Fingida, a princesa mantinha um ar de vergonha e medo.

Alexandra, era o nome dela. Não me enganou com aquele ar, nem um segundo.

Quem é que ela pensava que era?

O rei Christian rapidamente recebeu os convidados, com um sorriso desesperado. Meteu conversa com o Norueguês desagradável num ápice, pronto a negociar.

As rainhas entraram numa conversa, juntamente com a princesa.

E Sebastian, procurando fugir à confusão, refugiou-se, falando com alguns políticos Europeus também presentes. Notava-se a milhas o seu nervosismo.

E como que adivinhando isso, Alexandra aproveitou para se integrar na conversa deles. Claro que o príncipe ficou desconfortável, e sem pensar duas vezes, aproximei-me.

- E quem é esta? – perguntou a princesa, depois de me olhar de cima a baixo. Quem estivesse perto acharia que era simples curiosidade, mas nos seus olhos via inveja.

Lamento querida, ele já é meu.

- O meu nome é Rose – Sorri. Um sorriso amarelo – Vossa Alteza.

Ela arqueou as sobrancelhas, achando-se superior. Bem, ela era de facto superior, mas só no cargo. Eu ainda não era princesa.

Depois, iniciou uma conversa com Sebastian, mostrando falsa simpatia para quem o tinha acusado de abusos sexuais.

Passei cerca de 5 minutos a ouvir a víbora falar e fazer perguntas ao príncipe, ignorando-me sempre que possível.

Quando finalmente me fartei e decidi ir embora, alguém me agarrou pelo punho.

Sebastian.

Notava-se pela cara de desespero que ele não queria ficar a sós com o diabinho.

Por isso, fiquei ali mais uma eternidade a ouvir a conversa dos dois. Os conselheiros que estavam à volta deviam achar que só me faltava a chama acesa para ser vela, mas sabia que a única vela ali era ela.

Quando Sebastian finalmente a conseguiu despachar, ficámos os dois a sós, até sermos interrompidos por Nicole.

- Sebastian, poderia vir comigo, conheci algumas pessoas que adorariam falar consigo – Ela sorriu, convidando-o.

Ele, de bom grado, aceitou e rapidamente se afastaram.

Não acreditava! Assim que tivera a oportunidade de estar sozinha com ele, ela retirara-mo!

Bufei, mas depois lembrei-me que o meu comportamento deveria de ser exemplar, espacialmente nesta ocasião.

Então, e já que não tinha mais que fazer, decidi conversar com os convidados, tal como uma princesa faria.

Esforcei-me ao máximo para aguentar aqueles velhos a falarem, e quando já estava farta de ouvir falar de leis, apercebi-me que a festa estava quase a acabar, sendo que a corte Norueguesa estava a dirigir-se para o interior do palácio.

Aprecei-me por subir ao meu quarto e fiquei feliz por ver que as minhas aias não lá estavam.

Peguei no meu livrinho de bolso, e disfrutei de alguns minutos de calma.

Mas rapidamente estava de volta à confusão.

O burburinho de tanta gente a almoçar fazia-me lembrar as primeiras semanas da seleção.

Não tinha fome nenhuma, visto que acabara de comer à menos de uma hora, mas os Noruegueses comiam rapidamente. Deviam de comer a toda a hora, lá no seu país.

A Seleção de SebastianOnde histórias criam vida. Descubra agora