My little angel is real

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É deprimente esperar por alguém. Toda vez que você ouve um barulho, você é tomado por breve alívio que acaba junto com as suas esperanças quando você percebe que não é quem você espera. Eu ainda estava esperando por ele. Já fazia mais de um mês que eu o vi pela última vez. Ele me prometeu que voltaria. Sabia eu ele ia voltar, mas não existe nada mais agoniante do que esperar.
- Sabe, Pixy, o Castiel é um filho da mãe. Eu estou esperando ele colocar aquele traseiro redondinho aqui em casa há dias.
- Andou aprendendo algo com Dean?- diz ele sorrindo.
- Você funciona a base de ignorância e desprezo, não é?
- Só espero o momento certo.
- Você me tortura, seu idiota!- digo jogando um almofada nele.
Sorriso. Aquele sorriso acabava com as minhas resistências. Sabe àqueles pessoas com aquela risada gostosa que te contagia mais fácil que AIDS? Cass é esse tipo de pessoa.
Esse asno quase nunca aparecia em casa, mas quando ele vinha me fazia feliz.
- Então, sua família parou de te achar louca?
- Não, mas não me importo mais.
- Eles são sua família, Taylor, só querem o seu bem.
- Eu sei, mas o que eu posso fazer se meu pai é o único que acredita nas minhas maluquices?
- Eu sou real, não sou?
- Até onde eu sei...
- Então, não há com o que se preocupar.
Ficamos alguns segundos em silêncio para que eu pudesse pensar sobre o que ele disse. Hoje era o dia em que todos iam saber que meu Anjo Castiel era real.
Levantei do sofá me posicionando a sua frente e arrumando aquela gravata toda torta.
- Vou te levar a um lugar.
- Tayl...- coloquei o dedo indicador sobre seus lábios o impedindo de terminar a frase
- Shii! Eu vou te levar a um lugar e o senhor vai ficar quietinho e agir como uma pessoa normal.
- Não sei se é uma boa idéia...
- Não foi uma pergunta.
Término de arrumar sua gravata e o arrasto escada a cima para o meu quarto.
- Preciso de uma roupa que diga: "mãe, eu não estou usando drogas, Castiel é real".
- Eu posso protestar?
- Não.
- Tudo bem, então. - ele se senta na minha cama.
- Carol! Ela pode me ajudar.
Mandei uma mensagem para Carol e fui preparar algo para nós comermos. Eu estava morrendo de fome.
- TAYLOR!- Diz ela escandalosa como sempre
- Não grita! Você Ai assustar meu amiguinho.
- Seu amiguinho?
- Prepare-se, Bitch. Você vai se ajoelhar e me pedir desculpas.
Levei ela para o quarto onde Cass estava, mas não o vi.
- Cass?
Então, ele sai pela porta do banheiro como naqueles filmes, mas ele estava de roupa.
- Carol, esse é o Cass. Cass essa é a Carol.
- Então, você é o suposto anjo?- pergunta minha amiga desconfiada - Acho que sim.
- Escuta aqui, cara, eu não sei quem você é ou que tipo de lavagem cerebral você fez na minha amiga, mas se fizer mal a ele eu juro por Deus que eu vou enfiar uma...
- Okay, Carol, chega! Cass é do Bem.
- Não tenha tanta certeza sobre isso.- diz Carol saindo do quarto
- Carol! - vou atrás dela- Carol?
Eu achava que apresentar Cass para ela ia ser ótimo, nós seríamos melhor amigos para sempre, mas parece que isso não ia rolar tão cedo.
- Bom...já que a Carol não ajudou, você vai servir.
- Eu?
- O que acha dessa?- digo mostrando o vestido preto justo.
- É impressão minha ou as mulheres estão usando cada vez menos roupa?- diz ele com o vestido em mãos.
- Esse vai ser perfeito!
Minha escolha foi um vestido azul de alça com um decote generoso e uma abertura deixando minhas costas nua. Peguei um sapato Preto e fui até o banheiro.
Demorei mais de 30 minutos, porque eu demoro mesmo. Tomar banho é bom e eu tinha que lavar o cabelo. Me vesti rápido e abri a porta deixando a fumaça sair por ela. Cass me olhou de cima a baixo e ficou vermelho. E assim eu soube que tinha acertado no visual.
- Bonita?- digo dando uma volta.
- Aah...vo-você está... É... muito...
- Sexy?
- Eu ia dizer que você está me dando uma sensação estranha, mas acho que "sexy" também serve. - quando ele disse isso, não pude evitar olhar para baixo e perceber que ele não era o único que tinha gostado do meu vestido.
- Ah...isso vai ser constrangedor.- solto um suspiro- você está excitado.
- O que isso quer dizer?
- Cass, querido, eu entendo que você é um anjo e não entende isso, mas vai ser constrangedor. - aquele era o momento mais awkward da minha vida.- Quando os homens sentem desejos, vontade de transar, por uma mulher. Seu "amigo" ai levanta.
- Meu amigo?
- Ai, Castiel, pelo amor da Cruz banhada pelo sangue de Jesus Cristo, não seja burro.
- Eu não entendo, por que meu amigo iria se levantar quando eu sentisse desejos por você?
- Cass, você tá com uma ereção enorme e não ia ser legal se você aparecesse na casa dos meus pais assim.- ele me olha ainda confuso por alguns segundos, mas logo entende o que eu quero dizer e fica vermelho.
- como eu resolvo isso?
- Cass, vai tomar um banho frio. Me dá as suas roupas que eu coloco na secadora e elas ficam novinhas.
- Te dar as minhas roupas?
- É, Cass, para eu lavar.
-Tudo bem.- ele começa a desabotuar a calça.
- No banheiro, Cass, no banheiro!- digo apontando para a porta- e quando você tirar, não me deixa ver.
Eu não podia negar que estar com Cass era divertido demias. Ele era ingênuo com esse tipo de coisa, isso me fazia rir sempre. Ter um amigo anjo era incrível.
Percebi que ele estava demorando demais para me dar aquelas roupas, então bati na porta.
- Cass? Estou entrando. - abri a porta e vi ele tentando abrir o chuveiro,Cass usava apenas uma cueca(não era uma cueca tipo boxer, era uma coisa tipo uma samba-canção).- O que seria de você sem mim?- eu o afasto e abri o chuveiro. - Não consegue abrir um chuveiro sozinho.
- Essas coisa são complicadas. - foi então que eu percebi que ele era bem malhado para um anjo.
- Eu acabei de cometer um pecado.
-Por quê?
- Eu imaginei coisas, coisa qe eu não devia.- Você é muito sexy, quis completar.- Eu vou sai daqui antes que eu vá pro inferno.

Kissed by an AngelWhere stories live. Discover now