Cap.19

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por volta de seis da manhã Tadeu acordou assustado se afastando de mim e se desculpando inúmeras vezes:
- Puta merda, me desculpa cara - ele se levantou - não queria te agarrar.
- Tudo bem.
Eu disse rindo
- Eu devia ta com muito sono - ele voltou a dar explicações - foi mal.
Expliquei a ele que estava tudo bem, até tinha gostado bastante de dormir agarrado a ele a noite toda, mas deixei essa parte de fora.
- Bom, agora acho melhor você voltar pro casarão, sua vó deve ter acordado.
- Mas ainda são seis da manhã - eu disse meio assustado.
- Os hábitos na roça são diferentes - ele disse rindo - seu pé já parou de doer?
- acho que já ta bem melhor.
- ótimo.
Só quando ele parou de falar que me dei conta de que tinha dormido minha primeira noite na fazenda na cama de um "desconhecido" (muito gostoso por sinal) e agarrado com ele.
Tadeu estava em pé na minha frente, só de cueca como havia dormido, não conseguia desviar o olhar de seu corpo, era maravilhoso.
Ele percebeu meu olhar fixo para seu corpo e voltou a ficar tímido.
- É...melhor você trocar de roupa e...voltar pro casarão.
Me levantei da cama rindo, peguei minhas roupas de ontem, e me vesti.
- Depois te devolvo sua cueca - eu disse rindo.
Ele não respondeu, só abaixou a cabeça sem graça, mas podia jurar que vi um sorriso.
- Precisa de ajuda pra andar - ele perguntou.
- Não, já não to sentindo dor, acho que o corte não foi fundo.
Ele ficou um tempo calado, mas ligo falou:
- Me desculpa de novo, não queria ter te agarrado a noite, você pode ter achado ruim sei lá, então, desculpa.
- Já disse que ta tudo bem, não achei ruim não.
Seu rosto ficou vermelho de vergonha.
Sai da casa de Tadeu e fui a caminho do casarão de minha Vó.
Quando cheguei lá, minha Vó já estava acordada. Realmente os hábitos da roça eram bem diferentes.
- Puta merda! Onde você tava menino? - perguntou ela.
Cortei o pé a noite, aí fiquei lá na casa do Tadeu.
Ela pareceu não se importar, parece ter confiança em Tadeu.
- Ah ta! - ela riu - e seu pé? Machucou muito?
- Que nada, já nem dói mais - reapondi e mudei de assunto - Vocês acordam muito cedo por aqui.
- Assim é melhor pra aproveitar bem o dia de trabalho.
- Ah ta, mas até eu me acostumar vai ser difícil.
- Já já você pega o jeito e vai acordar antes do galo cantar.
Eu ri.
- Hoje você pode ajudar nos serviços lá no estábulo? - minha Vó perguntou.
Pensei em me esquivar da tarefa mas logo que ela continuou mudei de idéia.
- O senhor que ajuda o Tadeu precisou viajar, e ficaria difícil pra ele cuidar de todos os cavalos sozinhos.
- Posso, posso ajudar sim.

Subi pro meu quarto, tomei um banho, troquei minha roupa e fui tomar café da manhã. A mesa estava cheia como no jantar, mas Tadeu não estava.
Terminei meu café e fui até o estábulo ajudá-lo.

Cheguei lá e Tadeu estava sozinho e já estava trabalhando. Com uma roupa parecida com a de ontem, botas, calça apertada, chapéu e blusa de botões.
- Vim te ajudar hoje - falei.
Ele pareceu meio surpreso.
- Ótimo, temos muito serviço.
- O que eu tenho que fazer?
- Por enquanto pode só trocar a água dos cavalos, daqui a pouco começamos a escovar.
Peguei um balde e fui enchendo todas os recipientes de água.
Haviam mais de vinte cavalos ali.
Quando terminei fui até Tadeu novamente.
- Já coloquei água.
- Ótimo - ele disse sem olhar pra mim - agora pode me ajudar a escovar.
Ele jogou uma escova grande pra mim.
Comecei a escovar o cavalo ao lado do que ele estava escovando.
- Quando você vai me ensinar a cavalgar?
- Ahn? - ele respondeu rindo parecendo não entender.
- Ontem eu pedi pra você me ensinar a cavalgar, e você não disse nada, então quem cala consente!
Ele sorriu e ficou pensativo por um tempo.
- Vamos começar as aulas então.
- Mas agora?
- Ué, é você que ta querendo cavalgar!
Nós rimos.
Ele se afastou, foi até um pequeno quarto nos fundos do estábulo e voltou com um sela. Ele colocou no cavalo.
- Sobe! - ele ordenou.
- Mas assim de cara?
- Você só aprende praticando - ele olhou pra mim com cara de safado, o que me fez arrepiar.
Obedeci e subi no cavalo com um pouco de dificuldade.
Pela minha visão periférica percebi que ele olhou pra minha bunda.
- Agora vou te ensinar o movimento correto pra cavalgar - ele dizia e eu me arrepiava a cada palavra - pra frente e pra trás bem devagar.
Eu fiquei parado, olhando ele.
- Ta esperando o que pra começar?
Ele deu uma mordida no lábio inferior, aproveitei a deixa e comecei a me movimentar em cima do cavalo, bem devagar pra frente e pra trás.
Tadeu deu uma bela pegada na mala por cima da calça.
Comecei a aumentar o movimento aos poucos em cima do cavalo e ele só me observava pegando no pau.
Ele foi se aproximando e começar a acariciar minha bunda bem devagar.
Ele olhou pra mim novamente. Ele percebeu que eu estava gostando da brincadeira e resolver melhorar.

Ele subiu no cavalo também e seu corpo se encaixou atrás do meu...

Tio Eduardo (Romance Gay)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora