Clube do Slugue

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Notas:
Parte desse capítulo pertence a escritora J.K. Rowling e todos os créditos são dela.

Point's of View Alexia Burnier

Logo após acordar recebi um bilhete do professor Slughorn com os dizeres:
"Prezada Srta. Burnier,
Convido você para participar da reunião do Clube do Slugue.
Será hoje à noite, na minha sala.
Atenciosamente,
Professor Slughorn"
Morga também fora convidada para a reunião.
Tive aula de transfiguração e Aritmancia, não vi ninguém hoje, nem ao menos Tom Riddle, preciso falar com ele.
Ele tem me evitado desde o dia em que voamos juntos com a vassoura de Abraxas.
Volto para o salão comunal e espero Morga chegar para nós nos arrumarmos para a reunião. Pego uma de suas roupas emprestadas pois ainda não tenho roupas e provavelmente só vou ter as do uniforme.
Depois que terminamos de nos arrumar, encontramos Will e nos despedimos dele.
Saímos da sala comunal e enfim chegamos na sala do professor.
Somos as primeiras a chegar, com o tempo vão entrando algumas pessoas da Corvinal, outras de Lufa-lufa, mas a grande maioria é Sonserina. Casa que Tom Riddle e seus amigos Malfoy, Avery e Lestrange pertencem.
Após todos chegarmos, professor Slughorn tranca a porta e odos se sentam a mesa.
–Boa noite, e bem-vindos a mais uma reunião do Clube do Slugue.–professor Slughorn diz nos olhando sério e depois soltando um riso continua –Adoro fazer essa formalidade. Mas chega de falar de mim, Alexia Burnier. Nos conte mais como chegou aqui.
–Eu morava na França e meus pais combinaram que no meu último ano eu iria para Hogwarts, pois minha mãe foi de Hogwarts e meu pai da Beauxbatons.–respirei e encarei o teto tentando inventar o resto–Mas foi totalmente de última hora tanto que meus pertences ainda estão em Paris.
–Interessante, eu dei aula para sua mãe?
–Não tenho certeza, mas ela era uma aluna que não se destacava tanto.
–Entendo, mas você com certeza é uma aluna de destaque, srta.
–Muito obrigada, professor.–sorrio e vejo que Tom me encara e revira os olhos
Slughorn foi conversando com cada aluno e falando que eles eram ótimos alunos, destacando as celebridades ou filhos de celebridades. A comida estava ótima, típica de Hogwarts. A sobremesa foi servida, não sei realmente porque Tom me encarava se era por ciúmes de não ser o centro das atenções ou porque era pelo outro motivo.
–Morga, eu realmente preciso falar com ele.–sussurro para minha amiga
–Alexia, não pode esperar até amanhã?–ela sussurra de volta
–Sinto que eu devo falar com ele hoje.
Ela assente e então acabo de comer minha sobremesa. E falo sem som "Precisamos conversar", ele dá de ombros e se vira para o professor.
–Senhor, é verdade que a professora Merrythought está se aposentando?–perguntou Riddle
–Tom, Tom, se eu soubesse não poderia lhe dizer –respondeu Slughorn, sacudindo um dedo açucarado para Riddle, num gesto de censura, embora estragasse esse efeito com uma ligeira piscadela.–Confesso que gostaria de saber onde você obtém suas informações, rapaz; sabe mais do que metade dos professores.
Riddle sorriu para ele; os outros garotos riram e lhe lançaram olhares de admiração.
–Com a sua fantástica habilidade para saber o que não deve e a sua cuidadosa bajulação das pessoas certas... aliás, obrigado pelo abacaxi, você acertou, é o meu preferido...
Vários meninos tornaram a rir.
–... estou seguro que chegará a Ministro da Magia em vinte anos. Quinze, se continuar a me mandar abacaxis. Tenho excelentes contatos no Ministério.
–Não sei se a política me conviria, senhor– respondeu ele quando cessaram as risadas.– Primeiro porque não pertenço às famílias bem-nascidas.
Uns dois garotos trocaram sorrisos debochados.
–Não acho que...–digo olhando as outras pessoas da sala mas sou interrompida pelo professor
–Tolice–replicou Slughorn energicamente–, não poderia ser mais evidente que você descende de boa família bruxa, com as habilidades que tem. Não, você irá longe, Tom, até hoje jamais me enganei a respeito de um aluno.
O pequeno relógio de ouro sobre a escrivaninha de Slughorn bateu onze horas às suas costas, e ele se virou.
–Céus, já é tão tarde assim?–exclamou o professor. –É melhor irem andando, rapazes, ou todos ficaremos encrencados. Lestrange, quero o seu trabalho até amanhã ou receberá uma detenção. O mesmo se aplica a você, Avery.
Um a um, todos saímos da sala, mas Tom ficou e eu fiquei na porta esperando.
Slughorn levantou-se da poltrona com esforço e levou seu cálice vazio até a escrivaninha. Um movimento atrás do professor o fez virar-se; Riddle continuava parado ali.
–Ande logo, Tom, você não quer ser apanhado fora da cama depois da hora, ainda mais sendo monitor...
Sim Tom, anda logo.
–Senhor, eu queria lhe perguntar uma coisa.
–Então pergunte, meu rapaz, pergunte...
–Senhor, estive imaginando o que o senhor saberia sobre... sobre Horcruxes.
Slughorn encarou-o, acariciando distraidamente a haste da taça de vinho com os dedos grossos.
–Um trabalho para a Defesa Contra as Artes das Trevas, eh?
