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Mais um capítulo. A foto que está na mídia é o vestido que a Selena Gomez usou no Grammy. O vestido que a Letícia vai usar na festa é esse. Espero que gostem.

...

– Acorda bela adormecida! – alguém grita e abre as cortinas, mas eu viro para o lado e cubro minha cabeça com o edredom, ignorando quem quer que seja.

– Acho que ela está mais para Branca de Neve.

– Se não calarem a boca eu vou virar é a Rainha Má – murmuro e escuto risadas. – Podem me deixar dormir? – praticamente grito e me sento para olhá-los.

Thamires e Diana estão sorrindo.

– Já são dez e meia. Precisamos comprar seu vestido para a festa hoje à noite – avisa Diana.

– Eu quase não dormi, ok? Culpa sua e do meu irmão – conto e logo em seguida bocejo.

Me levanto e me arrasto para a cozinha, para comer alguma coisa. E, claro, elas vem atrás de mim.

– Hmm... Cadê Janette? Ela não ia com a gente? – pergunto de boca cheia.

– Ela disse que está com mal estar... – fala Diana.

– E Tha? Meu irmão? Carol? Yana?

– Tha foi trabalhar, o Tom foi conhecer a cidade, a Carol foi para outra divulgação do livro e Yana a acompanhou – informa.

Tom é? – ironizo.

Ela revira os olhos e Thamires e eu caímos na risada.

– Thamires, você não tem que trabalhar, não? Em plena quarta-feira... – comento.

Thamires é psicóloga. Ela conseguiu rapidamente um trabalho aqui. Fico feliz por ela.

– Eu trabalhei no sábado, então eu tirei hoje o dia de folga – ela sorri.

Acabo de comer e me levanto.

– Vou me arrumar então. Tá muito frio lá fora?

– Frio? Frio é pouco – fala Thamires.

– Eu não achei. Só está fazendo 4 graus – Diana dá de ombros.

– Óbvio que você não acha. Você mora em International Falls. Aquilo é praticamente a geladeira do mundo – brinco. – Já volto.

Tomo um banho, escovo os dentes, visto uma calça jeans, suéter amarelo e casaco azul céu. Cores alegres para uma Nova Iorque cinza.

Deixo meu cabelo solto e prendo a franja para trás com uma tiara.

Encontro as meninas na sala e aí que eu reparo em um detalhe.

– Onde está Robert?

Elas trocam um olhar cúmplice e depois me olham.

– Saiu – disseram em uníssono.

– E mandou te avisar que hoje, às três da tarde, vocês terão o segundo encontro – fala Diana, toda sorridente.

– Mas, mas...

– Mas nada. Vamos logo – Thamires me puxou pela mão e eu só tive tempo de pegar minha bolsa.

 Vamos logo – Thamires me puxou pela mão e eu só tive tempo de pegar minha bolsa

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– Esse te deixou parecendo uma tábua – fala Diana.

– Ei! – reclamo e ela ri.

– Experimente esse – a vendedora me entregou o que eu tinha separado e eu fui me trocar.

Ele era simplesmente lindo. Azul escuro brilhante, longo com dois recortes – em forma de um V deitado – na cintura, decote V e de alcinhas. Divino!

Saio do provador e Diana assobia.

– Arrasou, hein? – elogia Thamires.

– Ficou muito bonito em você – fala a vendedora.

Voltamos para casa satisfeitas. Thamires comprou um vestido preto com detalhes pratas – ela vai para a festa com Daniel, já que ele trabalha na empresa – e Diana escolheu um vestido da cor vinho, sem detalhes e frente única.

Demoramos tanto que tivemos que almoçar no shopping. Elas ainda me fizeram dar uma olhada em alguns vestidos de noiva. Loucas.

Quando cheguei em casa, só deu tempo de eu trocar meu suéter e minha calça, por um vestido e meia-calça. Robert já estava pronto e mais lindo que nunca.

– Vamos?

– Para onde?

– Surpresa – bufo e ele gargalha.

Vamos para o carro e, quando eu entro, ele coloca uma venda nos meus olhos.

– Ei! – novamente ele gargalha e eu reviro os olhos.

– Sei que revirou os olhos.

– Ainda bem que você sabe.

O restante do caminho até sei lá onde, foi silencioso. Os únicos barulhos eram do trânsito da cidade que nunca dorme e da música Bennie and the Jets que tocava no som do carro.

Como uma boa fã do filme Vestida para casar, eu não aguentei e comecei cantarolar baixinho.

Eu precisava de uma coisa para me distrair! Eu não estava enxergando nada e esse lugar que Robert ia me parecia que não chegava nunca.

Anos depois, ele estacionou o carro. Escutei o barulho da porta abrindo e depois batendo. Segundos depois, a porta ao meu lado foi aberta e senti sua mão na minha. Uma corrente elétrica passou entre elas e eu lutei para não afastá-la de mim.

Eu desci do carro com sua ajuda e ele colocou a mão nas minhas costas para me conduzir. Me arrepiei levemente com o ato, mas continuei impassível.

Depois de andarmos um pouco, ele se coloca atrás de mim e tira a venda.

Meus olhos tentam se acostumar com a luz e quando finalmente focalizam, minha boca se abre. Meu Deus! Que lugar lindo.

Tem um lago que divide as duas propriedades. Dá para ver uma casa distante. Antes, na grama, onde estamos, tem uma árvore enorme com dois balanços e, do outro lado, uma mesa de madeira com dois bancos. Mais para o fundo e centralizado tem um coreto incrivelmente lindo. Todo pintado de branco com rosas vermelhas desenhadas, que contrastava bem com a grama verdinha.

– Que lugar lindo – falo, ainda em choque.

– Você só viu uma parte. Vira de costas.

Ele falou e assim eu fiz.

Mais a frente, tem uma casa linda. Toda de madeira, dois andares – três, se contar com o sótão.

– Que lugar é esse?

– Aquela mulher do consulado ligou e fez mais perguntas. Ela perguntou onde moramos e eu não quis responder que era em um apartamento dividido com suas amigas. Precisávamos de uma casa fixa. Então, eu saí pela manhã e fiquei horas procurando uma casa. Eu achei essa perfeita. Só estou esperando seu "sim" para eu comprá-la.

– Ela é linda, Robert. Eu adoraria morar aqui, mas é longe da minha antiga casa e você não pode gastar tanto dinheiro assim com uma pessoa que...

– Pode parar. Primeiro, não é longe. Eu dei várias voltas por aí para te enganar e sim, posso gastar dinheiro com você. Você é minha futura esposa e eu não quero morar no seu apartamento, precisamos de espaço! E se você quiser, o casamento pode ser aqui. Naquele coreto.

– Posso olhar a casa?

– Claro. Só tenho que pegar as coisas no carro. Toma a chave – ele tirou um chaveiro com duas chaves e segurou uma – essa abre a porta dos fundos, pode ir entrando. Te encontro na cozinha.

Sorrindo, pego a chave e corro até a porta. Abro a tela e enfio a chave no buraco da fechadura. Olhando para trás, vejo Robert sair andando com as mãos no bolso.

Meu chefe (HIATUS)Where stories live. Discover now