Capítulo 4

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Aee, mais um capítulo gatinhas!

Espero que gostem!

Essa é a cena da Fazenda.

Bjoss

Alice Warrior

[sem revisão]

[recomendando para +18]

18/02/16

Alberto

Paula me ignorou pelos dias que se seguiram. Foi duro receber sua rejeição. Mas sabia que era merecida. Pelo pouco tempo que passamos juntos percebi que sua personalidade era forte e que não iria recuar ou me dar uma nova chance.

Dizer que me conformo com essa situação seria mentira, pois não me acostumo mais a viver sem ela. Ela me prendeu com suas garras de gata arisca e agora estou perdido.

O celular tocou outra vez, e era o agiota. Tínhamos combinado um encontro pois ele vinha me entrando em contato comigo com muita frequência para cobrar a dívida. Era hora e tentar negociar.

Cheguei ao local e esperei.

Eu estava suando frio com aquele encontro. Pensava que ele teria que acatar mais aquele pedido de extensão do prazo, eu precisava de mais tempo. Os negócios iam bem, mas não o suficiente para cobrir a enorme dívida que eu tinha e os juros exorbitantes que corriam com ela.

O casamento já estava chegando e com ele viria parte da barganha prometida por Patrícia. Meu estômago embrulhava ao pensar em me casar. Não sabia como seria capaz de seguir adiante com aquela farsa que infelizmente era necessária.

Após a nossa conversa e das constantes ligações do agiota, eu acabei concordando em apenas adiar a cerimônia e não cancelá-la. Foi horrível ter que tomar essa decisão, mas a verdade era que eu não tive escolha.

Minha vida e a de minha família dependiam disso. Minha família, suspirei pensando que desde que meu pai faleceu vivi para agradar minha mãe e minha irmã Bia, elas eram minha responsabilidade mas pequei em fazer todas as suas vontades sem me preocupar com a realidade de nossa condição financeira.

A fazenda não dava mais qualquer lucro, pelo contrário, eram só despesas. Minha mão sabia disso mas fazia questão de continuar as atividades e manter os empregados para manter a fachada de família mais poderosa de Arraial. E com isso vieram as dividas. Primeiro com o banco.

Depois com os agiotas, chegou um ponto em que precisei recorrer a eles para cobrir alguns saques que fiz na empresa de arquitetura que pertencia a mim e ao Mateus. Não queria preocupar meu amigo com aqueles problemas pessoais. Cresci com o pensamento de que devemos sempre fingir que estamos bem para as pessoas, nunca devemos deixá-las ver nossas fraquezas.

Com isso acabei me tornando um cínico amor. Mas a verdade era que até que eu gostava disso. Apaixonar-me e me envolver com uma mulher só traria problemas. As coisas mudaram um pouco quando conheci Patrícia, não que a amasse mas com ela tive que aprender a fingir ter um relacionamento.

Por algumas vezes pensei que não seria tão mau ter uma companheira para dividir meus problemas, contudo, na situação em que estava, eu acabaria jogando minha companheira junto do precipício comigo. Infelizmente, minha única solução era aquele casamento de mentira.

- Trouxe a grana? - perguntou o sujeito mau encarado me olhando. Ele era o agiota que sempre havia negociado comigo, sabia que tinha homens mais poderosos por trás, mas eles nunca apareciam. O homem vinha com mais dois comparsas. Eu não era covarde nem medroso, mas estava em desvantagem ali, afinal os três com certeza estavam armados.

Mais que Prazer (Livro 2 Série Segundas Chances)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora