– Claro que sim, mas eu não sou muito bom nisso, você terá que me ensinar. – ela bateu palminhas animadas concordando.

– Venha também, mamãe.

Perrie se sentou do outro lado da garota e ela foi nos guiando para a montagem do quebra-cabeça, me deixando extremamente impressionado com sua inteligência para a idade.

Era engraçado ver a carinha brava de Elisa quando eu encaixava uma peça errada, um biquinho fofo se formava e ela falava decidida e mandona como a mãe. Mas quando eu fazia uma expressão triste, ela corria para me dar um beijo na bochecha e dizer que iria me ensinar a fazer certo.

Elisa era alguém inexplicável, que fazia nascer em mim sentimentos que eu desconhecia, mas que amava como nunca amei antes. Eu era alguém melhor perto da pequena garota de olhos azuis e eu não queria mais me afastar.

Nós comemos após terminar de montar o brinquedo e foi engraçado ver a pequena bagunça que Elisa fez, ganhando reclamações de sua mãe. A hora do sorvete foi a melhor e eu descobri que o meu sabor de sorvete favorito, também era o da garotinha. O que fez Perrie reclamar por ser voto vencido ao gostar de chocolate e não morango como nós dois.

Elisa pegou dois de seus bonecos de ação, Thor e Mulher Maravilha, dando um para que eu brincasse com ela, enquanto sua mãe, limpava a sujeira que tínhamos feito.

– Você gosta muito de heróis, não é? – eu questionei.

– Sim, muito. Mais do que das princesas.

– Mas você é uma princesinha. – eu disse a encarando e vendo-a negar com a cabeça.

– Eu sou uma heroína! É o que a mamãe me diz todos os dias. Ela diz que eu salvei a vida dela e eu quero salvar o mundo todo. – ela fez um grande círculo com os braços e eu senti meu coração acelerar em felicidade.

– Posso te contar um segredo? – ela assentiu e eu a puxei para que sentasse em meu colo, com seu rosto curioso em frente ao meu. – Você salvou o meu dia hoje também. – nós trocamos sorrisos felizes. – Eu estava triste e sozinho e agora eu estou aqui brincando com você, com sua mamãe e vendo esse sorriso lindo que você tem. – apertei sua bochecha e ela gargalhou.

– Zayn, eu posso te chamar por um apelido? – ela disse enquanto suas mãozinhas gordas apertavam minhas bochechas e acariciavam meu rosto. – Seu nome é muito sério. – eu ri fazendo um biquinho de peixinho enquanto ela me apertava.

– Do que você quer me chamar? – Perrie se sentou no sofá próximo a nós e me lançou um olhar de advertência, afinal, nós dois sabíamos no que essa conversa podia resultar, embora eu não tivesse mesmo me importando com isso.

– Zayne? Zee? – ela parecia confusa, enquanto continuava a explorar meu rosto com suas mãozinhas.

– Minha irmã mais nova costumava me chamar de Zayne, antes de achar que é grande o suficiente para não precisar mais disso. – eu ri.

– Vou usar os dois. – ela disse decidida. – Nós podemos assistir Frozen agora?

– Achei que você preferisse os heróis às princesas.

– Eu prefiro, mas é a Elsa! – ela disse como se isso por si só dissesse alguma coisa.

– Já está tarde, Lisa. – Perrie interferiu. – Você tem que dormir. – ela passou as mãos pelos cabelos da filha.

– Por favorzinho, mãe! Nós nunca temos visita. – senti meu coração afundar no peito e olhei para a beta, que desviou o olhar, visivelmente constrangida. – Me deixe aproveitar hoje.

Dream with me - l.s (a/b/o)Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang