capitulo 2

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Vivian

Fiquei um tempo perdida em meus pensamentos enquanto olhava para aquele homem. Eu o admirava de tal forma que nem percebi que ele também me olhava, literalmente me comendo com os olhos. Fiquei sem ar quando nossos olhares se encontraram, senti um calafrio e juro que não compreendi por que meu corpo estava dando sinais.
— O prazer é meu Vivian.
Nossa, já estou molhada. Jesus me abana! Ele pega minha mão e me leva até o sofá.
— Tire o roupão. — Ele me orientou.
Oi? Como assim, tirar? Fiquei tão dispersa com a situação que acabei por esquecer que tenho que fazer as fotos... Minha mãe sai da sala por um momento para atender uma ligação e então fico sozinha com aquele homem. Tirei o roupão e percebi que ele mordeu os lábios, na mesma hora, corei.
Então ele me manda deitar no sofá, e eu obedeço. Ele se ajoelha perto de mim e me posiciona para a primeira foto. Enquanto isso sussurra em meu ouvido:
— Nem consegui dormir direito pensando em você. — Sua voz é grave e suave ao mesmo tempo. — Eu queria ter te levado para casa, mas você foi com sua amiga — sinto meu corpo estremecer. — Olhando para você com essa lingerie, a vontade que tenho é de arrancar ela com os dentes. — Ele diz sem pudor.
Como assim? Pelo amor de Deus!!! O que esse homem tem que deixa assim? Resolvo então entrar no jogo dele. Me aproximei mais um pouco e disse:
— E o que é que você está esperando? — A respiração dele acelera e ficamos assim nos encarando por um breve período.
Escutamos um barulho e ao olharmos para porta, vimos que era a minha mãe entrando. Ele levanta rapidamente:
— Isso Vivian, fique assim como está. — Ele finge que estávamos trabalhando.
Aproveitei a deixa e fiz várias poses, provoquei o máximo que pude. Afinal foi ele quem me instigou me deixando bastante excitada.
O ensaio termina depois de uma hora. Me controlo e vou para o camarim trocar de roupa.
— Filha, te espero no carro. Preciso dar um telefonema. — Minha mãe avisou.
— Não demoro, mãe — eu disse.
Já estava vestida com minhas roupas quando ouvi a porta abrir, pensei que fosse a minha mãe voltando, mas quando me virei para olhar, não era ela. Era ele, Miguel. Fico parada, sem ação. Ele vem em minha direção e eu dou um passo para trás. Ele continua… Sinto a parede em minhas costas e sei que não tenho mais para onde ir, ele me agarra e me puxa de encontro ao seu corpo, me toma em um beijo violento e eu correspondo.
Sinto o quão duro ele está. Minha nossa, esse homem tem pegada!!! Suas mãos percorrem minha bunda, me suspendendo, fazendo com que eu enlace minhas pernas na sua cintura.
Ele me senta na mesa e me deita lentamente enquanto distribui beijos pelo meu pescoço me arrancando suspiros e gemidos. Ele leva sua mão em baixo da minha saia, e me toca por sobre o tecido… Caramba, isso é tão bom!!!
— Você não sabe como me deixou ontem… — Ele disse enquanto me beijava. — Quero você agora!
Ouvir suas palavras me excitaram ainda mais. Eu o queria, isso era evidente. A adrenalina por estarmos em um lugar onde poderíamos ser pegos por alguém, aumentava meu desejo por ele. Creio que isso era recíproco.
Ele fez movimento de quem estava a desabotoar o botão da calça e abrir o zíper, enquanto me beijava com sofreguidão. Seus dedos afastavam a minha calcinha já úmida, eu ansiava por aqueles dedos.
— Eu também te quero… — digo alheia a tudo e fora de mim.
Sinto um de seus dedos me invadir e a tortura começar. Hum... delícia! Volto a mim quando meu telefone toca. O som da chamada estava tão alto que tomamos um susto. Eu vi no visor que era minha mãe, tentei normalizar a minha respiração antes de atender.
— Oi, mãe — falo ainda sem ar.
— Filha, se importa em pegar um táxi? Tenho que resolver um assunto correndo.
— Tudo bem, mãe. Eu ia demorar um pouco mesmo até remover o excesso dessa maquiagem — nos despedimos e eu desligo.
— Está tudo bem? — Miguel olha para mim confuso.
— Sim, ela pediu para eu ir de táxi, pois teve um compromisso de urgência.
— Eu te levo em casa, não se preocupe.
— Não precisa, obrigada — digo ainda sem ar.
— Eu faço questão, já que não te levei ontem. — Ele insiste.
— Tudo bem, então.
Recuperando o ar e a responsabilidade, saímos do camarim e eu agradeço a Deus por ninguém ter visto. Fomos ao estacionamento e entramos no carro. No caminho conversamos sobre minha carreira e ele ficou admirado com tudo.
— Eu sempre quis ser fotógrafo e nessa minha carreira eu nunca fotografei alguém tão linda quanto você. — Ele disse e eu sorri me derretendo toda.
— Eu adorei ser fotografada por você. És um profissional excelente! — retribuí o elogio.
Indiquei o caminho e pouco tempo depois chegamos a minha casa. Ele parou o carro e então eu agradeci enquanto me soltava do cinto de segurança.
— Obrigada pela carona — digo querendo não ir.
Ele me olhou, mas não disse uma palavra. Então me virei para abrir a porta e senti um toque em meu braço que automaticamente me forçou a olhar em seus olhos. Ele toca em meu rosto e vai descendo para os lábios. Minha respiração acelera.
Meu Deus, que homem é esse? Porque fico sem ação diante dele? Penso. Ele me puxa e então nossos lábios se encontram. Me rendo àquele beijo que é doce, intenso, cheio de carinho e desejo.

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Clique Do Amor ( Degustação)Where stories live. Discover now