5 - Parte 2: A Tortura

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— Silêncio! — grita ele com uma voz forte e determinada — O Governador Gronos virá aqui dar a sua mensagem.

Oh-oh

— Aquela Que Discordou. E a sua querida família. Como estão todos? Confortáveis com os tentáculos presos nessas correntes?

Decido guerra. Faço com que os guardas atrás do governador desmaiem, para que o este não tenha qualquer poder para se defender de mim. Aterro no chão de pedra de forma radical, fazendo com que o Gronos ficasse com uma expressão de surpresa.

— Como... como é que...

— Pois é Gronos. Pensavas que por eu ter sido enviada para a Terra contra a minha vontade não conseguiria defender-me? Sou muito mais poderosa do que tu pensas, seu lixo. Sou mais poderosa do que todas as tuas armas de defesa militares juntas! — grito eu com a voz muito mais grave e num volume muito mais alto, fazendo com que ele suasse de estranheza. Sem me ter apercebido disso, levanto os braços, e ergo a minha cabeça para cima, fazendo com que tudo rodopiasse como eram as paredes desta masmorra.

Quando olho para ele vejo que se está a cobrir a cabeça com os braços, para prevenir, claro, que um dos muitos objetos cortantes o atingisse. De seguida, viro-me para trás e corto as correntes que estão a amordaçar os braços dos membros da minha família.

Paro a circulação de ares, fazendo com que ele fique a olhar para mim com cautela.

— O que sois vós?

— Algo que te fará temer durante toda a tua vida.

Para sair desta masmorra da tortura, teríamos que sair pelas grandes portas de aço maciço, o que revela ser uma tarefa difícil, uma vez que estas portas estão trancadas.

Num ato de assustar o governador, faço um movimento parecido com karaté, na qual coloco o meu punho esquerdo ao peito, e lanço o braço direito para a frente, fazendo a porta abrir-se repentinamente, como se um grande homem invisível a tivesse pontapeado.

De seguida, saio da divisão com a minha família, e arrasto o Gronos comigo.

Reparo que existem bastantes guardas com armas de defesa a dirigirem-se a mim e a exigirem que eu largue o governador. Para mim esta foi a tarefa mais fácil do mundo.
Os guardas que me estavam a apontar as armas fizeram um semicírculo á volta da minha família. Como tinha os tentáculos levantados para mostrar rendição, foi mais fácil descer os dois dos três únicos dedos da minha mão. Esta ação fez com que todos os guardas caíssem no chão, deixando o governador ainda mais espantado.

Depois de pouco andarmos, chegámos ao seu gabinete.

— Bonita porcaria — minto eu. Nunca tinha visto nada mais moderno na minha vida.

Todo o gabinete estava forrado a madeira castanha clara, e esta estava localizada por cima de um chão de alcatifa. Na sua secretária estavam três monitores da mais moderna tecnologia, acompanhadas de bonitas luzes brancas que davam ao gabinete um ar de pertencer a uma pessoa mais honesta.

Eu sento-me na mesa de reuniões, deixando o Gronos no topo da mesa, e eu fico no outro topo, ficando a minha família nas cadeiras do comprimento da mesa.

— O que quereis?

— Quero fazer acordos. Quero que faças aquilo que eu quero. Caso contrário, morres.

O governador engole a seco.

— Falai.

— Em primeiro lugar, quero que deixe a minha família em paz.

— Fácil, e que mais? — pergunta, já com um ar mais confiante.

— Quero que deixes cada verameriano ter a sua própria opinião. Que os "erros" denominados pelo estado deixem de ser mandados para outros planetas sem necessidade, uma vez que Veramer é tão grande

A Empregada Extraterrestre Where stories live. Discover now