ᴛʜᴇ ᴡʀᴀᴛʜ ᴏꜰ ᴛʜᴇ ᴇᴍᴇʀᴀʟᴅ ᴇʏᴇꜱ

Capítulo 13

"Capitão-" Louis abre a boca para parar Styles, porque a voz do homem está quase quebrando, e ele parece tão vulnerável como se até mesmo uma pena fosse capaz de causar-lhe a dor mais excruciante, sua mente o levando a lugares onde ele certamente não quer ir.

O capitão levanta a mão, "Eu gostaria de falar. Me deixe continuar."

Louis concorda, embora o homem de olhos verdes não possa vê-lo. O taifeiro não tem certeza se deve abraçá-lo agora. Ele quer abraçar Styles em seus braços apenas para mostrar a ele que ele pode falar e seja o que for que saia de sua boca, Louis nunca o julgaria nem quebraria sua confiança; mas também teme que o capitão confunda seu apoio com pena.

Então Louis fica em silêncio e não sai de onde está.

"Como você mesmo pode imaginar, quando minha mãe deixou sua vida para trás, a realeza ficou ainda mais brava do que já estava com meu pai, confundindo minha mãe fugindo com ele como um sequestro, como se ele a tivesse levado contra sua vontade, porque em suas mentes nem mesmo os deixariam ir lá e aceitar que sua filha fizesse isso. Que sua filha deixasse para trás uma vida confortável em seu palácio, para ir viver com um pirata patife!"

Styles se levanta da cama, ainda sem encarar Louis, sua respiração mais pesada do que alguns momentos atrás. Ele olha pela janela, abrindo-a um pouco como se o pequeno ar que entra o ajudasse a respirar mais facilmente do que antes.

"Você não precisa continuar," Louis diz cuidadosamente, levantando-se da cama e por alguns momentos, ele se esquece de sua própria dor de cabeça, de seu corpo inteiro doendo de tanto selvageria na noite passada. Desta vez, é seu coração que dói. Dói por Styles, por este homem incompreendido na frente dele que parece tão vil na frente de todos os outros, mas está tão magoado e assustado por dentro.

"Você não está me forçando a dizer tudo isso, eu quero. Eu tenho que deixar tudo sair. Talvez isso ajude a diminuir minha raiva, o que eu dificilmente acredito que fará. Mas, eu ainda quero falar com você."

Louis entende. A fala de Styles não é das melhores, pois ele ainda está lutando para contar a história de sua família em ordem, mas Louis ainda quer ouvi-lo se isso significa que isso tornará o fardo em seu peito mais leve, "Se isso vai ajudar, então faça isso. Coloque tudo em mim."

Styles move a cabeça um pouco para o lado, uma sugestão de um sorriso apreciativo em suas feições. É doloroso, mas ainda é um sorriso, e Louis adora. Louis adora receber aquele sorriso, por menor que seja. Porque o Capitão nunca sorri, pelo menos não genuinamente, então Louis pega cada um deles para guardá-los em uma das gavetas do seu coração para depois poder tirá-los de lá e saboreá-los como lembranças agridoces.

"Por mais loucos que estivessem", Styles começa de novo com a história, "A raiva da realeza não se igualava à do homem com quem minha mãe estava prometida antes de conhecer meu pai. Ele era um conde vil, que tinha ganhado seu nome fazendo favores desprezíveis ao rei, e todos sabiam disso."

"Será que-" Louis engole, agarrando o copo de madeira ao lado da mesa e tomando um gole, sua garganta rouca se acalmando um pouco. "Ele veio atrás de seus pais?"

Styles ri, mas não há humor por trás disso, "Ele realmente fez. Ele detestava meu pai por tirar a possibilidade de ele herdar toda a fortuna que a duquesa de Edimburgo, minha mãe, seria filha única. Então ele passou anos depois, comprou um navio e criou uma tripulação própria. O ódio absoluto que sentia o fez esquecer o que havia conquistado até agora, se convertendo em um pirata."

Styles se vira lentamente, sugerindo facilmente para onde a conversa está indo e Louis ainda está processando.

"O nome dele é Augustus Pravat, ou como todo mundo o conhece atualmente, Maligus Pravus."