Ninguém irá tirá-lo de mim

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Estacionei na garagem de minha casa, de onde já se podia ouvir o som clássico da música ambiente e uma conversa calma, e ouvi um suspiro pesado a meu lado. Louis se afundou no banco e me olhou suplicante.

– Nada disso, Louis. – eu disse firme. – Vamos entrar e você vai ver que não precisa de tudo isso, é uma recepção para alguns amigos e tudo dará certo.

– Tá, me desculpe. – ele se levantou, ajeitando sua franja no espelho do carro. – Mas se eles não gostarem de mim, a culpa será toda sua. – eu gargalhei, saindo do carro.

Segurei firme a mão pequena de Louis na minha, entrelaçando nossos dedos e o conduzi pela casa, indo em direção ao jardim. Minha mãe foi a primeira a nos ver e abriu um sorriso afetuoso. Mas foi outra pessoa que nos abordou primeiro.

Senti dois braços envolverem meu corpo fortemente, fazendo com que minha mão se desprendesse de Louis, e o cheiro doce e conhecido do ômega foi detectado por mim, fazendo um sorriso feliz brotar em meu rosto e eu retribuir ao abraço caloroso.

– Harold, quanto tempo! – a voz melodiosa de Nicholas invadiu o ambiente.

– Eu é que devo dizer, que bom que está de volta, Nick. – nós nos soltamos e eu pude finalmente vê-lo, tinha os mesmos olhos animados e curiosos e o mesmo sorriso debochado.

– E você deve ser o ômega de Harry. – ele se virou para Louis que encarava a tudo com o cenho franzido, ainda teve a ousadia de abaixar as golas da camisa do garoto a meu lado, procurando pela mordida inexistente ali. – Mas não vejo nada aqui. – ele disse como quem fala sobre o tempo.

– Não é porque não tenho uma mordida que Harry deixa de ser meu. – Louis disse firme, voltando a juntar nossas mãos. – Você deixa todos os seus namorados te morderem? – inquiriu provocador.

– Certamente que não, mas jamais perderia a oportunidade de deixar Harry me marcar como seu. – seu sorriso maldoso invadiu seu rosto. – De qualquer forma, fico feliz que ele ainda não é atado.

Antes que Louis, que já demonstrava bastante irritação, respondesse, minha mãe interveio, chamando a atenção do alfa a meu lado e o puxando para um afetuoso abraço. O que me fez pensar que teria que lembrar de agradecer a ela por nos tirar dessa situação.

Além é claro de agradecer a Gemma, que também chegou acompanhada e chamou a atenção para si e para a beta a seu lado, Lottie. Eu sorri largo para ela e ela me lançou um olhar altivo, demonstrando sua felicidade em ter convencido a irmã de Louis a acompanhá-la.

Deixei que Gemma mantivesse Nick ocupado e fui até Louis que parecia mais calmo e feliz agora, conversando animado com minha mãe, a mãe de Zayn e suas irmãs.

– Achei que ia deixar o Louis pular no pescoço do Nick e não ia fazer nada. – Zayn disse, interrompendo minha caminhada até o ômega.

– O Louis não ia fazer isso, além do mais, Nick só estava com saudade, ele ficou um ano fora. – eu respondi, fazendo o beta rir enquanto servia um pouco de uísque em seu copo.

– Você é sempre tão burro assim ou está se esforçando mais hoje? – eu fechei a cara para ele, que revirou os olhos. – Não sei se é mais idiota por achar que o Nick é um anjinho ou por achar que o Louis não ia responder ou pior, arrumar uma briga aqui mesmo. – ele bebeu o resto do líquido no copo. – Talvez seja mais idiota por não achar que tudo isso foi montado pelo seu querido pai para destruir seu namoro com Louis e te jogar nos braços de Nick.

E isso foi tudo, Zayn saiu de perto de mim, indo até uma área solitária para acender um cigarro, sem nem dar tempo para que eu pudesse perguntar ou concluir algo. De qualquer forma, assenti com a cabeça para ele, como quem agradece pelo aviso.

Dream with me - l.s (a/b/o)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora