2° Capitulo

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*Dean on

Encaro a foto de Anne em minha carteira e suspiro, passo as mãos em seu rosto e sinto meu coração apertar, Anne foi a única mulher depois da minha mãe que eu amei com todas as minhas forças, e estaríamos juntos até hoje se não fosse o pai da mesma.

- Dean? – Escuto Sam chamar e guardo e fecho a carteira, guardando a mesma, me levanto e abro a porta do quarto vendo o mesmo entrar com o notebook.

- Credo, não pode nem dormir mais hoje em dia. –Falo e ele revira os olhos.

- Temos um caso e... Já passou da uma hora da tarde, Dean. –Ele fala e eu forço uma risada.

- Fala logo, qual o caso? – Falo e me jogo na cama enquanto o mesmo estava com a tela enfiada no computador.

- Idosos, crianças e adultos doentes estão morrendo misteriosamente sem um pingo de sangue no corpo. – Ele fala e levanta o rosto para me encarar.

- Mais vampiros? Matamos uns dez semana passada. – Resmungo e ele dá risada.

...

Estaciono em frente a uma lanchonete e entro na mesma, vejo Sam sentado no fundo da mesma e concentrado em seu computador, dou risada e nego.

- Tem certeza que não está com nenhuma namoradinha virtual, Sammy? – Pergunto e ele revira os olhos.

- Encontrou alguma coisa? – O mesmo pergunta ignorando a minha pergunta anterior.

- Sim, as vitimas tem uma ligação. –Falo e ele me encara e logo volta sua atenção ao computador. – Todas as vitimas ou são estudantes da escola Elite, ou são parentes de algum estudante. –Falo e ele nega.

- Elite? Que nome é esse? – Ele pergunta e eu dou de ombros, continuo encarando o mesmo na esperança dele perceber e falar algo- O que foi Dean? – Ele pergunta de forma entediada.

- Sério cara? Se as vitimas tem ligação a escola, provavelmente é algum aluno, então nós estamos atrás de um... –Deixo a frase no ar para ele responder, mas o mesmo me ignora- Vampirocente ou vampirente, um vampiro adolescente. – Falo animado e ele dá risada.

- Dean? Você é retardado. – Ele fala e eu nego.

- Você que não tem criatividade. – Falo enquanto o mesmo ainda da risada, olho ao redor e meus olhos param em uma garota, a mesma se vira e eu sinto como se meu coração fosse parar de bater. - Anne? –Falo sozinho e passo a mão no rosto diversas vezes, quando abro os olhos a garota não estava mais lá e Sam me encarava preocupado.

- Voc ê está bem? –Ele pergunta e eu assinto.

- Eu só pensei ter visto alguém parecida com a Anne. – Falo e sinto o seu olhar ainda em cima de mim. – Já disse que estou bem. – Falo de uma forma mais rude do que eu gostaria e me levanto, saindo da lanchonete.

...

Faço sinal de silêncio para Sam assim que escuto os tiros.

- Fica quieta, Vadia. –Escuto alguém falar enquanto caminhamos pelo corredor, e as vozes ficavam cada vez mais altas, indicando que estávamos perto, me viro e encaro Sam que estava com um facão em sua mão e uma lanterna na outra, igual a mim.. – Eu tive essa escolha, mas você não vai ter.

- Pode me transformar, ao contrário de você eu acabo com a minha vida antes de machucar alguém, mas pode ter certeza que eu vou atrás de você e vou acabar com a sua raça.– Escuto uma garota falar e vejo a mesma no chão e um garoto sobre ela pronto para morder a mesma, sem pensar duas vezes, vou até a mesma e em um movimento arranco a cabeça do garoto.

Me afasto e limpo o sangue que tinha espirrado em meu rosto, quando me viro para ajudar a garota a levantar, era como se as minhas pernas não me obedecessem, meu estômago revirava, meu coração parecia que ia sair pela boca e eu sentia como se pudesse desmaiar ali mesmo.

Anne, era a Anne que estava na minha frente, mas não era possível, Anne estava morta e...

Essa garota, os traços, a boca... Ela era filha da Anne, e qualquer um confundiria a garota com a própria Anne se não fosse pelos olhos verdes e o cabelo em um castanho claro... Não, não, não.

- Dean! –Escuto Sam gritar e logo o mesmo se aproxima- O que você... – Ele para de falar ao encarar a garota, o mesmo encara ela por alguns segundos e logo me olha, porém não conseguia tirar meus olhos da garota na minha frente, ela tenta se levantar porém não consegue, Sam vai até ela e tira o corpo do vampiro de cima da mesma- Ei, você está bem? – Ele pergunta mas ela não responde e continua me encarando.

Ainda em choque, junto os pontos e sinto como se fosse cair.

Aquela garota era a filha de Anne, aquela garota era a minha filha.

*Diana on

Acordo sentindo meu corpo doer, sentia como se tivesse sido atropelada por dez carretas, suspiro e me sento na cama reprimindo um gemido de dor, olho para a minha coxa e vejo que a mesma estava enfaixada no lugar do corte, me assusto e me levanto da cama olhando ao redor.

- Mas que porra... – Resmungo sozinha, percebo que estava apenas com uma camiseta masculina e calcinha- Cadê a merda da minha arma?

- Sabe, não é a coisa mais normal do mundo uma adolescente de dezessete anos acordar procurando uma arma. – Escuto uma voz e me viro assustada, vejo uma mulher escorada na porta e me encarando com os braços cruzados.

- Quem é você? – Pergunto e ela sorri.

- Sarah, Sarah Winchester. – Ela fala sorrindo, arqueio a sobrancelha confusa.

- Winchester? – Pergunto e ela assente, encaro a mulher de cima a baixo, ela era muito, muito parecida com Dean, será que ela era...

- Eu sou irmã mais nova dos dois. – Ela fala como se tivesse lido minha mente- Sua tia. – Ela sorri simpática.

Estremeço ao ouvir a palavra "Tia", então todos já sabiam, ótimo.

- Ahn... O que houve? - Pergunto me sentando na cama e soltando outro gemido de dor.

- Você desmaiou assim que os dois chegaram, e deveria tomar mais cuidado eu demorei um ano para conseguir costurar esse corte. – Ela fala de forma séria.

- Olha, eu agradeço de fundo do meu coração a sua ajuda e a ajuda deles, mas eu realmente preciso ir, então por favor me dá a minha arma. – Falo e ela nega.

- O quê? Óbvio que eu não vou deixar você ir, você acabou de chegar e outra, Dean me mataria se soubesse que eu deixei você ir. –Ela fala e eu reviro os olhos.

- Ele não sabia da minha existência a algumas horas. –Falo e ela assente.

- Por isso mesmo, vocês precisam conversar. – Ela fala e eu suspiro, o silêncio domina o quarto e é interrompido quando a porta é aberta e por ela entra Sam e Dean, com sacolas nas mãos.

Ele deixa as sacolas em cima da mesinha e se aproxima.

- Oi. – Ele fala e dá um leve sorriso.

- Oi pai. – Falo suspirando.

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Escrito: 21.03.2020 – Postado: 29.03.2020

Sarah Soares

Semsentido0909

Maridadowinchester

A filha de Dean WinchesterOnde as histórias ganham vida. Descobre agora