Evangelin Lancaster - O Imprevisto

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Evangelin e seus dois companheiros não haviam conseguido chegar à Grávia até o momento, os três tinham continuado na estalagem já que uma neve imprevista havia começado a cair na região, Evangelin havia se esquecido do inverno que era bem rigoroso no Sul. Com o frio, os cavalos morreram e estava impossível sair da estalagem.

As lagrimas já começavam a escorrer no rosto da mulher que esperava o pior. Os três estavam sentados em uma das mesas da sala de janta e beliscavam um pão seco.

A porta se abriu bruscamente deixando o ar gelado adentrar o recinto, um homem coberto de neve entrara agitado pela porta.

- De onde vem? – perguntou o hospedeiro.

- Da Grávia – o homem magro e empacotado de roupa responde ao ouvir esse nome Evangelin e seus companheiros viram o rosto para o homem.

- É mesmo?! – o hospedeiro arruma um lugar para o homem sentar – e quais são as noticias da capital?

- Nada boas – o homem fala enquanto devorava uma comida que fora posta a sua frente – o príncipe Antony foi encontrado morto. E o assassino é o príncipe Harllan.

Evangelin se assusta ao ouvir as palavras do homem e seu coração acelera, todos na estalagem arregalam os olhos e se aproximam para ouvir o homem.

- Cortaram o pescoço do menino de noite e quando algumas criadas estavam limpando o quarto, encontraram a manta que o imperador mandou fazer para o príncipe, ela estava toda ensanguentada e enrolada a uma adaga.

- Por que ele seria tão burro de deixar a arma do crime no lugar do crime? – uma mulher esguia pergunta.

- Estão dizendo que o príncipe Harllan queria que eles achassem a arma para saber que foi ele, para que a família Harrivald pudesse sentir a mesma dor que ele sentiu. Alguns dizem que o príncipe acusa o imperador de ter matado seu pai e fez isso para se vingar apesar de negar que matou o menino – o homem fala e depois volta a comer o resto de sopa que ainda tinha no seu prato.

- E agora, o que farão com nosso príncipe? – a mesma mulher pergunta novamente.

- Cortarão a cabeça dele daqui a uma semana na praça civil e mandarão uma carta para a rainha Evangelin jurar lealdade à coroa quanto a ser a única senhora protetora do Sul. E quando a princesa Alice se casar novamente, o reino passará para ela já que sua união com o príncipe Harllan lhe deu esse privilégio.

- Que horror – um homem fala – o Sul não pode ser governado pelo Leste!

- Não duvido que o imperador tenha matado Lord Darkus, mas o príncipe Harllan eu já tenho minhas duvidas. O imperador foi capas de muitas coisas no passado e não é só por que tem "paz" que significa que ele mudou – Evangelin escutou alguém falar.

Seus olhos encontraram o de Sir. Antony e depois o de Sor. Bruce tentando achar palavras.

- O que vamos fazer milady? – Sor. Bruce quebra o silêncio

- Eu... Não... Eu... – Evangelin fala gaguejando com os olhos inundados de lagrimas – meu filho – ela limpou as lagrimas do rosto e endireitou o corpo – vamos seguir com o plano – falou decidida.

- Milady, é muito arriscado – Sir. Antony protestou com a voz serena.

- Ainda podemos roubar a pedra, daqui a uma semana quando todos forem ver a sentença – a palavra "sentença" saiu como sangue da boce de Evangelin – agiremos e meu filho...

- Creio que não possamos fazer nada sem um exército milady – Sor. Bruce fala um pouco acanhado.

- Você tem toda a razão Sor. – Evangelin concorda com a cabeça – eles me tiraram tudo – sua voz enche de raiva e as lagrimas voltam a inundar seu rosto – e eu farei o mesmo por eles!

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As Reliquias De Gelo E Fogo - Trono De GeloOnde as histórias ganham vida. Descobre agora