Ao longo do caminho, nenhum deles falou absolutamente nada, o que era bastante estranho. A Sala do Baile já estava vazia, provavelmente todos já estavam na sala de jantar. Quando os guardas abriram as portas, a enorme mesa do palácio nunca esteve tão cheia de pessoas. Todos silenciaram as conversas, levantaram-se e curvaram-se diante de George quando ele entrou, o que deixou ele um pouco incomodado; não desejava tanta atenção, apesar de saber que seria assim durante o resto da sua vida.

Observou Charlotte se sentar ao lado do pai, quase no final da mesa. Alejandro sentou-se ao lado do pai, que estava ao lado esquerdo da mesa, bem perto dele. E Millie foi para o lado da sua mãe, que sorria. Ele sabia que tinha que falar algo, deveria haver algum discurso, mas ele não conseguia encontrar palavras.

— Senhoras e senhores, eu gostaria de saudá-los por estarem presentes esta noite no palácio de Buckingham, comemorando minha coroação, que será o início de um longo e bom reinado, se Deus permitir. Espero que aproveitem o baile, e espero que aproveitem o jantar. — ele sorriu e levantou uma taça com champanhe. — Que seja uma maravilhosa noite.

— Que seja uma maravilhosa noite! — ergueram as taças.

— Vida longa ao rei! — gritou o Primeiro-ministro.

— Vida longa ao rei! — todos repetiram mais uma vez.

— Podem se sentar, e que comece o banquete. — George sentou-se rindo.

Os empregados começaram a servir as comidas, e enchiam os copos dos convidados toda hora que eram esvaziados. George pediu para que a orquestra voltasse a tocar para alegrar o local. Bebericou o champanhe que continha em sua taça, e começou a brincar com a comida que tinha no seu prato. Lauren colocou a mão em seu braço e se aproximou dele.

— Não se sente bem? Nunca vi você brincando com a comida.

— Estou bem. — apertou a mão da mãe. — Estou cansado.

— Entendo perfeitamente.

— A senhora sempre é tão linda e agradável. — beijou sua mão.

— Você é um galanteador barato. — sorriu.

— Falando em galanteador, como vai seu romance com minha filha? — o rei Eduardo perguntou de repente.

— Não existe nada. — George bebeu todo líquido que tinha no seu copo.

— Seu pai mandou-me uma carta dizendo que seriamos uma família em breve. — o rei encarou ele.

— As coisas mudaram Majestade.

— Ele está apaixonado por outra pessoa, pai. — Jade disse. — Ela está sentada bem lá no fundo da mesa.

— Quem? — Alejandro comeu um pedaço de frango.

— A que chegou de braços dados com você. — respondeu com certo nojo na voz.

— Srta. Harrison? — arqueou a sobrancelha e olhou para George. — Bela troca.

— Cristian Juan Luís Alejandro Martinez! — o rei alterou um pouco a voz. — Como pode falar isso da própria irmã?

— Charlotte é adorável. Ela foi meio grossa na primeira conversa que tivemos, mas dessa vez ela foi muito agradável e divertida.

— Eu não sabia que minha vida amorosa era algo a ser discutido em um banquete. — George disse ríspido. — Com licença, vou para meus aposentos.

— Sinto se eu lhe aborreci, George. — o rei Eduardo disse. — Eu não sabia que o assunto deixaria você irritado.

— Deixou bastante. — levantou-se da mesa. — Boa noite. — quando ele olhou para a mesa, todos estavam de pé. — Vou me retirar, podem continuar sem mim. Estou exausto.

Lady CharlotteWhere stories live. Discover now