cap 16❤

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Todos ficaram me olhando.
Vou para frente, com a cadeira!

Peguei o microfone, com as mãos trêmulas.

A igreja estava lotada

Violetta: Eu comprimento a igreja com a paz do Senhor. Amém?

Eu estava tremendo muito

Todos: Amém

Violetta: Bom aqui tem muitas pessoas diferentes, de alguns anos atrás, e os que são mais antigos deve se perguntar, por que uma levita, que tinha acabado de se chamada para gravar um CD, largou tudo e foi para o mundo?

Tomei um pouco de ar, na verdade eu estou tentando me acalmar.

— Eu tinha doze anos quando fui recebi essa proposta, mas nesse mesmo dia, fui viajar no passeio da escola e conheci uma 'amiga' que me chamou para ir a festa no acampamento dos meninos, e eu disse não porque eu era da igreja, e ela me disse assim “Eu também sou da igreja e todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convém” — e o que ela falou mexeu muito comigo, 'então a tal amiga', que se chamava Diana, usada pelo inimigo, me fez uma proposta e eu aceitei, eu me vestir com minhas roupas, que para elas eram bregas e que eu não poderia ir vestida daquele jeito, pela primeira vez ali botei um short cravado, e uma blusa decotada, e eu confesso que me senti mal, na festa então me sentir muito mal, um dia se passou e te teve outra festa, e na segunda já me sentia mas a vontade, a tal amiga me disse que ela era católica, uma religião totalmente diferente da que eu era e então decidi que queria viver como ela.

Olhei para todos, que estavam bem concentrados em mim

Respirei fundo

Meu Jesus amado

Meu pai me deu um pouco de água.

Fechei os olhos e continuei

— No domingo quando o ônibus me deixou na porta da escola e o motorista foi me buscar, ele olhou nos meus olhos e disse assim, “você não é mais a mesma que deixei aqui na quinta”, olhei para ele e entrei no carro, a única coisa que consegui responder foi — “as pessoas mudam o tempo todo ele deu partida com o carro, quando entrei em casa, estava todos arrumamos para ir a igreja e minha mãe disse assim, — “se arruma que dá tempo de ir a igreja”—, respondi com uma mentira, estou cansada e com dor de cabeça, os dias ia se passando e eu não fui mais na igreja, sempre tinha uma desculpa, um mês depois eu contei toda a verdade para meus pais, dali em diante nossa convivência virou insuportável, porque eu queria frequenta lugares e meus não deixavam, enquanto meus pais não deixavam eu ir, eu ia decorando as músicas mundanas, eu queria monstra para meus novos amigos que eu não era careta, e me inscrevi num concurso de música de final de ano, a festa seria junto com o concurso na sexta feira, e de quarta para quinta sonhei que alguém me sufocava, e acordei num pulo, eu estava sem ar e nem conseguia falar, pareciam que eu tinha acabado de ser enforcada de verdade, corri para o quarto dos meus pais, que me levaram para um hospital imediatamente e chegando lá eu descobri que eu peguei uma infecção na garganta, e nunca mais eu poderia cantar, grita e fazer esforço com minha voz.

Era impossível evitar as lágrimas. Ainda de olho fechado, sentia as lágrimas escorrerem.

— Eu me revoltei muito com Deus, quando eu cheguei em casa me tranquei no quarto, cortei todas as minhas roupas, as bermudas viraram short curto, as blusas decotadas, naquele dia eu resolvi que ia uma festa, nem que tivesse que pular da janela, eu cheguei para meu pai e disse assim, — “eu quero sair hoje, ir para alguma festa, dança e esquecer o que eu estou vivendo” — meu pai me olhou sério e disse assim, — “você não vai a lugar nenhum pois você não se manda” eu me tranquei no quarto e chorei, chorei, eu passei três dias trancadas no chorando, foi um dos piores dias que vivi naquele tempo, depois que sai do quarto eu fiquei doente por dois meses sem ninguém soubesse, vomitando sangue dia a dia e como era insuportável ver aquele sangue todo, resolvi ir ao médico, mandei o motorista mentir dizendo que era meu pai e no dia do meu aniversário de treze anos, eu descobri que eu rompi uma das minhas cordas vocais de tanto chorar, daí em diante eu nunca mais consegui ser mesma menina que adorava louvar a Deus, cada dia que se passava eu ficava mais próxima da Diana, e eu ia me afastando das pessoas que realmente se importava comigo, um ano se passou e comecei a beber bebidas alcoólicas, e um dia muito bêbada cheguei para meu pai e minha mãe disse, — “Eu quero ir à um baile— minha não disse nada apenas ficou encarando, já meu pai disse assim — “Eu não concordo com isso, mas se você quiser ir vai, à minha parte eu já fiz, te ensinei o caminho que deveria andar, tem quase catorze anos e sabe que se você morrer hoje, você vai morrer sem salvação, eu vou continuar orando, por que eu sei que a oração do justo pode todos seus efeitos”. — As palavras do meu pai nunca tinha entrado tão fortemente dentro de mim como naquele dia, a única coisa que eu fiz foi pegar meu skate e sai andamento pelas ruas, só pensava porque ele era tão rude comigo e com meus irmãos era diferente, mas eu respondia, não atendia telefone, comecei a sair sem avisar, era irresponsável, e outras coisas. Quando eu fiz catorze anos, eu mudei completamente foquei nos estudos era mais obediente, graças a Deus aquele ano foi tranquilo, não briguei com meus lindos pais e eu fiquei planejamento a minha festa de quinze anos, meu pai me deu um cartão com vinte mil reais, e eu gastei tudo, mas eu queria que fosse a festa do ano e até meia noite a festa foi tipo de menininha, depois disso chegou Dj, MCs e eu fiz um verdadeiro baile, envergonhei meus pais, os irmãos da igreja foram embora correndo, — queria até pedir desculpas pelo que eu fiz, eu só queria que minha família sabe-se quem eu era, que me aceitasse do jeito que eu tinha escolhido viver. — Meus pais foram embora na mesma hora e quando cheguei em casa meu pai estava sentado no sofá, no total escuro, estava subindo as escadas quando a luz se acende, olhei e ele estava lá, com os braços cruzados e me perguntou, — “que roupa horrível é essa? Com que dinheiro você fez aquele vexame de festa?” — respondi com a cara mais lavada do mundo — as roupas são que eu usei na minha festa e minha festa foi paga com o seu cartão— Ele me olhou com fúria respirou fundo e falou, — você vai trabalhar na empresa da sua mãe e vai me pagar todo o dinheiro que você gastou naquela porcaria. — No começo eu até reclamei mais depois gostei, quando recebi meu primeiro salário eu tirei os dez por cento que a Bíblia manda e dei o resto para meu pai, ele contou o dinheiro é disse assim, “Está faltando dinheiro aqui”, “Eu sei”, respondi! Eu tirei os dez por cento do dízimo, o meu lindo irmão disse “pelo menos o dízimo você não rouba” meu pai me devolveu todo o dinheiro... Um pouco antes do meu aniversário de quinze anos eu conheci o Felipe

Minha voz travou
Continuei de olhos fechados, senão eu não conseguiria falar nem a metade.

— A gente foi se conhecendo e começamos a se envolver, e o tempo passou e começamos a namorar, um dia na pista skate cai e comecei a sangra, o Felipe me levou correndo para o hospital e chegando lá, eu descobri que perdi um bebê

Todo mundo ficou olhando para ela, os pais dela assustado pois não sabiam de metade da história.

— Na verdade eu nem sabia que estava grávida, foi um choque para mim como pra ele, eu sofri tanto mais tanto, minha mãe foi no hospital e eu omitir, disse que cai de skate desmaiada, o médico estava na hora do almoço e não poderia conversar com ela, assim que assinou minha alta fomos embora, o tempo passou e eu queria ir em baile de favela, e eu fui por cima da ordem do meu pai que tinha dito não, e acabei levei um tiro de uma bala perdida, o que deixou todos preocupado mais ainda assim não tomei vergonha na cara, continue indo para lugares piores e no meu aniversário de dezessete anos, meu pai me deu uma Bíblia, que eu li no livro de Jonas e eu me senti como Jonas fugindo de Deus, me sentia nova demais, nesse mesmo dia teve a festa da minha irmã e ela cantou uma música que mexeu totalmente comigo, sair na metade da festa para ir para um boate, e antes de eu sofre o acidente, eu conversei com uma amiga que me fez querer larga tudo aquilo e voltar correndo pra perto de Jesus, na hora de ir embora eu e Felipe paramos em um bar, foi quando eu comecei a falar de Jesus e ele se irritou, discutimos e subimos na moto, ele começou a pilotar em alta velocidade, e quando eu acordei já estava paraplégica, e o Felipe morto, É a pior dor, saber alguém que você ama, morreu sem salvação.

Limpei as lágrimas e abrir o olho e vir meus pais e amigos chorando.

— É difícil pra mim, está aqui contando tudo isso, mas eu queria falar que se tiver alguém aqui longe de Deus, volte porque enquanto hà vida, há esperança e como dizem aí, é melhor que venha pelo amor e nunca pelo dor. Eu vou louvar uma música mesmo sabendo que eu não posso fazer esforço, essa música me define no momento.

Quantas vezes já tentei me esconder
Preocupado com o que iriam dizer
Já cantei tão vazio, já orei sem querer.

Quantas vezes troquei o sim pelo não
Mas o Senhor sabia da minha intenção
A fé se escondia por trás da razão
O peso da tribulação me quer no chão
Cansaram as minhas asas pra poder não voar
Mas estou decidido não vou mais negar
O Teu chamado é o que me faz viver
Por isso eu me sentia perto de morrer
Mas tomei uma atitude, preciso viver.

Viver Teu chamado, deixar minha história
Ser carta de Deus para o homem perdido
Negar o meu eu, romper com os conflitos
Vou buscar teu reino, tua voz não resisto
Aceito Teu chamado.

Tua palavra foi a força que moveu a minha fé
Tua palavra foi a base que me colocou de pé
Tua verdade o confronto que me trouxe até aqui.
Quero os teus ideais, Deus usa-me.

#Continua...

Jesus

"Violetta" Onde as histórias ganham vida. Descobre agora