar.— Damon.– sorrio.

— Não, eu tomo na delegacia mesmo. Obrigado, Lily!– sorri e passa por mim, indo em direção à porta.

Ele se vira para mim novamente e sorri.

— O filme foi ótimo, mas a sua companhia foi o melhor.– sinto minhas bochechas esquentarem e ele sorri, saindo da casa.

Balanço a cabeça negativamente.

— Lucinda?– chamo mais uma vez.

— Oi, querida! Me desculpe,estava ocupada.– ela sorri.— Onde está o senhor Campbell?

— Acabou de sair.

— Sem tomar café?– dou de ombros.— Estranho... Bom, vamos começar a trabalhar logo!– assinto e ela sorri

(...)

Já havia se passado alguns dias.

Me encontrei poucas vezes com Damon, mas em todas as vezes que nos encontrávamos, ele sempre me lançava um sorriso caloroso, o que fazia meu coração acelerar feito louco.

Encaro mais uma vez meu guarda-roupa.

Rebeca havia me chamado para sair com ela, o que eu recusei primeiramente, mas ela insistiu tanto, que quase enlouqueci.

Eu nem sabia para onde ela me levaria, mas sabia que não era nada bom. Conheço bem aquela maluca!

Ainda era estranho para mim entrar em casa e sentir a ausência da minha mãe. Respiro fundo. Já havia tomado banho, mas ainda não sabia o que vestir. Faltavam apenas uma hora para Rebeca me buscar.

Opito por vestir uma calça jeans simples. Uma blusa branca de alças e detalhes dourados.

Arrumo meu cabelo com pequenos cachos nas pontas. Faço um delineado preto nos olhos e na boca um batom vermelho escarlate.

Coloco brincos dourados e uma pulseira também dourada que ganhara de minha mãe.

Borrifo um pouco de perfume em meu pescoço e nos pulsos.

Coloco o meu salto não muito alto preto e pego minha bolsa, colocando tudo que eu precisava na mesma.

Dou mais algumas olhadas no espelho e vou para sala esperar por Rebeca. Não demora muito e ela chega, linda como sempre.

— Oi e vamos!– ela me puxa, me fazendo rir.

Fecho a porta e já do lado de fora Henry nos esperava.

— Oi,gata! Vamos logo, a diversão nos espera!– Rebeca ri.

(...)

— Rebeca, não acredito que me trouxe aqui!– reviro os olhos e sorrio.

— Ah, vamos!– ela me puxa para dentro da casa noturna.

— Esse lugar não me traz lembranças muito agradáveis.– rio.

— Ah, só por que tomou seu primeiro porre aqui? Anda logo!– andamos até um bar.— Três tequilas, por favor!– Henry grita.

A noite promete!

***

Editado e Revisado.

Meu Querido DelegadoWhere stories live. Discover now