Maria Eduarda, filha de uns dos maiores traficares do Rio de Janeiro. Apesar de ter o pai que tem, de conviver no tráfico ela é uma menina doce, meiga e que nunca arranjou problema algum pro seu pai. É amada, respeitada e admirada por toda a favela...
Olhei nos olhos do homem da minha vida, ele estava segurando o Miguel em seus braços. Nossa! Superou tudo. Nunca imaginei que o João Vitor, JV, fosse ser tão carinhoso e cuidadoso com um filho, às vezes mais que eu. Era lindo de ver, sempre me emociono de ver ele segurando o Miguel, brincando com ele, mimando ele, brigando comigo, brincando.. Eu sou muito sortuda, sou a mulher mais sortuda do mundo. Sabe uma sensação de preenchimento ?! Como se não faltasse mais nada, só eles dois basta pra mim, não quero mais nada, absolutamente nada, só ter os dois... Antes eu achava que sabia o que era felicidade, achava que felicidade era sair com os amigos, era beber, era fazer procura, era tudo que um adolescente ama, achava que ser mãe seria uma chatice, não vou dizer que é 100% bom, nem aconselhar. Eu estava preparada, eu me preparei pra ser mãe, pra engravidar da pessoa certa, pra poder juntar minhas escovas de dentes com alguém que me ama e eu o amo..
Senti duas mãozinhas geladinha e macia passar por meu rosto, ele sorriu e olhou pro João Vitor que sorriu.
JV: linda ela, né filhote ?- sorri corando. Ele ainda tem esse poder sobre mim. Madu: Vitor..- ele riu.- JV: que carinha de bobona é essa?! Madu: sou muito feliz tendo vocês Jv: nós que somos por te ter. - selei nossos lábios e quando afastei o Miguel nos olhava estranho, rimos e então voltamos a mimar nosso neném juntos.
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.... 1 ano e 3 meses
Madu: posso saber porque vocês estão me levando pra longe do meu filho? Paula: você não acha que tá muito grudada nele ? Madu: meu filho ele. Flávia: vamos tirar um dia pra meninas. Madu: mãe! Laura: para de ser chata Maria.
Começamos a andar pelo shopping, tudo que via me lembrava o Miguel. Esse menino tá impossível, reclamado por tudo, grudado em mim, tem ciúmes de mim, vive com o pai pra cima e pra baixo.. Loucura.
Depois de compras paramos em frente um salão de beleza, ela me empurrarão pra dentro e começaram. Flávia: vamos fazer uma brincadeira.- mamãe disse olhando pra Paula. Paula: como? Flávia: vamos brincar assim, a gente bota vendas em uma pessoa e arruma ela como quer, esse prosseguimento vai rodar por todas nós. Vamos lá, primeiro a Laura.
Começamos. Escolhi um vestido colado, bem chique que tinha lá, ele era todo trabalhado na pedreira, um decote lindo, as manhãs apenas presas no ombro, fizemos um topete no cabelo dela.. Enfim, era 15 horas da tarde quando começaram a me arrumar.
Senti meu vestido pesar ele era colado no meu corpo. Madu: Quero só ver..- eu ri. Senti elas prenderem meu cabelo. Foram horas de preparativos, até que minha mãe falou. Flávia: você tá linda..- ela estava com a voz embargada. Madu: quero ver mãe..- ela tirou a vendas e me virou pro espelho enorme que tinha, quando vi meu reflexo eu fiquei em choque. - Mãe ? - disse paralisada