–Não exatamente, senhor. Encontrei o termo em um livro, e não entendi muito bem.
–Não... bem... você estaria num apuro para encontrar em Hogwarts um livro com detalhes sobre Horcruxes, Tom. É feitiço das Trevas, realmente das Trevas.
–Mas obviamente o senhor conhece bem todos eles, não?Quero dizer, um bruxo como o senhor... me desculpe, quero dizer, se o senhor não puder me falar, obviamente... achei que se alguém pudesse, seria o senhor... então pensei em perguntar...
–Bem–falou Slughorn sem olhar para Riddle, mas brincando com a fita da caixa de abacaxis cristalizados–, bem, é claro que não pode haver mal algum em lhe dar uma ideia geral. Só para você entender o termo. Horcrux é a palavra usada para um objeto em que a pessoa ocultou parte da própria alma.
–Mas não entendo muito bem como se faz isso, senhor.
A voz de Riddle estava cuidadosamente controlada, mas eu conseguia sentir sua excitação.
–Bem, a pessoa divide a alma, entende–explicou Slughorn–, e esconde uma metade dela em um objeto externo ao corpo. Então, mesmo que seu corpo seja atacado ou destruído, a pessoa não poderá morrer, porque parte de sua alma continuará presa à terra, intacta. Mas, naturalmente, a existência sob tal forma..
– ... pou cas pessoas iriam querer, Tom, muito poucas. A morte seria preferível.
–E como é que se divide a alma?
-Bem - respondeu Slughorn, constrangido -, você precisa compreender que a alma deve permanecer intocada e una. A divisão é um ato de violação, é contra a natureza.
-Mas como é que se faz?
-Por meio de uma ação maligna: a suprema maldade. Matando alguém. Matar rompe a alma. O bruxo que desejasse criar uma Horcrux usaria essa ruptura em seu proveito: encerraria a parte que se rompeu...
-Encerraria? Mas como...?
-Há um feitiço, não me pergunte, eu não conheço! - respondeu Slughorn, sacudindo a cabeça como um velho elefante importunado por mosquitos. -Tenho cara de quem já experimentou isso... tenho cara de homicida?
- Não, senhor, naturalmente que não - apressou-se a dizer Riddle. - Desculpe... não pretendi ofender o senhor...
-Tudo bem, tudo bem, não me ofendi - disse o professor bruscamente. -É natural sentir alguma curiosidade por essas coisas... bruxos de certo calibre sempre se sentiram atraídos por este aspecto da magia...
-Sim, senhor. Mas o que não entendo... só por curiosidade... quero dizer será que uma Horcrux serve para alguma coisa? Pode-se dividir a alma apenas uma vez? Não seria melhor, fortaleceria
mais a pessoa, se ela dividisse a alma em várias partes? Quero dizer, por exemplo, sete não é o número mágico mais poderoso, será que sete...?
-Pelas barbas de Merlim, Tom! - ganiu Slughorn. - Sete! Já não é bastante ruim pensar em matar uma pessoa? E em todo caso... bastante ruim romper a alma uma vez... mas rompê-la em sete partes...
Eu conseguia sentir a perturbação de Slughorn. Aquilo estava me embrulhando o estômago, como eu pude ser tão idiota? Tom Riddle é o Voldemort. E eu estou gostando de um assassino.
-É claro - murmurou -, isto é uma hipótese, o que estamos discutindo, não é mesmo? Uma questão acadêmica...
-É claro que sim, senhor - concordou Riddle imediatamente.
-Ainda assim, Tom... não repita para ninguém o que eu disse... ou seja, o que discutimos. As pessoas não gostariam de pensar que estivemos conversando sobre Horcruxes. É um assunto proibido em Hogwarts, sabe... Dumbledore é particularmente rigoroso nisso...
-Não direi uma palavra, senhor - prometeu Riddle se retirando.
Senti o abrir da porta e cai no chão. Estou com nojo de mim mesma.
–Você estava aqui esse tempo todo?–Riddle perguntou com irritação em sua voz.
–Eu ouvi tudo. -falei lembrando de suas palavras e a desgraça que se tornaria futuramente–Você é louco, o poder não é tudo que se tem na vida!
–Para mim, é.–ele responde calmamente
–Eu não vou deixar você fazer nada, nem que você tenha que me matar.–ameaço ele, Voldemort matará meus avós.
–Eu não faria isso.–me olhando com surpresa
–Eu duvido disso. –ele segura meu pulso–Me solta, agora.
–Não.
Tom me puxa, e trás meu rosto para perto de si. E então ele junta seus lábios aos meus, eu tento me esquivar e isso faz ele me traga para mais perto fazendo com que nossos corpos fiquem sem espaço. Paro de lutar contra o beijo, e começo a sentir cada coisa que esse beijo me conta. Não era um beijo calmo, era um beijo de angústia, um beijo de medo… Mas ao mesmo tempo eu conseguia sentir que algo poderia vir a acontecer, algo bom. Eu sentia que ele podia sentir algo, mas ele só não sabia como o fazer. Eu tento demonstrar afeição e ele me responde com mais agressividade, tornando o beijo mais quente. Ele me prensa na parede, e pela falta de ar, eu consigo me recompor e lembrar do que acabou de acontecer.
Me solto dele e respiro fundo, o encarando.
–Acha mesmo que o poder é a coisa mais importante para você?–o questiono e dou as costas, indo em direção ao salão comunal sem dar chances para ele responder.

Deleterious LoveWhere stories live. Discover now