Capítulo 4

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Suspiro aliviada logo após sair da loja, olho em volta e vejo as ruas movimentadas e vários outros comércios abertos, sorrio olhando a loja, que em breve começo a trabalhar.

A entrevista ocorreu bem, quer dizer tirando a parte que derrubei algumas coisas que estavam em cima da mesa quando fui entregar meu currículo... Gina - a mesma com mais ou menos 46 anos - era bem simpática, ela me disse que profissionalmente ela era bem exigente e não gostava de erros, também falou que teria paciência comigo, pois era meu primeiro trabalho. Gina apesar de ser exigente se mostrou uma ótima pessoa.

A loja se localizava em um bairro de classe média, o bairro é tranquilo e o melhor é que a creche de Matheus vai ser perto da loja, apenas duas quadras de distância o que facilita no horário da saída da creche. Saio dos meus devaneios quando algo - uma mulher para ser mais exata - esbarra em mim me fazendo cair sentada no chão.

- Garota olha por onde anda! - a mulher falou me olhando com desprezo, a mesma fez uma careta - Pessoas como você não deveriam ficar paradas em frente de estabelecimentos como este! - falou empinando o nariz e indo na direção da entrada da loja.

A única parte ruim do emprego são as pessoas que se acham melhor do que os outros - aquela mulher por exemplo - Me controlei para não dizer umas boas verdades para ela, pois se dissesse eu tinha certeza que perderia o emprego que nem comecei ainda, aquela mulher deveria ser uma cliente da loja. Levanto do chão, passo de leve a mão na parte de trás da calça na tentativa de limpar a mesma.

- Vaca - sussurro segurando a vontade de  mostrar a língua pra ela, que estava de costas para mim.

Espero o sinal abrir e atravesso a rua, em seguida caminho por uns 5 minutos até o ponto de ônibus. A matrícula de Mat já estava certa. Segunda feira ele começava, não muito tempo depois o ônibus chega, entro no mesmo e sento em um banco ao lado da janela. Pelo jeito eu teria que aprender a lidar com pessoas iguais a moça de minutos atrás. Suspiro, pelo jeito Gina não era à única que teria que ter paciência. Ouço meu celular tocar.

- Alô? - falo atendendo o número desconhecido.

- Bom Dia, Senhorita Miller? - uma voz feminina preenche.

-Bom Dia, sou eu. Do que se trata? - pergunto receosa.

- Bom senhorita Miller, Acabo de receber um email me informando que você foi aprovada em uma entrevista de emprego em uma das lojas do senhor Igor Beckerty. Estou ligando para informar que logo você receberá um email com algumas instruções, todo o procedimento de contratação que já foi resolvido - foi rápido - Tenha um bom dia.

- Obrigada. Tenha um bom dia você também.

-Até mais senhorita Miller. - Falou encerrando a ligação.

O processo de contratação foi bem rápido, mesmo com a minha falta de experiência, o que obviamente esse tal de Igor deve saber. Se é que ele se envolvia com funcionários de tão baixo nível hierárquico.

Depois de uns 35 minutos chego na casa de Anna. Antes mesmo de entrar no apartamento ouço a gargalhada de Mat, sorrio ouvindo, era o som mais gostoso com certeza.

Entro no apartamento e vejo um colchão no chão da sala, Anna e Mat sentados e Anna fazendo umas caretas engraçadas, Mat ria sem poupar gargalhadas. Coloco minha bolsa em cima do sofá e me sento no chão, Anna me olha e sorri, Mat sorri e começa a vir na minha direção engatinhando, o pego no colo.

- E como foi? - Anna pergunta sem delongas

- Eu consegui - sorrio e Beijo a cabeça de Mat - A matrícula na creche também está resolvida - falo me ajeitando no colchão com Mat em meu colo - Muito obrigada Anna.

- Fico feliz em te ver feliz Mel - sorri e me olha orgulhosa.

- Ainda bem que tenho você - Beijo sua bochecha - Anna quando suas aulas voltam?

- Semana que vem -Fez uma careta - É o penúltimo ano na faculdade, está ficando mais puxado.

- Imagino - falei pensativa, será que eu poderia estar cansando Anna mais ainda ?

Sinto meu cabelo ser puxado de leve, olho para baixo e vejo Mat segurando meu cabelo, ele sorri sapeca.

- Nem pense nisso Matheus! - ele sorri, os olhos dizendo "a é mesmo ? Vamos ver então" ele puxa mais um pouquinho - Matheus não se atreva - ele ri com uma cara marota e puxa meu cabelo, depois solta as mãozinhas e tenta sair de meu colo - ah mas agora você não sai - o coloco deitado no colchão e começo a fazer cócegas nele - Minha vez.

- Pelo jeito implicância de irmão é desde de novo mesmo - Anna fala rindo.

Rio, olho Mat deitado no colchão com as bochechas coradas, dou um beijinho em sua testa e o deixo sentar no colchão.

- Viu o que acontece quando mexe com a irmã mais velha? - falo com uma careta, ele ri mostrando dois dentinhos da frente - fica o lembrete.

* * *

Oiie...Tudo bem ?

Muito obrigada pelas estrelinhas e principalmente pelos comentários, eu fico realmente feliz com os comentários :)

Beijos até .

Um Encontro InesperadoWhere stories live. Discover now